A jornada de outro deliquente...

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MensagemAssunto: A jornada de outro deliquente... A jornada de outro deliquente... EmptySáb maio 04, 2013 2:17 pm

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Capítulo 1 - A luz que vem para iluminar

O homem puxou os panos que bloqueavam a entrada da barraca. Parecia aflito. Sua testa e seus cabelos estavam completamente encharcados de suor, assim como suas roupas shinobi. Seu olhar parecia ter algum tipo de sentimento carregado. Colocou a cabeça para dentro, teria que chamar a pessoa que se encontrava ali urgentemente. - Makoto-sama! Seu filho está prestes a nascer! - A informação atiçou a mente do Uzumaki, antes sonolento e cansado de mais para reagir. Se levantou num pulo, saindo da barraca quase derrubando-a, correndo pela grama baixa até o local aonde sua esposa estava sendo cuidada. Embora com pressa, entrou calmamente para não dar nenhum susto em quem estivesse ali, já que era algo extremamente minucioso.

Chegou tarde demais - ou talvez na hora certa, já que não era uma de suas intenções ver sua mulher sofrendo para parir o filho. O bebê já estava nas mãos da melhor amiga da mãe, enquanto esta estava deitada no colchonete, respirando profundamente, com um pouco de dificuldade. Makoto aproximou-se da criança, observando-a melhor. Tinha os cabelos vermelhos, naturais do clã Uzumaki, e os olhos cor de mel que herdou dele mesmo. Beijou a testa do pequenino, o que fez ele dar um pequeno resmungo. Seu desejo era que aquele projeto de pessoa que estava em sua frente pudesse ser um grande shinobi no futuro, ou que realizasse todos os seus desejos.

Sua atenção, então, voltou-se para a esposa. Beijou-lhe os lábios, acariciando seus longos cabelos, nos mesmos tons de vermelho que os dele e que os do recém-nascido. - É uma linda criança. - Disse, com a voz baixa. A mulher abriu os olhos, derramando mais algumas lágrimas, enquanto observava a expressão de calma do marido com ternura. - Sim... Aquele bebê ainda terá muito o que aprender. E quando crescer... será seu sucessor como chefe da tribo... - O homem gargalhou um pouco, uma risada que a mulher tratou de deliciar. - Ora, Asuka, você sabe que os votos são democráticos. - Ela sorriu, sua face tinha uma expressão carregada bem aparente de cansaço. - Apenas me deixe sonhar... - Ele riu outra vez.

Deslizou as pontas dos dedos indicador e médio pelo rosto dela, causando-lhe uma sensação tão boa que ela quase adormeceu. Porém, ainda havia uma questão não resolvida. - Qual será seu nome? - Asuka semi-cerrou os olhos, olhando para o lado com uma expressão pensativa. - Gosto de Issei. - Makoto olhou para trás, depois, pegou o filho no colo, que resmungou com a movimentação repentina. - Então que seja Issei. - O homem acariciou a testa do bebê. - A luz que vem para iluminar. - Colocou o pequeno Uzumaki nos braços da mãe, que observou o seu bebê por longos minutos.

E era ali que a grande jornada de Uzumaki Issei começava.
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MensagemAssunto: Re: A jornada de outro deliquente... A jornada de outro deliquente... EmptySáb maio 04, 2013 4:22 pm

Citação :
Capítulo 2 - Uma nova vida, talvez
10 anos depois, em algum ponto próximo a Konohagakure no Sato.

O mensageiro enfiou a cabeça para dentro, tinha uma expressão de tédio e frustração, algo que já era costumeiro ali. - Makoto-sama... Issei-san fugiu do treinamento outra vez, e derrubou uma barraca. - Se retirou logo depois. O homem nem teve tempo de olhá-lo, mas havia recebido o recado. Suspirou, se levantou e espreguiçou longamente, era outro dia frustrante na tribo. Seu filho só se tratava de causar mais e mais problemas, e ele já não suportava mais. Aquele dia, teria que conversar seriamente com ele, aquilo teria que parar. Afinal, Makoto era o chefe da tribo e não poderia pensar apenas na sua família, mas também nas outras 27 pessoas que migravam juntas, desertoras da antiga Vila do Vórtice.

