Aimi

Nossa chega até a casa dela sem levantar olhos suspeitos tinha sido bastante complicado, ainda pude notar alguns espiões pelo caminho, mas pelo menos não estavam tão focados em nos como ante, entretanto qualquer atitude suspeita nossa podia fazer eles nos notarem novamente com facilidade. Fiz coisas naturais para chegar até a casa da Hakufu, não seguindo diretamente para lá, e sim participando de coisas no caminho como tomando sorvete, parando em pracinha para admirar um pouco a paisagem e até tocando um pouco de musica, para em fim chegar perto de sua casa. Quando não pude notar mais olhos nas proximidades eu usei um Henge em uma das esquinas, para uma velha e segui até a porta de Hakufu, bati na mesma e esperei ser atendida, caso fosse revelaria em fala quem era eu, mas só la dentro tiraria o disfarce. Precisava falar com ela, era a única que restava, pois não sabia como entrar no clã aburame.

Estava na janela de meu quarto aproveitando a brisa e desejando que tudo estivesse bem com Katayo, Yukito e até mesmo aquela garota que acabei esquecendo o nome ou simplesmente ela não me revelou. O mundo parecia em paz, mas aquela sensação não saia do meu peito. Precisava me livrar daquilo e para isso decidi sair um pouco de casa. Koukin ainda dormia tranquilamente e por isso decidi deixar um bilhete em cima da mesa informando que estava passeando por Konoha. Peguei alguns ryous e os deixei no meu bolso, andei até a porta da minha casa e escutei algumas batidas no portão. Como não conseguia abrí-lo, dei um salto até ficar em cima do muro.

-Bom dia! Posso ajudar em algo?

Aimi

Estou cansada minha jovem, poderia me dar um pouco de água e abrigo por alguns minutos? Otikuy meu neto esta me dando trabalho, acabei ficando cansada de mais - Esperava que ela entende-se o que falei e me deixa-se entrar.

Logo após que a velhinha informou pelo que veio, fiquei algum tempo parada. "Não se devo confiar nesta mulher, talvez ela seja algum ANBU me vigiando. Mas de qualquer forma, eu tenho o Koukin para me ajudar..." Sorri e acenei em positivo como sempre vazia quando estava disposta a ajudar.

-Só peço que espere um pouco, pois este portão é muito pesado e tenho que pedir ajuda para o Koukin-kun! - Voltei para o quintal e corri até o quarto do Koukin, abri a porta o mais rápido que pude e me aproximei da cama. - Koukin, preciso da sua ajuda!

-Hmmmm... - Ainda estava meio preguiçoso, mas logo abriu os olhos e prestou a atenção.

-Tem uma Senhora no portão de casa e diz que precisa descansar. Pode ser algum ANBU e como não consigo abrir o portão, você pode o abrir e ficar perto de mim...

-Como assim, pode ser um ANBU? Se for temos de tomar muito cuidado ao deixá-lo entrar!

-Esqueceu que a Chubou-san é da ANBU? Pode ser que ela venha me avisar de algo...

-Hmmm.... - Ele se levantou e colocou uma camiseta - Vamos lá...

Logo o Koukin estava abrindo o grande e pesado portão de madeira, fiquei frente a ele de modo a receber a Senhora.

-Pode me acompanhar até nossa sala de estar! - Sorri de modo convidativo.

Aimi

Acho que ela não entendeu, mas desde que eu entre esta bom. Sorri e entrei devagar como uma anciã. Acompanhei ela até a sala, lá desfiz o henge após me certificar que não havia janelas ao qual dessem para me ver lá de fora. - Falei o nome do Yukito ao contrario... Sabe por onde esta o Aburame? Achei que depois da explosão ele viria aqui para saber o que houve. Tenho algo a contar mas prefiro que ele esteja por aqui também. - Na verdade não sabia bem se ter os dois juntos seria bom, afinal parecia ser bem amigo dos dois e caso os dois surtassem contra mim eu teria grandes problemas, tenho que torcer para eles manterem a sanidade depois do que eu tinha a contar, afinal o ocorrido não era culpa minha, era matar ou morrer.

Sem se dar conta do tempo que passou, Katayo já saiu do cimo de Konoha quando o sol tinha nascido. E mesmo assim seria arriscado correr literalmente para a casa de Hakufu.

