As paisagens exteriores do país do fogo sempre fascinaram Nakano, não fosse porque o seu pai sempre o levara a conhecer o campo envolvente da sua vila natal muitas vezes durante as férias da academia. Conhecia quase todas as plantas que via pelo nome, não fosse pelo cheiro ou cor. Mas nesta vez não estava ali para ver plantas, o assunto era muito mais sério. Desde que tivera um filho que as coisas se tornaram muito mais sérias.

- Estamos a chegar certo? Lembro-me que da outra vez não demorou tanto. - Dizia o aluno preferido de Nakano, Mikoshin, um rapaz alto e atlético, com musculos a mais para o seu corpo de 17 anos. Sempre foi conhecido pela impaciência.

- Da outra vez estavamos mais perto. O caminho do Templo do Fogo até aqui é mais longo. - Concluiu o Uchiha, ainda a saltar nas árvores. Mais alguns metros e teriam de parar. - Yukii, alguma coisa? - Virou-se para uma rapariga de cabelos azuis que viajava ligeiramente mais atrás. Tudo ficou em silêncio até que ela pareceu sair de um trance.

- Ninguém. Alguns chakras longe, mas devem ser ninjas a voltar para a vila de missões, estão longe demais para uma investigação a fundo. Já para a frente, apenas os guardas de sempre.

- O Onoki é estúpido ao ponto de nos substimar?! Somos... "Fiora", não é assim que nos chamam? Ele deveria...

- Silêncio Kara. Ele pode subestimar-nos, mas não cairemos no erro de fazer o mesmo. - Com Nakano estavam mais quatro pessoas, os mesmos que estiveram em Konoha no dia em que o seu filho ressussitou e que Hideki ficou em coma. Ninguém falou.

- Peço desculpa.

Finalmente o Uchiha saiu das árvores e os mantos castanhos de viagem de todos os presnetes esvoaçaram quando alcançaram o solo. Uma pétala de flor estava desenhada a branco sujo na parte frontal, manchada de lado com vermelho de sangue.

- Perceberam todos o plano? - Voltou a interrogar, olhando nos olhos cada um deles. Todos abanaram a cabeça. - Lembrem-se, aqui começa a nova era. Temos tudo para triunfar e é isso que iremos fazer. Vamos a Konoha, encontramos todos os Jinchuurikis que eles tiverem e capturamo-los para os nossos laboratórios... e e breve teremos o plano completo. Mas antes, Konoha é nossa por direito. Se é nossa e fomos nós que matamos Hideki, somos nós os justos vencedores!

- Sim senhor! - Gritaram todos em conjunto.

- Dividir! - Assim Mikoshin e Kara ficaram com eles, enquanto os restantes desapareceram rapidamente. Nakano começou a correr pela planicie.

O plano já estava todo arquitectado. Meses de preparação para uma invasão tinham sido levados a cabo e não falhariam.

- 4 metros! - Avançavam a longos passos e Nakano estava cada vez mais ansioso. - 3 metros. - "Voltar para casa... a minha casa..." - 2 metros! - Kara estava a correr mais depressa que os restantes dois. Os enormes portões de Konoha estava a uns bons 10 metros. Quem estava de guarda de certo que veria, mas era tarde demais para recuar. As coisas iriam resultar. - 1!

E quando o "1" passou de tempo, Nakano levou a mão ao solo e de lá saiu uma placa de terra, própria de um Doton, algo tão grande que só uma grande força poderia suportar. Mas quando a lançou no ar ao aluno Mikoshin, este apanhou-a como se fosse uma pena. Como quem lança uma shuriken o rapaz musculado lançou-a para a frente e Kara como que sentindo aproximar-se, saltou no momento certo para colocar os pés sobre ela. Mikoshin apressou-se para perto dela e antes da placa ir ao chão, ele deu-lhe uma soco forte, não para a quebrar, mas para a fazer ganhar velocidade e altitude.

Pouco depois Kara estava a bons metros do solo e mais perto de Konoha que nunca. Ela sentia a barreira que Onoki criara em volta. Usou a placa de Doton para aumentar o salto e começou a fazer correr o chakra.

- Ichiton | Chakra Riudou! - Gritou ela, para o vazio. A aura de chakra Zumoki começou a percorrer o seu corpo de mulher. Estava na hora da parte difícil. - Hijutsu | Gorenshi Moki! - Levou as mãos ao ar, em pleno voo e o chakra começou a ser expelido do corpo e a tomar forma de uma enorme figura. Agora toda Konoha conseguiria ver um chakra com a forma de Kara, que colocava os pés imaginários no chão e levava o punho em direcção ao vazio onde estava a barreira. Mas a mão de chakra não ia sozinha, Nakano também tinha planeado aquilo.

Quando o punho alcançou a parte da barreira, o Fuuin activou-se e com um estalo descomunal quebrou. Se não fosse o selo, o próprio boneco criado por Kara explodiu e isso daria para danificar a barreira. Konoha parecia estar a presenciar chuva, mas eram apenas cacos de vidro a anunciar o inicio do fim.

Ao longe, num raio à volta da vila, mais membros de Fiora assumiam os postos de comandantes sobre as ordens de Nakano, prontos para que quando a barreira caisse, Konoha fosse apanhada de várias vertentes. Os 5 pelotões de criaturas meio humanas, meio monstro que se babavam e rugiam como demónios selvagens esperava impacientemente que a ordem fosse dada. Assim que os seus comandantes satisfizeram aquele desejo, correram todos ao mesmo tempo, quase por cima uns dos outros. Tinham sido feitos experimentos para que aquele sentimento despertasse assim que fosse necessário...