Ele saiu do abrigo, o sol indicava que já deveriam ser umas 11 horas da manhã. As pessoas transitavam entre as barracas, algumas mulheres colhiam frutos das florestas aos arredores, shinobis treinavam e tudo estava em paz. Makoto colocou as mãos para trás, começando a andar por entre as pessoas, cumprimentando-as. Ele se sentia feliz ao ver que estava sendo um bom líder, as pessoas estavam satisfeitas com ele na liderança, e era isso que ele mais almejava quando se candidatou para assumir o cargo. Mas, ao mesmo tempo, tinha uma sensação ruim no peito por não conseguir controlar o próprio filho, e também tinha orgulho pelo garoto, que mesmo fugindo de tantos treinamentos já tinha a força de um gennin poderoso.

Alguns minutos de caminhada foram suficientes para chegar ao local onde Issei estava sendo treinado, uma clareira próxima ao acampamento. Ali, encontrou os dois shinobis encarregados por treinarem o garoto, repreendendo-o vigorosamente. Ele estava quieto, mas Makoto podia enxergar nele sua costumeira expressão astuta. O Uzumaki se aproximou do trio, demonstrando seriedade. - Takashi, Yuki, deixem isso comigo. Obrigado pelo esforço. - Os dois assentiram e partiram. Alguns minutos depois, o homem se virou para o filho. - Issei, me acompanhe. - O menino nada disse, apenas respeitou o pai.

O chefe da tribo guiou o menor até a barraca maior, local onde ele dormia e fazia seus serviços. Sentou-se por trás da pequena mesa, indicando para o menor sentar do outro lado. E assim ele o fez. Antes de começar a falar, serviu chá para ambos. Issei, embora novo, gostava de chá, e aceitou de bom grado. - Issei, já é a terceira vez que foge do seu treinamento essa semana. Por que insiste em desafiar seus senseis, que tanto se dedicam para ensiná-lo a ser um shinobi? - O garoto agora estava inexpressivo. - Perdão, pai. Eu só acho eles um pouco... parados! - Issei tinha muita energia, e Makoto não sabia se isso era benefício ou malefício. - E para "agitar" um pouco mais as coisas, você precisa sair correndo sem perceber aonde vai e derrubar uma barraca? Igual você fez no mês passado? - Apesar do teor da conversa, o homem tentava manter um tom de leve repreensão, embora pudesse aumentar esse tom a qualquer momento. Felizmente, isso já era suficiente para fazer o garoto sentir. Este já se mostrava arrependido. - Desculpe.

O pai, satisfeito, sorriu para o filho, que sorriu de volta. - Está dispensado. - O garoto assentiu e já ia partir correndo, mas de repente parou no meio do caminho. Para azar de Makoto, ele estava arrumando a barraca justo naquele dia e tinha deixado aquele maldito pergaminho gigantesco bem a vista, para qualquer um que entrasse ver. Então, Issei fez a pergunta que o seu pai não queria ouvir. - Pai, o que diabos é isso? - O garoto cutucou o pergaminho, que devia ter o tamanho dele. Makoto saltou por sobre a mesa e bateu na mão do filho de leve, impedindo que ele tocasse naquilo. De repente, sua voz ficou bem mais séria do que estava antes. - Não toque nisso, Issei. Nunca. Vá procurar sua mãe. - O garoto, assustado, correu para fora da barraca. Mas um desejo incontrolável tomava conta de sua mente, desde então. Um sorriso astuto desenhou-se sobre o seus lábios. - Eu verei o que há naquele pergaminho hoje a noite! - E seu pai, como o conhecia muito bem, já ia esconder aquele pergaminho em outro lugar para que o menino não o achasse.

A noite logo caiu. A lua, em sua fase cheia, iluminava o acampamento inteiro com a sua luz prateada. Tudo estava quieto, as pessoas já estavam dentro de seus abrigos, já preparadas para dormir. Uzumaki Issei, porém, tinha outros planos para aquela noite. Já tinha conseguido fugir da barraca que dividia com a mãe com um jutsu simples de disfarce que seus senseis lhe ensinaram, agora andava cautelosamente em direção a barraca maior, que pertencia ao líder da tribo, seu pai. Sua "missão" fora concluída, ele já havia se aproximado o suficiente. Entrou sem fazer barulho nenhum, localizou Makoto deitado em um colchonete a sua esquerda. Como imaginara, o pergaminho não estava no lugar que ele havia visto mais cedo, era óbvio que o seu pai escondera, afinal, deveria ser alguma coisa importante.