Foi até ao mercado, entrou numa loja de armas shinobi e aguentou lá durante algum tempo a ver as diferentes kunais de todas as formas que o velho ia mostrando, mesmo não tendo o interesse de comprar alguma. Quando de lá saiu, apanhou um caminho mais dissimulado para se ir aproximando, ao mesmo tempo que quatro Kikais lhe saíram do corpo e voaram para longe. Aquele seria o alerta que faria chegar a Hakufu, antes mesmo de ele lá chegar, apenas para a alertar da visita brevemente.

Enquanto os insectos voavam com as coordenadas daquela casa planeada, Katayo agachou-se no cruzamento de dois telhados que tapavam ligeiramente o sol e ocultavam a presença para visitas indesejadas de olhos ANBU.

- >>Espero que não os confunda com um inimigo...<<

Kikais

Os minúsculos insectos nada mais eram que simples moscas para os olhos de pessoas que não procuravam criaturas como aquelas. Os Aburame tinham sempre esse truque, usar algo que ninguém pensa em ver e por isso a ANBU não acharia estranho ver quatro bichos a voarem por ali... Só se estivessem mesmo a planear checar tudo que passava, até o vento.

Não tiveram problema em entrar no complexo onde anteriormente o seu dono estivera e logo após uma viagem por lá, descobrir aberturas para chegar à sala onde Hakufu estava já com Aimi. Eles voaram perto, mas não demasiado para as assustar.

Nesse momento Katayo já estaria a verificar o perímetro e a aproximar-se, enquanto um dos que entrou na casa sairia para o informar do campo livre ali também e os restantes três ali permaneciam, pousados sobre uma mesa.

Aimi

Katayo tinha uma forma bem peculiar de avisar sua presença e confesso aquilo me perturbava um pouco, pois eu não gostava de insetos, porem a presença do aburame não me incomodava. Após o seu anuncio ele chegava a nos, era chegado o momento de revelar as descobertas para eles - Sei que a casa não é minha, mais peço que todos fiquem sentados, pois algumas coisas a falar que são bem pesadas, as quais eu não gostaria de ser eu a transmitir isso para vocês, mas tenho que fazer

Aguardei eles sentarem e continuei - Primeiro de tudo, a questão de incriminar alguém foi bem sucedida e desastrosa ao mesmo tempo, infelizmente precisava que o corpo de quem incriminei sumisse para não lerem sua mente... Sim aquele novo show no hospital que aconteceu foi orquestrado por mim, culpando alguém suspeito o suficiente e tirando um pouco dos olhos do Kage para vocês, porem ainda existem espiões pela vila, entretanto estão fazendo espionagem em geral pelo o que pude notar e não exatamente a nos. - Fiz uma pequena pausa e continuei - Agora o que tenho que falar é sobre Yukito, não sei se ele chegou a contactar vocês, ele chegou a descobrir o autor da digital, alguém que acho que vocês conhecem, o nome dele é Uchiha Tatsuo.

Dei mais outra pausa eram muitos fatos para encaixarem e então segui - Há um outro problema, encontrei Yukito indo para a floresta da morte então o segui para passar as informações do hospital para ele e saber das digitais, entretanto ele me atacou. Estava ele possuído por um fuuin que existia em sua testa, forçado a me eliminar, conter ele estava além das minhas capacidades, não possuo grandes habilidades quanto a isso e atrair ele para outro lugar para conseguir ajuda seria o mesmo de querer nos entregar após o examinarem. Fui obrigada a revidar e algo dentro dele que acredito ser um bijuu, me alertou sobre sua dominação, sendo ele e a criatura faram o que era inevitável, eu teria que o matar para o bem de nos todos e assim o fiz. Sei que ele representa muito para vocês ou pelo menos aparentava representar, sinto muito ter feito isso, mas ele era habilidoso de mais para ser contido por mim. - Algumas lagrimas escorriam do meu rosto apesar da minha feição que aparentava não estar abalada, aquilo infelizmente era bem mais forte do que eu, me dava uma sensação de impotência não ter sido capaz de eliminar o seu fuuin e o manter vivo.

Não fiquei surpresa ao ver aquela velha se transformar em outra pessoa, mas admito que fiquei alegre em saber que ali na minha frente não tinha um ANBU e sim um aliado. Sorri e escutei o que ela tinha a dizer, suspirei pensando um pouco em como responder e antes de falar o Aburame surgiu na sala.

-Não preciso responder sobre ele e desculpe, mas estou com tanto receio ultimamente que mal consigo raciocinar direito...

