• O quarto no qual se instalaram era bem jeitosinho para um lugar como aquele. Estava devidamente limpo e com os lençóis de cama dobrados sobre ela e tudo, tinha apenas um banheiro, mas no geral era o suficiente para eles dois passarem algumas horas.
  
  Koihime parou à porta, pensativa, sem saber exatamente o que fazer primeiro. Distraiu-se tanto com a recepção estranha que nem lembrou de não levar a sério a brincadeira com o irmão, de terem que dividir um quarto. De qualquer forma, fez sua escolha depois de um tempo... Abria com cuidado o zíper do capote, ficando exposta apenas com sua roupa que era habitual antes de usar aquela peça que lhe cobria toda. Também tirou as armas e as bolsas de equipamentos, colocando-as sobre o sofá individual que ficava próximo à cabeceira da cama.
  
  - Vou tomar um banho. - anunciou, abaixando-se para tirar os sapatos.
  
  Sentou no braço do sofá e começou a desfazer suas longas tranças, soltando seu cabelo por completo. Nesse instante os ruídos do andar de cima tornaram-se audíveis. Na certa os novos hóspedes estavam um bocado animados, a julgar pelas risadas altas. Ela olhou para o teto encarando-o, como se os desafiasse a fazerem mais barulho para atrapalhar o sono do irmão, ou até mesmo seu próprio banho relaxante.
  
  - Se eles incomodarem, me avisa.
  
  Expressou-se com pouco jeito, pois a frase saiu quase que automaticamente, mas ao mesmo tempo ela se deu conta de que era algo estranho para se dizer a um rapaz. É, tinha mesmo que parar de proteger Orfeu. O grande problema é que ela sentia necessidade daquilo, afinal até o momento ele era a pessoa que mais lhe importava, e o único também.
  
  Entrou no banheiro, ligou o chuveiro e afastou-se. Encostou a porta e despiu-se, aí finalmente entrou no banho. A água era fria e relaxava seus músculos, o cabelo molhado logo grudou em seu corpo. Deixou as gotas tocarem sua face e fechou os olhos, aquilo parecia magicamente capaz de levar pelo ralo seus pensamentos confusos.
  
  Despertou do momento relaxante com a risada grave de alguém lá em cima. Como aqueles pessoas poderiam ser barulhentas a ponto de incomodar quem estava no quarto abaixo?! E o que tinham de tão motivador para insistirem naquele piadismo? Dúvidas fáceis de resolver... Koihime afastou o rosto da água e abriu os olhos, olhando para o teto. Seus olhos brilharam em um vermelho vivo, aí em instantes ela já podia ver para além do concreto, enxergar o quarto no andar de cima.
  
  - Humpf, gordo babaca. - murmurou para si.
  
  Olhou mais por ali e viu outros homens além daquele gordo. Contudo, às vistas do Akagan aqueles três pareciam muito estranhos. Ela simplesmente não conseguia ver o que os identificaria como vivos! Contraiu os lábios e olhou para a porta do banheiro, para o quarto. Orfeu já se acomodava para descansar à sua forma, não queria pirvá-lo daquilo... Desativou os olhos e continuou e saiu do banho para se vestir. Ficaria de olho naqueles caras para garantir que seu irmão dormiria tranquilo.

• Enxugou o corpo com a toalha que levava em sua bolsa de viagem - não teria coragem de usar a do hotel sem saber sua procedência - vestiu seu colan azul e retirou o excesso de água do cabelo, jogando a toalha em seus ombros para enxugá-lo melhor. Entrou no quarto e se deparou com a cena frustrante de Orfeu contemplando o teto, enraivecido e com uma nítida expressão de cansaço.
  
  - Droga... - murmurou ao vê-lo, suspirou e sentou ao seu lado na cama de casal - Vem cá. - esticou o braço e apanhou sua flauta, já quase coberta pelas roupas dele, aproximou-se mais e levantou com cuidado a cabeça do rapaz, pondo sobre seu colo. Com um toque carinhoso massageou as têmporas do irmão - Vou te fazer dormir, como nos velhos tempos. - andava sentindo essas sensações melancólicas desde que saíram do País da Terra... como se algo do passado estivesse para vir à tona a qualquer instante.
  