A adrenalina era jorrada aos montes ao sangue do Uzumaki menor, que vasculhava com os olhos todo o local. Caminhou para dentro, procurava fazer o mínimo de barulho possível. Buscou em cada canto do quarto, locais que não fariam nenhum ruído se procurasse. O único local que restava era atrás do colchonete aonde Makoto dormia, um local bem arriscado para se procurar, mas a curiosidade do garoto foi maior que o seu medo. Redobrou a atenção ao passar pelo pai adormecido, chegando no tão desejado pergaminho misterioso, que estava escondido por trás de um pano.

Issei pôde ver que o pergaminho tinha diversos fuuins, mesmo em seu lado de fora. Estava velho e amarelado, chutaria que tinha uns 60 anos. Tentou desenrolá-lo, mas os fuuins ali ativos impediam isso. Porém, como estavam velhos, cederam, e o garoto acabou rasgando um pedaço do papel. Makoto acordou com o barulho, se virando para ver o que era. - Issei... - Encarou a cena melhor, viu um chakra esverdeado saindo do pergaminho aos montes, parecia algum tipo de massa furiosa. O garoto já tinha o soltado, estava apavorado, olhando para aquilo com uma expressão de culpa. Makoto se levantou e puxou o filho. - Vamos, rápido! - A coisa que o homem mais temia acontecera: Issei libertara Yonbi no Saru.

O chefe da tribo saiu berrando para todos saírem de suas barracas, pois algo terrível acontecera. Issei, assustado, ainda não havia entendido o que fizera. Todos já montavam suas barracas, o temido bijuu já estava quase em sua forma perfeita, e foi a primeira vez que todos do local ouviram o grande rugido do Yonbi. Finalmente entenderam o que estava acontecendo. Os mais fracos e medrosos ficaram para trás, e os mais experientes e corajosos, para frente. Yuki, a tutora de Issei, se aproximou de Makoto. - Makoto-sama, o que iremos fazer? - O homem olhou para ela, desolado, enquanto o Yonbi já estava em sua forma completa, um gorila gigante com quatro caudas, apoiando-se nas falanges dos dedos. - Precisamos selá-lo outra vez... fazer um pergaminho como aquele em que ele estava vai demorar muito. Precisamos selá-lo em alguém... Por favor, comande essa operação, eu não quero fazer isso. - Yuki sabia o que o líder queria dizer com isso. Assentiu, e depois elevou a voz para todos ali escutarem. - Façam um círculo ao redor de Issei! Iremos selar Yonbi nele!

Os shinobis fizeram o que a mulher pedira. A mãe do garoto também compunha o círculo, e enquanto preparava os selos, chorava aos montes. Enquanto isso, o demônio gigantesco parecia preparar algo em sua boca, parecia uma esfera gigantesca de lava, capaz de matar todos ali de uma só vez. Em um minuto, o círculo já estava perfeito, os fuuins já estavam desenhados e Issei no meio, sentado, assustado de mais para se mover. Eles realizaram uma sequência de selos, em sincronia. O chakra da criatura foi começando a ser selado no pequeno, que começou a ter dores por todo o corpo, sentia seu peito arder e sua cabeça parecia que ia explodir. Com um rugido, o Yonbi atirou a esfera de lava contra os seladores. A esfera formou uma onda, que foi até os membros mais fracos, mais atrás. Alguns morreram de imediato, outros resistiram por algum tempo. O selamento foi completo em poucos minutos com a quantidade de gente que estava ali, mas o resto dos shinobis que não havia morrido com a lava antes, morreram naquele momento. Issei estava desacordado.

Makoto era o único sobrevivente além de seu filho, a lava não havia chegado tão perto dele, mas ainda assim tinha queimaduras de terceiro grau por todo o corpo. Sabia que ia morrer, mas antes teria que garantir a segurança de seu filho. Sentindo o corpo todo doer, caminhou até onde Issei estava, pegando-o o no colo e levando-o na direção de Konoha, a passos lentos.