Atendi ao pedido de Aimi e sentei-me em uma poltrona próximo a porta, Koukin se aproximou com algumas xícaras de chá, mas sabia que aquela não era uma senhora e sabia exatamente quantos haviam no local, afinal ele é um experiente Oinin e não seria enganado facilmente. Havia uma xícara de chá para cada e enquanto Aimi começou a explicar eu comecei a beber minha referente xícara. Até então havia contado que sua parte do plano havia sido complicada e que ela foi a responsável pela nova explosão do Hospital, entretanto não levantaria suspeitas para nenhum de nós. Não desejaria ter escutado a próxima frase, acabei ficando chocada.

-Ta... Tatsuo?! - Tremi um pouco e meus olhos se encheram de lágrimas. - Mas porquê? Hideki era um Pai para mim, porque ele faria isso comigo? Porque ele mataria o Hideki! - Koukin levou sua mão ao meu ombro tentando me confortar, mas não estava dando resultado. Após um tempo em silêncio outra péssima noticia. Yukito, meu primeiro discípulo, estava morto. Minha xícara foi ao chão e se quebrou em várias partes, deixando o chá escoar por todo o chão da sala. Fiquei um tempo sem reação e foi quando o Koukin me abraçou escondendo meu rosto em seu ombro. - Quem foi? - Minha voz era trêmula e baixa, não conseguia mais conter e acabei chorando e gritando. Agarrei a camiseta do Koukin em desespero e olhei para Aimi com meu rosto cheio de lágrimas demonstrando um misto de tristeza e raiva. - QUEM FOI O DESGRAÇADO QUE O CONTROLOU? - Respirei fundo e avancei rapidamente até Aimi - QUEM FOI? POR ACASO FOI O VELHO? - Me referia a Onoki com aquilo, mas não queria deixar claro. - NÃO IMPORTA QUEM SEJA! EU VOU ESMAGAR COM MINHAS PRÓPRIAS MÃOS!

Finalmente reuniram-se, mas algo estranho se passava, pois não havia ainda nenhuma notícia de Yukito. Katayo manteve-se em silêncio enquanto Aimi começava a falar o porque de estar ali. Fora uma sorte o Aburame ter vindo em tão boa hora para ouvir as novas.

Segundo a kunoichi, o plano de passarem despercebido ocorrera com sucesso e o kage não estava mais interessado neles que nos restantes membros de Konoha, com as recorrentes vigias na vila. A nova explosão no hospital também foi explicado, como uma manobra para fazer todo aquele teatro se encaixar melhor.

Já sentados, todos receberam uma xícara de chá e o Aburame não foi excepção. Para não parecer indelicado, bebericou logo um pouco e logo após isso manteve-a na mão, aquecendo-a até uma boa temperatura. O pior estava para vir e caiu como uma lâmina quando Aimi afirmou já saber o culpado da morte de Hideki, informação dada por Yukito.

- ...o nome dele é Uchiha Tatsuo. - O nome ressoou até aos confins da sua mente e as coisas fizeram sentido, ou ao menos agora pareciam fazer. O desaparecimento misterioso dele nunca foi anuncio de boas notícias, mas nunca esperou ver o seu melhor amigo como um traidor. Estranho foi não não se descontrolar.

Tatsuo fora seu amigo, mas nos últimos tempos tinha-se afastado. O que antes eram missões a todas as horas enquanto equipa, tinham-se tornado encontros esporádicos e depois do acidente do funeral dele mesmo, nunca mais contactaram. Mas doía.

- Ta... Tatsuo?! - Hakufu tremia, dava para ver e pouco depois os seus olhos se encheram de lágrimas. - Mas porquê? Hideki era um Pai para mim, porque ele faria isso comigo? Porque ele mataria o Hideki!

- Nenhum de nós sabe a resposta Hakufu-san. - Koukin tentava conforta-la. - Ele também era o meu melhor amigo...

Antes que a conversa sobre Tatsuo se prolongasse e à espera de ficar mais calmo, Aimi dava outra má notícia. A morte de Yukito e para essa Katayo não sabia mesmo como reagir. Uma pessoa que conhecera à tão pouco tempo, mas com quem pareceu ter vivido toda a infância. Um shinobi não deve chorar, mas era mesmo o que apetecia naquele trágico momento. Aimi fez-lo e Hakufu também. Mas o Aburame conteve-se, tinha de ser forte, por ele e por elas.