  Massageou Orfeu para deixá-lo mais relaxado, aí levou sua flauta à boca e começou a tocar. Seu som sobrepunha aos outros ruídos, que curiosamente cessaram por um instante. A melodia era limpa, suave, doce... Aquela que Koihime costumava tocar para ele quando mais jovens, logo que aprendeu a tirar mais que algumas notas com aquele instrumento.
  
  Provavelmente o garoto sabia que algumas de suas melhores composições tinham virado também suas armas de batalha, afinal até ele fizera algo similar. Contudo, ele não tinha com o que se preocupar, pois para ele todas as melhores armas de Koihime nunca passariam de belas canções. O mesmo não valia para os outros que talvez já estivessem diante dos efeitos da música.
  
  Parou de soprar a flauta e as coisas já estavam mais calmas, até Orfeu parecia mais tranquilo. Com cuidado tirou-o de seu colo e deitou sua cabeça na cama. Calçou seus sapatos e sacou uma de suas sombrinhas que repousava encostada na parede. Deixou o quarto com cuidado e subiu as escadas sem fazer ruídos. Os moradores de cima pareciam mesmo mais quietos...
  
  Aproximou-se da porta da suíte acima daquela onde estava com Orfeu, viu-a entreaberta e um gemido de agonia era audível com alguma dificuldade. Bateu com cuidado na porta, - Com licença?! -, tentou imprimir alguma educação. A porta se abriu e a cena lá dentrou era tensa... e estranha... Koihime poderia jurar ter visto quatro pessoas antes, mas agora... Orochimaru viera lhe receber à porta com um sorriso, estava sozinho no lugar, exceto por uma criatura branca, do tamanho de um cão, que choramingava no canto do quarto.
  
  - O-Orochimaru?! - estava sem reação. Não sabia se sorria ou segurava alguma emoção... O que estava acontecendo ali? Era para haver três não-vivos e um velho gordo... O que ela tinha visto antes então? O que quer que fosse, não parecia ser tão submisso assim aos Genjutsus.

• Orochimaru estendeu a mão lhe convidando para entrar. Aceitou-o sem hesitar, estranhamente o encanto de vê-lo tomava conta de seu ser e não resistia, na verdade sequer parecia estar sob comando do próprio corpo. Foi guiada até cruzar a porta - "que porta?" - e encontrava-se já num campo aberto, verde, diante de um rio de águas claras que corria calmamente. O cheiro de flores lhe atraía, mas não mais que o sorriso do amado à sua frente...
  
  Quando ele lhe estendeu os braços, correu para tê-lo. O tempo era tão difícil de definir, pois sua velocidade parecia mínima, mas as coisas passavam ao redor contrariando essa idéia. Ainda assim, não desistia e corria... Estava prestes a alcançá-lo, mas uma pressão puxou seu pé para baixo e ela caiu, - "inadmissível... não posso cair..." - tentou buscar alguma habilidade, mas todas falharam, aí inevitavelmente bateu com a cabeça no chão.
  
  - ... agora... - a voz da Orfeu lhe despertou de imediato.
  
  Já não estava caída sobre a grama, isso era óbvio. O urro de algo grotesco a livrou de qualquer tentativa de refletir sobre as coisas, os passos pesados da criatura avançavam. Um breve olhar para o lado e viu os pés descalços de Orfeu, ele era o alvo.
  
  Impulsionou o tronco para cima, jogando o apoio para um dos braços, usando o outro para sacar sua sombrinha. O calor emanado pelo corpo do brutamontes já era perceptível mesmo de longe. Koihime não pôde ver a criatura que ele tinha se tornado, mas simplesmente sentia a ameaça que representava. Com ótimos reflexos parou de pé à frente de Orfeu, a sombrinha aberta girava em alta velocidade, defendendo-os dos murros que o homem dava.
  
  Sua reação rápida teria salvado o irmão de sofrer um ataque, pois a força daquele homem era difícil até para Koihime conter, mas suas velocidades pareciam pouco distantes. A kunoichi ía sendo empurrada para trás aos poucos pelos golpes do oponente, até sentir encostar-se em Orfeu. As coisas por ali ficariam um pouco tensas...
  