~//~

- Hideki-sama! - A mulher abriu a porta com pressa, rapidamente localizando o Hokage por trás de sua mesa. Estava atarefado, mas aquilo era ainda mais urgente. - A equipe de defesa do portão principal identificou um monstro a aproximadamente 20 quilômetros. Não sabemos se está sendo controlado, ou se é puro acaso! - O Sarutobi teve uma reação rápida. - Um ataque? - Levantou-se e passou direto pela mensageira, correndo pelos corredores do prédio, apressado. Saiu da construção, ia em direção ao portão principal de Konoha acompanhado por 5 ANBUs, não poderia deixar a vila ser atacada num momento daqueles. Tinha receio, se fosse uma bijuu, Konoha estaria perdida.

Porém, ao chegar lá, não havia nenhum monstro. Apenas um homem cambaleante, com a roupa chamuscada e queimaduras pelo corpo todo, segurando uma criança ruiva de 10 anos sem camisa, com um grande selo na barriga. O homem se aproximou do Hokage. A ANBU já iria intervir, mas Hideki levantou a mão, impedindo qualquer reação por conta dos konohenses. O desconhecido caiu de joelhos, erguendo a criança que tinha em mãos. - Hokage-sama... por favor... cuide de... meu filho... Uzumaki... Issei... - Com isso, Makoto caiu no chão, falecido. Hideki agachou e segurou o menino, impedindo sua queda. Depois, virou-se para os guardas do portão. - Levem esse homem e essa criança para o hospital!
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MensagemAssunto: Re: A jornada de outro deliquente... A jornada de outro deliquente... EmptyDom maio 05, 2013 1:31 am

Citação :
Capítulo 3 - Dois amigos?

Meu corpo doía. Algum ponto da minha barriga ardia fervorosamente, parecia que algo estava fervendo dentro dela, o que me dava uma sensação horrível. Minha cabeça parecia prestes a explodir a qualquer momento. Vozes e ruídos diversos passeavam pela minha mente, o que deixava tudo mais confuso. Eu não tinha energia, eu me sentia dentro do nada, dentro do vazio. Não podia me mexer, nem sequer conseguia abrir os olhos. De repente, alguns flashes e memórias sem sentido começaram a aparecer, e então me lembrei o que tinha acontecido. Onde estavam todos? E aquele demônio... e meus pais? Eu estava cansado demais para fazer qualquer coisa, mas o medo e a ansiedade me fizeram ter energia. E finalmente, pude abrir os olhos.

Minha visão estava embaçada, turva, e eu não pude ver nada além de nada. As memórias ainda dançavam em minha mente, eu tinha que buscar meu pai, mas eu não sabia aonde... A força foi lentamente retornando aos meus músculos, e finalmente podia ver as coisas nitidamente. Com um pouco de esforço, me coloquei sentado, e olhando ao redor, pude perceber que estava em uma espécie de sala retangular bastante escura, mal-iluminada. A falta de luz era tanta que eu mal conseguia ver aonde as paredes terminavam, eu enxergava até uns 5 metros de distância, e depois, a escuridão. Me pus de pé, olhando aos arredores, para ver se encontrava algo.

Sem ter rumo, comecei a andar indefinidamente, para qualquer lado que viesse a minha cabeça. Eu tinha um medo tremendo, o que aquela criatura gigantesca fizera com a minha família? Eu não tinha como saber, e aquilo me frustrava. Não sei por quanto tempo permaneci caminhando, poderia ser um minuto como também poderia ter sido um ano, mas parece que cheguei a algum lugar. A minha frente, podia ver um grande portão dourado, que mesmo sem luz era brilhante e forte, como se impusesse sua força. E, impedindo sua abertura, um pedaço de papel grande, tinha escrito "selo". Mas que diabos era aquilo? Eu sabia o que era um selo, já tinha treinado alguns, mas não sabia o que aquilo significava. Até que eu o vi.

Os olhos dele me encaravam, como se aguardassem pacientemente. Estavam bem a minha frente, como se ele estivesse agachado ou deitado, mas eu também podia ver suas mãos peludas, vermelhas. Ele se apoiava nas falanges, algo que se assemelhava a um macaco. Um macaco gigantesco. Minhas pernas se arrepiaram com a presença daquele gigante.

- Quem é você? - Minha voz de criança parecia insignificante perto daquele ser. - O que você fez com a minha família?