- Quem foi? - A voz de Hakufu era trémula e baixa, mas carregada de raiva e desespero. - QUEM FOI O DESGRAÇADO QUE O CONTROLOU? QUEM FOI? POR ACASO FOI O VELHO? NÃO IMPORTA QUEM SEJA! EU VOU ESMAGAR COM MINHAS PRÓPRIAS MÃOS!

O rapaz suspirou.

- Ninguém pode trazer o Yukito-kun de volta. Mas ao menos ele morreu com orgulho, pelo que Aimi diz. - Olhei para ela esperando confirmação. Entretanto levantou-se da mesa. Não tinha dormido nada e estava exausto, agora física e psicologicamente. - Descobrimos o culpado e estamos um passo mais perto de desvendar tudo isto, na minha opinião devemos honrar o Hyuuga e continuar a investigação. Ele foi meu amigo pouco tempo, mas sinto que tenho de fazer isto por ele... Nem que seja o próximo a morrer a tentar. - O seu olhar estava sombrio. - Vingança não nos leva a lado nenhum, mas eu não procuro vingança. Eu procuro morte, justiça. Seja Onoki, Fiora ou o raio que apareça, não vou deixar que mais ninguém importante para mim me seja levado. Por isso vos pergunto: Vocês estão comigo? - Era quase uma pergunta retórica, mas queria saber se elas estavam dispostas a avançar com o que ele e Yukito começaram. - Se estão, o que faremos agora? - Queria saber a opinião delas. Tentar desvendar Onoki? Procurar e interrogar as razões de Tatsuo? Tentar desvendar o selo que foi usado no Hyuuga? Existiam milhões de possibilidades e o tempo estava a correr.

Aimi

Era de se esperar que pelo menos um deles perde-se a cabeça, nesse caso foi Hakufu, ela ágil de forma explosiva, mostrando sua raiva e fazendo perguntas que infelizmente eu não podia responder, falando em responder tenho outro problema em mãos que tinha que resolver, o bijuu, este com certeza não ficaria preso por muito tempo, entretanto se ele fugi-se do fuuin ia ficar perdido no mundo dos mortos, coisa que eu não desejava... Não sabia se os dois podiam me ajudar quanto a isso ou se teria que resolver esse problema sozinha o soltando em algum lugar distante quem sabe e torcendo para não morrer após o soltar.

Por hora já tinha despejado informação de mais por eles, era melhor resolver o que Katayo perguntou, pensei um pouco e falei - Não a volta no ponto que chegamos, irei até o final com isso também. Entre esses três inimigos o elo mais fraco é Tatsuo, não menosprezando as habilidades dele, mas entre um Chunnin, Kage e uma organização... Ele seria um alvo em potencial, que possivelmente fez o assassinato em nome de um dos dois, entretanto não temos o paradeiro dele o que tira um pouco ele de nossas mãos. Se a organização não esta com nosso atual Kage, são inimigos um dos outros, acho que tínhamos que trabalhar nisso, o inimigo de nosso inimigo pode ser nosso aliado... É isso que acho, precisamos nos aliar a um dos dois ou pelo menos forçar a luta deles, para que um dos nossos problemas seja eliminado e aproveitar o enfraquecimento do lado vencedor e ai sim agir.

Não conseguia pensar em nada, acabei ficando em completo silêncio. Não sabia o que fazer, ir atrás de Tatsuo era uma das opções e a outra seria descobrir quem assassinou Yukito. Acabei ficando estática sem reação, Koukin voltou ao meu lado e tentou me confortar, mas eu simplesmente dei de ombros e caminhei até a porta da sala. Encarei o vazio e falei de forma triste e baixa.

-Já pensaram que o Tatsuo pode ter sido alvo do mesmo Fuuin que Yukito? - Fiz uma pergunta retórica e suspirei - Eu vou ajudá-los. Caso precisem de qualquer coisa que esteja ao alcance de uma Fuuin-nin e Médica Cirurgiã, me procurem! Posso não ser uma shinobi como antes, mas ainda sou útil e tenho meus truques! - Voltei e me sentei na poltrona onde estava antes. Olhei para todos e suspirei - Se necessitarem de minha ajuda em campo de combate, eu vou precisar passar por um treino especial para ao menos conseguir me defender. Antes de enfraquecer e atacar o inimigo, precisamos nos fortalecer ao máximo e seu eu for um peso morto na equipe, apenas atrapalharei!

-Hakufu... - Koukin parecia preocupado e acabou se aproximando de mim - Não posso deixar que se meta em coisas assim. É muito perigoso!