  Com um movimento do quadril ela empurrou o irmão para trás, para fora do quarto. Uma densa névoa saiu de dentro de suas vestes e tomou conta do lugar. Estava em vantagem, graças ao Akagan, mas o quarto era pequeno e eles mais numerosos, então não adiantaria se esconder. O golpe final estava por vir.
  
  - Hikasa, Baika Chakra Jouro Senbon!
  
  A sombrinha foi ao ar e dela uma imensa estaca de chakra se formou. Cortou o ar em direção ao único alvo válido dali: o gordo, ou o que quer ele tenha se transformado. Os outros dois, ela via, eram apeans projeções mortas de seu espírito corrompido, seria inútil tentar ferir-lhes... A porta do quarto tornou a abrir e Koihime a atravessou para fora.
  
  - Vizinhos barulhentos. - ergueu as sobrancelhas para Orfeu, estalou o pescoço com um movimento leve e tornou a descer as escadas, como se nada tivesse acontecido - Vamos? É melhor procurarmos outro lugar para descançar.

A noite ja chegara e trazia consigo a lua e as estrelas. Felizmente a missão era em um hotel, o que permitia que eles dormissem antes de a realizarem. Apesar de não demonstrar o Chunnin que acompanhava Ayumi queria uma boa noite de sono e aquilo era mais do que visivel em seu rosto. A shiro fez uma promessa dentro de si que não dormiria desta vez e deixaria Takeshi descançar afinal ele seria muito importante na missão sendo o mais experiente.

Chegaram ao hotel e viram que não era dos melhores, o que arrancou um suspiro da Kunoichi. Na verdade o lugar tinha uma aparência meio fantamasgorica, fazendo alguns pelos do corpo de Ayumi se arrepiarem. Entraram no lugar caminharam para a recepcionista que era no mínimo estranha. Sua pele era extramente pálida, a deixando branca como um giz. Seu sorriso era visivelmente forçado e aquilo deixou a garota ainda mais tensa. - Viemos em missão, devemos ter um quarto reservado. - Após falar Takeshi mostrou alguns papeis para a recepcionista que afirmou com a cabeça, lhes entregando uma chave e apontando para uma escada.

A subiram e se depararam com um quarto que não era bom, mas para o nível daquele hotel estava com certeza de bom tamanho. A shiro respirou fundo e se virou para o Chunnin. - Pode dormir, eu faço a guarda essa noite. - O Shinobi a olhou e arqueou as sombrancelhas. Apenas deu de ombros e entrou no quarto, realmente seu sono era muito grande. E ali estava a Gennin, na porta de um quarto em um hotel moribundo, e apesar do medo tentava se manter calma.

Girava em seus dedos uma moeda. Estava sentada no chão e encostada na parede com um grande tédio. Estava com sono, porém não podia revelar isso pois estava fazendo a guarda. Takeshi precisava descansar e por isso ela estava ali, se sacrificando por um bom sono do Chunnin. Era o mínimo que ela podia fazer, afinal ele também fez isso por ela. Jogou a moeda pro alto e ao levantar o rosto para vê-la girar no ar viu um vulto negro passando rapidamente.

Sentiu seu coração bater mais forte, o corpo gelar e engoliu em seco. O que havia sido aquele vulto? Se levantou e sacou uma Kunai. A segurou firmemente e foi caminhando pelo corredor lentamente. Sua mão tremia e seus passos eram lentos. Podia sentir sua mão soando e tinha medo, muito medo. Poderia ser sua primeira luta e ela estava sozinha. Continuou caminhando pelo corredor, até ver uma porta no final. Engoliu em seco e levou sua mão até a maçaneta. Sentiu um tipo de liquido na mão e resolveu ver o que era. Gritou e deu um salto pra trás quando viu sua mão vermelha, pingando sangue. Pensou em correr dali, desistir de tudo e ir para a sua confortável casa. Mas e Takeshi? Não podia abandonar o Chunnin ali, então respirou fundo e girou a maçaneta. O quarto estava escuro e silencioso, o que deixava tudo ainda mais sinistro.