- Olá, criança. - A voz grossa e ameaçadora dele fazia tremer todo o local, como se fosse uma energia muito poderosa para ser compreendida, mas que estava completamente inutilizada por trás daquelas grades douradas. - Eu sou Son Goku! Talvez me conheça por Yonbi, o bijuu de quatro caudas. - Ele tinha um tom irônico que eu não compreendia.

- Já sei quem és... - Eu já tinha ouvido falar sobre aquela criatura. Os grandes bijuus, os monstros com caudas que foram criados para punir a humanidade pelos seus pecados. - Por que estás aqui?

- Eu finalmente tinha alcançado a minha liberdade... até que aqueles idiotas me selaram numa ingênua criança! Como ousam! - A voz dele ficou furiosa, as palavras ecoavam pelas paredes centenas de vezes, a cada vez que ele falava o mundo parecia girar ao meu redor. - Matei-os! Não possuem o direito de me enfrentar... Logo dominarei sua mente ainda em crescimento e finalmente estarei livre!

- Você matou... meus pais? - A verdade me atingira como uma pedra. A criatura teria matado meus pais e amigos? Uma sensação ruim tomou conta do meu peito, e um ódio daquela criatura cresceu dentro de mim.

- Se os seus parentes estavam no meio daqueles tolos... - Ele deu uma pequena risada cínica. Apertei o punho, furioso. - Você logo se juntará a eles, criança... me dê a sua mente!

De repente, o chakra daquele ser começou a escorrer por baixo da grade, cachoeiras de lava começaram a surgir nas paredes ao meu redor. O ambiente começou a ficar pesado, tudo parecia estar mais triste. Mas eu não poderia deixá-lo me controlar! Eu tinha meus próprios desejos, minha própria vida, e não ia deixar aquele ser destruí-la. Apesar de não ter mais minha família, meu sonho de ser reconhecido e trazer meu clã de volta aos holofotes ainda não havia acabado! Toda aquela determinação trouxe todo o meu poder para fora, meu corpo foi envolto pelo meu chakra que não cedeu ao poder da criatura, ela tentou tomar controle de mim mas minha proteção não permitia. Depois de alguns minutos de insistência, Yonbi parou. Ele demorou um pouco a falar.

- Você tem potencial, menino... - Ele soltou uma gargalhada alta. - Colaborar com você não será assim um desperdício... Mas lembre-se: você precisa do meu poder, mas eu não preciso do seu. Podemos permanecer assim... por enquanto.

Sua risada rapidamente preencheu o local dessa vez. Me senti tonto... minha visão e audição foram sumindo aos poucos, até que eu caísse no chão outra vez. E eu fui devolvido ao nada.

~//~

A vida retornou ao meu corpo inerte outra vez, mas quando recuperei minha visão, não via nenhuma sala escura. Eu me encontrava num quarto de hospital de paredes e teto brancas, deitado sobre uma cama, com alguns equipamentos conectados ao meu corpo. Sentia uma presença, mas eu não sabia quem era. Examinei-o melhor. Era um homem alto, estava na janela observando a paisagem. Tinha uma grande capa vermelha e branca, com um chapéu quadrado da mesma cor. Ele ouviu a minha movimentação e se virou, não era tão velho mas também não era novo, carregava em seus olhos uma expressão cansada, porém bondosa.

- Vejo que acordou, Issei-kun. Você esteve inconsciente por quase uma semana. - Ele se aproximou. - Eu sou Sarutobi Hideki, Hokage de Konohagakure no Sato.

Finalmente sabia quem estava na minha frente, era um dos cinco Kages que tanto me falavam, os líderes do mundo ninja. Demorei um pouco para assimilar todas as informações, mas ele continuou a falar. - Você chegou aqui em Konoha há 5 dias... Seu pai... - Ele abaixou a cabeça, eu já sabia o que tinha acontecido com a minha família e amigos, então aquilo não me impactou tanto. Eu ainda estava triste, porém.

- Obrigado, Hokage-sama. - Foi a única coisa que me veio a cabeça, afinal, aquele homem havia cuidado de mim enquanto eu não podia me mover. Ele exibiu um sorriso leve.

- Issei-kun... - Ele se sentou na beirada da cama, segurando o chapéu de Hokage. - Sei que é difícil para você, mas você pode me dizer o que aconteceu aquela noite?