-Desculpe, Koukin! Mas não quero sua opinião. Eu já tenho minha decisão e você deve mascarar nossas atitudes. Afinal você é um dos melhores Oinin que conheço e pode ser que acabe entrando na ANBU ou consiga um cargo importante, pois até onde sei você foi convocado pelo Kage. Caso isso ocorra, você nos dará cobertura! - Olhei para Aimi e Katayo. - Vamos atrás do Tatuo! Precisamos saber se ele está sobre o efeito de algum Fuuin ou se queria mesmo matar o Hideki. Em qualquer um dos casos, teremos um dos lados resolvido. Sobre deixar Fiora conta o Kage, eles já fazem isso e com o tempo vamos descobrir se são nossos aliados...

Ouviu a opinião de ambas e elas estavam naquilo com ele. Mas cada uma dava uma opinião oposta, sendo ir atrás de Tatsuo ou tentar desvendar mais e aprofundar os conhecimentos entre Fiora e o Hokage.

- É difícil escolher entre o que seguir, mas desta vez eu terei de estar do lado de Hakufu. - Mexeu-se para mais perto dela. - Não tenho nada contra o seu plano Aimi, nem quero ir atrás do Tatsuo por ele ter sido em tempos o meu amigo. Mas esse Fuuin controlador é uma hipótese. Lembro-me de um ancião do Jounnin Shiken se descontrolar no meio do combate e também rumores que ele não estava em si. Foi quase na altura em que Fiora atacou Konoha e esses elementos podem estar conectados. Tanto ir atrás de Tatsuo e descobrir se ele está afectado, como ao mesmo tempo estudar esses Fuuins, nos dará um avanço da próxima vez que sejamos confrontados com ele. E podemos poupar vidas com isso. - Pensou em Yukito. Tentou concentrar-se. - Mas também temos o problema: Não sabemos onde ele está nem nenhum de nós é especialista em procura de pessoas, como eu penso que não sejamos, por isso esse plano me deixa atrás na decisão. Eu penso que uma coisa é certa, não podemos permanecer exclusivamente em Konoha se queremos fazer as coisas sem problemas e a única forma de sair é em missão. Ou pedimos uma missão ao Kage e saímos em equipa, mas realmente vamos é planear algo lá fora, longe dos ANBUs e da espionagem, ou pedimos missões em separados e arranjamos um local para nos encontrarmos assim que estivermos lá fora. Neste momento a vila tem ouvidos em quase todo o lado.... - Esperou para ver quem teria algo a dizer sobre aquilo, ou arranjar algo mais inteligente.

Aimi

Escutei com atenção cada palavras dos dois, quando Katayo falava sobre sair da vila, aquilo seria bem fácil, com Akroma como assistente do Kage eu podia mexer os pauzinhos para nos tirar da vila com facilidade, eu então falei - Sair da vila não será um problema, posso fazer com que isso aconteça. - Sorri, bom pelo menos um sorriso no meio de tanta noticia ruim, enxuguei a lagrima e terminei - Irei providenciar isso se estiverem de acordo, de forma que demoremos para voltar da vila, para não acharem estranho a nossa demora para voltar.

Já não tinha mais o porque ficar com raiva ali, percebi com a ajuda de todos que não resolveria nada agir daquela forma. Mas de uma coisa eu sabia, o culpado por controlar o Yukito seria punido. Respirei fundo para me acalmar e olhei pela única janela da sala. Passamos algum tempo em silêncio e foi então que decidi expor o que tinha em mente.

-Não podemos ficar com os braços cruzados! Preciso me por em forma, não que eu seja como um peso morto, pois minhas habilidades em Medicina estão cada vez melhores e tenho uma ótima habilidade com Fuuin, posso não ser muito util na linha de frente como antes, mas ao menos vocês terão suporte!

A nova "equipa" estava toda de acordo, a saída da vila apenas para tentarem pensar melhor no plano a seguir, longe dos olhares da ANBU e do Onoki, que pouca confiança dava.

- Acham que devemos levar mais alguém? A não ser que seja mesmo necessário ou que possamos receber mais algum bom suporte, acho que, mesmo assim, os nossos colegas estão mais seguros em Konoha. - Katayo falava em nome dos shinobis que prestavam serviço à vila. - Estamos a seguir por um caminho perigoso... - Olhou ambas, determinado. - Aimi-san, providencie então a nossa saída já que disse conseguir. Vamos agir como se nada tivesse acontecido aqui e assim que formos convocados, seguimos como fazemos normalmente em missões. Mas preparem provisões, não iremos muito longe não é? Mas vale sempre prevenir, já que não podemos voltar para dentro das muralhas enqunato não soubermos bem o terreno que vamos pisar.