- Ora, ora, ora... Carne nova? - Falou uma voz grossa ao fundo. Ayumi girou, tentando ver quem falava mas não conseguiu. Tentou falar algo, mas sua voz simplesmente não saía de tanto medo. Sua mão tremia cada vez mais, um sinal claro que a garota estava com medo. Risadas foram ouvidas, porém não pareciam ser de uma unica pessoa pois havia uma voz feminina no meio. Olhou para a porta e viu que estava completamente fechada e com marcas de sangue. Uma lagrima ameaçou cair, porém a Shiro continuou de pé e se manteve alerta. - Não chore, garotinha... - Outra voz, porém dessa vez feminina. - Q-quem são vocês? O-o que querem? - Falou a pequena Kunoichi com a voz falha e baixa.

Viu um vulto se aproximar lentamente, caminhando em direção a ela no quarto escuro. Deu um passo para trás porém viu que ja estava no limite do quarto, encostada na porta. - Nós? Nada demais, eu diria... - Riu a voz feminina. Mais dois vultos apareceram, dessa vez vindo pelos lados, cada um de um. O que faria agora? Isso ela não sabia. Estava encurralada, sem lugar para ir ou fugir. A unica coisa que restava era lutar, e foi isso o que ela fez. Atirou sua kunai em direção ao vulto feminino na sua frente. Pegou 4 Senbons em cada mão, os segurando entre os dedos. Arremessou para os lados em direção aos outros dois e concentrou o Chakra do elemento vento em sua pele e zerou a resistência do ar com um jutsu. Correu em direção ao vulto à sua frente. Realizou um selo com uma única mão, criando uma espada de suiton. Ao chegar na frente da mulher, viu que realmente era uma mulher, com cabelos negros compridos e um corpo saudavel. Porém notou algo diferente, seus olhos. Olhos brancos e esbugalhados, algo que com certeza não era normal, seria o efeito de algum jutsu.

Deixando todo o seu medo de lado, desferiu um ataque com sua espada em direção à mulher. Esta parou a espada com uma kunai, fazendo uso de uma velocidade incrível. A shiro rangeu os dentes e deu um salto pra trás. Quando se deu conta, os dois outros vultos estavam exatamente ao lado dela. Todos com corpos humanos, porém os mesmo olhos. Em seus peitos estavam cravados apenas dois Senbos dos que a garota jogou. Realmente tinha que melhorar sua mira. Mas mesmo assim era estranho como eles se portavam com senbons enfiados no peito, como se nada tivesse acontecido. Afinal de contas, o que eram aquelas pessoas?

Quando a garota menos esperava, um forte estrondo se foi feito atrás dela. A garota e os outros no quarto se viraram para trás e viram um grande buraco na porta que estava trancada. Atrás dela Takeshi segurava uma Katana e parecia bem irritado. - Não se pode dormir em paz mais? - Bufou, passando pelo buraco e entrando na sala. Começou a correr na direção de Ayumi e os outros. A shiro viu sua Katana tomar uma forma vermelha, como se estivessem chamas. No ultimo segundo saltou para o lado, enquanto o Chunnin desferia um golpe no ar que fez uma onda de chamas ir em direção aos inimigos que não tiveram tempo para reagir. Eles pareciam terem sofrido o dano, porém não davam sinais de dor.