- Bem... - Minha cabeça ainda estava um pouco confusa. - Eu me lembro de uma grande criatura vermelha e peluda... Minha pequena tribo se reuniu ao meu redor e eles fizeram algum tipo de ritual... Mas a criatura os matou, antes que pudesse ser parada...

- Entendo... - Ele tirou do bolso uma pequena bandana, com o símbolo de Konoha. Me surpreendendo, ele a colocou sobre mim. - Já que não possui mais lugar para morar, Issei-kun, eu o declaro Gennin de Konoha, se você desejar, é claro. Eu mesmo irei cuidar de seu bem-estar e treinamento. Você agora possui um poder muito especial...

- Obrigado, Hokage-sama. - De novo, era a única coisa que eu conseguia dizer. Mas algo me intrigava. Poder especial? Teria alguma conexão com o que aquele demônio dissera?

- Não há de quê. Bem, eu tenho que sair agora, há algumas coisas que preciso resolver. - Ele se levantou, recolocando o chapéu na cabeça, indo até a porta. Antes de sair, virou para mim outra vez. - Aliás, me chame de Hideki.
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MensagemAssunto: Re: A jornada de outro deliquente... A jornada de outro deliquente... EmptyTer maio 07, 2013 12:01 am

Citação :
Capítulo 4 - Independência
5 anos depois, Konohagakure no Sato.

- Faça outra vez. - A voz de Onoki me assustava, embora não fosse suficiente para que eu me sentisse ameaçado. Aquele homem, de fato, era bastante assustador, talvez por ter um ar superior e autoritário. Eu, de fato, o detestava. Desde a morte de Hideki, esse ser humano vem me trazendo muito cansaço, a semana toda. - Ande, não tenho o dia todo.

Eu já pingava suor, meus cabelos e vestes estavam encharcados e o desgaste tomava conta de mim. Era quase a hora do almoço, e eu já estava ali treinando desde as cinco horas da manhã. Era assim todos os dias... Eu não tinha certeza, mas achava que Onoki descontava a sua pressão como Hokage em mim. Eu não sabia se ele treinava outras pessoas, mas para mim, os métodos dele eram ineficientes. Ele era rígido demais, muito apegado aos detalhes, eu preferia utilizar meus instintos e coordenar meus movimentos dessa forma, e não decorar como tal movimento deve ser feito.

- Você fez muitos movimentos desnecessários! - Ele xingou. Eu já havia feito aquele gesto algumas centenas de vezes, e todas elas, eu consegui um resultado satisfatório. Onoki me dava arrepios. Já fazia dois meses que o gentil Hideki morrera, e há dois meses eu procurava o olhar cansado e bondoso do primeiro nos olhos daquele Kurama. Aquilo já me dava nos nervos.

- Desculpe, Onoki... - Esbocei o sorriso sarcástico que ele odiava. A face dele só ficou mais ameaçadora. - Mas acho que não é necessário. Já tenho idade e poder para cuidar de mim...

- Apenas faça de novo... - Ele estava sentado sobre uma pedra, com dois shinobis a guardar suas laterais. Eu não sabia exatamente por que, mas ele não abria mão dos dois guarda-costas.

- Eu acho que não. - Sorri outra vez. Depois, me virei e comecei a caminhar. - Konoha não precisa mais cuidar de mim... Agora, eu que cuidarei de Konoha. - Soltei um leve risinho.

- Você não é competente o suficiente para se qualificar sozinho! - Ouvi seus berros atrás de mim, mas de nada eles adiantavam.

- Apenas assista, Onoki... - Falei em tom irônico. - Apenas assista.

- Moleque... - Ele pareceu controlar a voz, adquirindo um tom menos rígido. - Parece que você finalmente cresceu. Passe mais tarde na minha sala, quero dar os verdadeiros votos ao novo Chunnin de Konoha.

Interrompi minha caminhada, afinal, Onoki sempre me rejeitou como um shinobi... Estaria ali ele finalmente me considerando como um? Soltei uma risada amigável, ele nada disse, apenas resmungou. Olhei para ele, assentindo levemente, e logo parti para o meu apartamento.

Porém, atrás de mim, sem que eu ouvisse, ele dava ordens aqueles misteriosos seguranças...

- Continuem de olho naquele garoto. Não posso me dar ao luxo de deixar ele sair andando por aí... Qualquer ação suspeita, me avisem imediatamente.
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