Aquela manhã estava muito calma, na verdade seguia a rotina normal de meu dia. Logo pela manhã um belo café da manhã seguido de uma agradável conversa com Koukin que logo partiu para realizar uma missão. Fui direto ao Hospital, pois mesmo sendo uma Shinobi ainda sim sou Médica e tenho pacientes em tratamento. Fiz um acordo que não receberia todos os pacientes, somente os que estava tratando há algum tempo, pois minha vida como ninja havia voltado e nem sempre estaria a disposição para o Hospital.

Uma grande sala com uma mesa e três cadeiras, em uma delas eu sentava para anotar medicamentos e ervas que os pacientes poderiam usar e nas outras duas seriam para se acomodarem. Há uma maca do lado direito com uma cortina para melhor examinar meus pacientes e do lado oposto a mesa uma grande janela que me dava a visão perfeita para os portões da vila. Estava em meio a consulta com um paciente com problemas de coluna e após realizar uma cirurgia para melhoras suas dores, ele estava em consulta para verificar o progresso.

Enquanto conversava com ele, uma explosão e um barulho como se vidros estivessem sendo quebrados. Olhei para a janela e vi uma grande criatura azulada quebrando a barreira de Konoha. Fiquei perplexa com aquilo e me veio somente uma coisa em mente. "Uma invasão!"

-Senhor Hayato, peço que se junte a sua família e vá para os abrigos com a ajuda dos seguranças de Konoha. Vou entrar em ação, a partir de agora!

Abri a janela e saltei para fora, minha direção seria o portão de entrada. Aquele chakra não me era estranho e por algum motivo sentia que a situação iria piorar e muito antes de mudar para melhor.

O regresso a Konoha foi frio e isso já era um mau pressentimento. As nuvens estavam a chegar e o dia parecia bem carregado de cinzento. A própria terra cheirava a chuva e foi quando se aproximou mais dos portões principais que se deu conta que a vila tinha muitas fogueiras a deitar fumo. Os próprios portões pareciam afectados.

>>Não! Um ataque?<< - Acelerou o passo. Continuou em direcção ao portão, onde várias figuras se mexiam no que parecia ser combates. - >>Eu deveria ter regressado mais cedo! Raios! Será... Fiora?<< - Não havia muito tempo para compreender tudo aquilo. Pensou na mãe, no pai e nos familiares, assim como no mestre Santaku, Aimi e Hakufu. - >>Eles tem de estar bem. Tenho de os encontrar...<< - A sua mente quase que procurou o Fuuin da kunoichi, aquele que lhe dava um contacto pelo altifalante. Estivesse a dar ou não, teria de tentar. - "Aimi-san, Hakufu-san!" - Gritou na sua mente, cada vez mais próximo da vila.

Estava a preparar um modo de combate para a eventualidade. Tinha de proteger a vila enquanto procurava as respostas para tudo aquilo.

A pequena Susuki andava pelo bairro dos Uchihas a procura de seu pai e mãe que já não via a algum tempo e também para matar a saudade do campo de cerejeiras. Enquanto andava algo de inesperado ocorria, um barulho no alto chamava a atenção da jovem que logo olhava para cima e se espantava - Não pode ser!? - Ela foi para baixo de um abrigo para se proteger dos cacos da barreira, pois não sabia o efeito deles e em seguida saiu para a rua novamente - Só pode ser uma invasão! Tenho que alertar os dois, mas acho que não vão entender o porque eu estou com o comunicador e não a Susuki - A jovem saltava para cima da casa dos seus pais e tentava visualizar o que estava por vir das muralhas, ao notar uma movimentação. - "Não posso deixar que atropelem o clã de minha família e amigos. Espero que essa forma seja o suficiente, os receptores de chakra deverão ajudar caso não seja" - Susuki aguardava o avanço da invasão para ir de encontro a eles, para proteger aqueles que ela ama.

Depois de ajudar a limpar o lado Leste de Konoha, Susuki se retirava de lá após deixar a situação sobre controle, o comando do Leste ficava sobre os Hyuugas e Uchihas unidos. A jovem seguia um pouco cansada de tudo aquilo.

- Preciso ver o que esta ocorrendo dentro da cidade, Hakufu esta tomando conta do Hospital e Katayo da frente... O que será mais que tem por aqui? - Sussurrei falando sozinha enquanto passava por áreas destruídas. Passei até por criaturas fracas que derrubei em poucos golpes, mas com certeza devia haver mais algo desafiador acontecendo por aqui ou ao longe. Saltei para o alto de um prédio grande e tentei visualizar mais algum problema.

"- Não foi apenas orgulho, mais tarde explico." - Aquela frase não lhe saiu da cabeça durante todo o caminho para o interior da vila. Era a mesma voz que ouvira à tempos atrás e que durante um momento pareceu nunca existir, mas ouvi-la novamente fez o Aburame desenterrar fantasmas do passado. - >>Agora não... primeiro salva a vida, ele deve-te a explicação e eu voltarei a encontra-lo. Nem que volte a ter de o procurar.<< - Pelos visto de alguma maneira agora liderava as tropas do Senhor Feudal e estava a ajudar, logo não o poderia considerar nem amigo nem inimigo. Quando ele passou por Katayo, este nada disse e assim que se afastou, entrou novamente pela rua principal de Konoha, procurando algo para fazer na ajuda a defender a sua terra natal.

Estava perto do centro e dali dava para ver o edifício Hokage, alto e sem ataques ainda. Mas os ataques estavam a delimitar essa área e por sorte ainda não tinha lá chegado.

>>O que andará Onoki a fazer?! Ainda não vi uma única ordem dele.<< - Para além daquela ANBU nova e esquisita e os shinobis de Konoha, nada mais estava a ser feito por uma liderança que atenuasse a situação ou arranja-se soluções.