A kunoichi mirim saltou para trás com sua espada feita com um jutsu na mão. Tinha que bolar algo para derrotar aquelas pessoas e descobrir o que eles realmente eram. Quando se deu conta, um homem corria na direção da garota, segurando um machado. Esta apenas se posicionou para defender o ataque. Mas algo inesperado aconteceu, o homem pareceu se dissolver em pó e reapareceu atrás da garota, lhe desferindo um ataque pelas costas. Teve que usar de todo o seu Reflexo Felino para conseguir se virar a tempo para proteger com a espada, porém não foi o suficiente. A arma feita pela garota foi destruida e estava levou um corte no braço não muito forte por ter defendido a tempo. Caiu no chão devido a impacto e olhou para trás, vendo o Chunnin lutando contra dois inimigos ao mesmo tempo. Não poderia ser uma inutil e perder apenas para um, não. Rapidamente realizou selos e logo cinco pássaros de ar foram criados, indo em direção ao homem. Se levantou e pegou mais quatro Senbons com uma mão, jogando contra o homem para que este tenha ainda mais coisas para se defender. Começou a correr e realizou outros selos, criando desta vez um chicote de agua. Aproveitando que o homem se desviava dos passaros e senbons, sendo acertado por alguns, desferiu um golpe com o chicote em seu braço que segurava o machado, o prendendo e puxando para baixo, fazendo o machado cair. Colocou chakra nas palmas das mãos e atirou uma pressão com o vento que fez o homem recuar.

Pegou o machado no chão e saltou para trás. Havia gastado uma boa quantia de chakra agora e estava ofegante. Não podia partir para o combate corpo-a-corpo pois com certeza perderia. Pensou em genjutsus mas descartou pois sabia que aquilo não teria efeito em seres que pareciam não ter vida. Ja livre dos passaros e dos senbons, o homem vinha novamente na direção da Shiro com algumas partes do corpo perfuradas. Tremendo novamente, segurou o Machado com as duas mãos esperando pelo homem. Quando este chegou perto o suficente, correu e tentou desferir um golpe mas teve a mão parada pelo adversario. Levou um soco no estômago que fez sangue sair de sua boca. Cambaleou para trás e caiu. Ainda tinha Chakra e precisava tentar alguma coisa. Se levantou com a mão na barriga e limpou o sangue em sua boca com as costas da mão. Realizou outros selos e apontou a palma de suas mãos para o homem. Delas saíram bolhas de vapor que o acertaram no peito, visto que o mesmo era bastante lento e parecia ter apenas força bruta. Percebeu que o inimigo se abalou um pouco e correu mais uma vez, criando outra espada de gelo. Fechou os olhos e como uma ultima tentativa, penetrou a espada pelo pescoço do mesmo. Abriu os olhos com as mãos tremendo e viu o homem parado, sem se mover.

- E-eu... Eu consegui?! - Pulou, feliz, mas logo se espantou. O homem explodiu na frente dela, causando um impacto que a arremessou na parede. Olhou em volta e viu apenas Takeshi caído no chão, enquanto todos os outros inimigos haviam desaparecido. - Takeshi! - Correu e se ajoelhou ao lado do Shinobi. Ele estava acordado, com o corpo bastante ferido. - Takeshi, está tudo bem?! - Desejou ser uma medic-nin naquele momento ou pelo menos ter um kit de primeiros socorros. - Eu estou bem... - Respondeu o garoto, se apoiando no ombro da garota e se levantando, cambaleando um pouco. - Venha, eu te ajudo. - A garota apoiou o Chunnin em seu ombro e foi com ele até o quarto. Haviam acabado de sair de uma luta e não sabiam a menor ideia de onde ficava um hospital. - Eu tenho um Kit de primeiros socorros na minha mochila. - Disse Takeshi deitado em sua cama após um banho. - Enfaixe meus braços, estão doendo. - Concordando com a cabeça, a Shiro correu até a bolsa e tirou as faixas. As enrolou no ante-braço do Shinobi. - Amanhã procuraremos um hospital, durma bem. - Pela primeira vez, o Chunin não bufou ou coisa do tipo, o que definitivamente era um bom sinal. A kunoichi tomou um banho e logo se deitou também.

Ao amanhecer do dia, Ayumi desceu para conversar com o Senhor Tsubasa. Lhe explicou toda a situação e ouviu todos os tipos de agradecimentos possíveis do dono do hotel. Estava satisfeita e feliz por saber que havia sido útil, pelo menos uma vez na vida. Subiu para o quarto e encontrou Takeshi ja arrumado e sentado em sua cama. Ao ver a garota, se levantou, pegando suas coisas e saindo do quarto sem falar nada. Era definitivamente o mesmo homem que a garota havia conhecido a dias atrás. Sorriu e fez o mesmo, saindo do hotel.