O Aburame via aquilo como o melhor a fazer naquela situação tão estranha e perigosa. Seriam eles os três suficiente para tratar do assunto? Ou ao menos fortes o suficiente para o fazer? Ninguém podia dizer. Mas eram eles que tinham perdido as pessoas naquele momento e que foram obrigados àquilo. Se mais ninguém se levantasse para lutar, Konoha estava condenada a algo mau talvez. Se eles eram a única resistência, que fossem.

Aimi

- Considere feito! Vou resolver a questão para sairmos da vila sem levantar suspeitas, voltem as suas vidas normais, não se arrisquem que o mais breve possível deverão ser chamados para alguma missão, não sei como seremos agrupados para a missão, de qualquer forma quem sair aguarde na pedra de hortelã, uma famosa pedra do país da grama, deverão esperar por lá até que nos três nos encontremos. Quanto a chamar outros eu até preferia, mas como você mesmo disse podemos trazer perigos para quem vá conosco e já perdemos um aliado, um outro foi para o outro lado não sabemos porque e já tive que eliminar um outro inocente nesse meio tempo, só esta tendendo para pior, é bom mesmo que saiamos por algum tempo para pensar direito... Então é melhor seguir apenas nos três por enquanto, vou fazer o possível para que nenhum de nos tenha que ir com outros na missão, bom melhor irmos. Até mais e boa sorte par vocês. - Sai de cena com a aparencia da velhinha, passando pelo portando aberto pelo ajudante de Hakufu.

Susuki

Nossa, não vou conseguir manter por tanto tempo ele no corpo de Yukito, preciso descobrir logo o que fazer ou será tarde de mais! - Falei preocupada, era complicado ficar dando manutenção nos fuuins, isso teria que ser feito todos os dias até eu descobrir uma forma de selar o bijuu de forma efetiva.

Akroma

"Vamos pense, tenho que tirar os três da vila sem levantar suspeita... Mandar eles juntos sera muito obvio! Mas se eu mandar os três separados também, a não ser que... É isso, se eu mandar outros shinobis nesse mesmo padrão de missões sozinhos, vou mascarar a saída dos três." - Pensei

Tudo estava resolvido, Aimi ja saiu de minha casa para possivelmente resolver a sua parte do plano. Restaria a mim e Katayo apenas uma coisa, aguardar. Suspirei e limpei as poucas lágrimas que ainda haviam em meu rosto e olhei para o Chunnin.

-Não sei como ela vai conseguir me enviar em missão, mas preciso resolver uma coisa antes de tudo acontecer! - Suspirei - Tenho de falar com a família de Yukito...

Falei meio sem graça e comecei a caminhar para fora de casa, não sabia por onde começar, mas não falaria sobre Aimi e nem poderia contar mentiras. Ainda estava confusa sobre o que fazer, mas eles devem saber sobre o ocorrido.

Aimi dizia que eles só teriam agora de esperar e por isso Katayo apenas anuiu, até que a mesma se foi finalmente embora. Só já restavam eles dos dois. Secando as lágrimas, a kunoichi informou o Chunnin que pretendia falar com a família de Yukito, talvez para os informar da triste situação.

- Eu posso não ter sido tão chegado a ele como você, mas se quiser eu lhe tiro esse fardo de cima e posso ir no seu lugar. - Devia ser ainda mais difícil para ela encarar a morte de Yukito e por isso Katayo não se importava de ser ele a carregar as más notícias, não por Hakufu ser fraca enquanto shinobi, mas sim pelos sentimentos que aquela conversa carregava para ela.

Se não quisesse, o Aburame despediria-se e voltava para as ruas de Konoha, fazendo novamente uma vida normal até ao chamado. "Pedra de Hortelã - País da Grama" era a única frase que se tinha de gravar na mente.

-Eu agradeço por se preocupar com meu bem estar Katayo-kun, mas... - Olhei para ele já sem demonstrar qualquer tipo de sentimento. Como se tivesse perdido minha alma - Preciso ser forte. Uma kunoichi como eu, que carrega um enorme fardo nas costas, não pode cair em uma situação destas... - Comecei a caminhar para sair de casa - Se quiser pode ficar por aqui, mas eu tenho de falar com a família de Yukito! - Continuei meu caminho daquele mesmo jeito, sem esboçar reações.