[História] Hikaru.

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Gennin - Konoha
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Hikaru


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[História] Hikaru. Vide
MensagemAssunto: [História] Hikaru. [História] Hikaru. EmptySeg Abr 22, 2013 8:33 am

Capítulo I - O nascimento.

Citação :
A lua já estava centralizada no céu, enquanto de uma sala em um pequeno hospital dentro de Konoha se ouvia os choros de um bebê recém nascido, sua pele era pálida e estava totalmente sujo de sangue, enquanto seu cordão umbilical ainda estava interligado com sua mão, seu pai fora carinhoso e totalmente cuidadoso ao cortá-lo com uma Kunai, recebendo orientações do médico para não fazer nada errado, enquanto sua esposa segurava o filho, mesmo estando fraca do parto, era uma honra segurar uma criança tão bonita como aquela, o homem que cortava o cordão, tinha cabelos negros e olhos verdes bem claros, usava uma roupa branca que tinha um pouco de sangue por ter segurado o filho antes, enquanto sua calça azul escura era bastante conhecida nos ninjas de Konoha, a bandana da vila estava em sua perna direita e suas sandálias ninjas pareciam botas, deixando apenas seus dedos e seus calcanhares à mostra, a mulher era totalmente diferente do marido, seus cabelos eram brancos igual há leite, enquanto seus olhos azuis claros chamavam a atenção, o bebê ainda estava de olhos fechados, porém agora mais quieto no colo de sua mãe que lhe passava um sentimento comum de segurança e carinho, o pai tentava de toda forma paparicar o pequeno garoto, fazendo sons esperando que ele risse de suas bobagens, mas o garoto parecia nem estar prestando atenção ou ouvindo, mal sabia o pai que ele não estava mesmo.
- Como ele vai se chamar? - Perguntou a enfermeira, entrando na sala e acabando com as brincadeiras do pai que ficava igual a uma estátua, envergonhado por ter sido pego naquela situação estranha, a mulher apenas ria com a ação do seu homem, mas ao olhar para a janela e ver a linda lua crescente, que brilhava naquele céu escuro e sem estrelas, parecia pensar em um nome bastante característico para aquele garoto.
- Hikaru! - Dizia baixinho, chamando a atenção de seu marido e da enfermeira.
- Elisa? - Perguntou, pois não havia ouvido direito o que sua esposa havia dito, a mesma encarou o bebê, sorrindo para ele e vendo-o se remexer um pouco, parecendo tentar achar uma forma de estar confortável.
- Issa... Nosso menino vai se chamar Hikaru... - Dizia sorridente, o homem parecia concordar com a escolha do nome, enquanto a enfermeira apenas sorria enquanto preparava a bacia para o primeiro banho do bebê, a água não poderia estar nem quente e nem fria, por isso era necessário ter bastante cuidado.

Capítulo II - O que é um ninja?

Citação :
Quatro anos havia se passado dês do nascimento de Hikaru, filho de um dos Jounnins de Konoha, com uma Chunnin bastante esforçada, com o nascimento do garoto, Elisa decidiu que iria afastar-se um pouco de sua carreira, até que o mesmo entrasse na academia, claro que isso não fora fácil no começo, ter uma Chunnin afastada tanto tempo iria prejudicar Konoha, mesmo que fosse apenas "uma Chunnin", Elisa era conhecida por ter habilidades distintas e quase nunca vistas em Konoha, onde a mesma controlava o Fuuton (Elemento Vento) e o Suiton (Elemento Água) com tamanha perfeição, deixando muitos de queixo caído, além disso havia outra habilidade que ela tentava esconder dos outros, mas que seu marido, seu antigo mestre e o Mizukage sabiam muito bem que ela usava, o Hyouton (Elemento Gelo), ela controlava-o com pouca perfeição, mas mesmo assim sabia surpreender seus oponentes, sempre ganhando a vitória. Mas o problema foi resolvido, após uma reunião com o conselho, que por algum acaso estavam com um tamanho interesse em saber se Hikaru havia herdado ou não as habilidades esplêndidas de sua mãe, de controlar ambos os elementos e ainda por cima o Hyouton, mas até o momento o garoto pareceu não mostrar nenhum sinal de que tinha a Kekkei Genkai fabulosa do Clã Shiro, até então extinto, ou pelo menos, aparentemente extinto. Hikaru treinava arduamente, enquanto seu pai lhe observava, com seus quatro anos, Hikaru tinha uma altura mínima de um metro e três, pesando 16 e meio, seus cabelos eram brancos igual os de sua mãe, enquanto seus olhos eram verdes claros, herdados de seu pai, do mesmo modo que sua característica facial era quase idêntica, o garoto estava há quatro dias tentando acertar o centro daquele boneco de pano com uma shuriken, mas além de cortar suas mãos por agarrá-la de forma errada, a shuriken não chegava no boneco e quando chegava acertava em locais não vitais, como mãos e pés, as vezes acertava o ombro direito ou o joelho esquerdo, locais que poderiam facilmente ser esquivados por um ninja bem treinado. O garoto arfava, enquanto tentava pegar outra shuriken para lançar, mas o estoque havia acabado.
- Ah... Papai, acabou as shurikens. - Dizia manhoso, fazendo biquinho e se virando para seu pai, que estava de braços cruzados com um sorriso no rosto, o mesmo caminhava na direção de seu filho, enquanto retirava uma pomada do bolso, ao mesmo tempo que também retirava pacotinho de band-aids do outro bolso, ele estava sempre preparado, pois sabia que seu filho segurava as shurikens errado, ele poderia ensiná-lo, mas o garoto insistia em tentar sozinho, até ser totalmente derrotado pela sua burrice, o mesmo se abaixou na frente do filho.
- Estique as mãos Hikaru. - Sua voz saia terna, com um pouco de seriedade, enquanto o pequeno garoto de quatro anos esticava as mãos. - Você ainda é novo de mais para aprender há lançar shurikens... Com certeza herdou a teimosia de sua mãe.
- Papai! - Dizia um pouco alto, não gostava que chamassem-no de teimoso, isso era outra coisa que havia herdado de sua mãe. Enquanto seu pai passava a pomada, dava para se ouvir os pequenos gemidos de dor que o garoto emitia, pelo menos Issa ouvia. - Isso dói!
- Está sentindo a dor só agora? Você se concentra tanto tentando acertar aquele boneco idiota, que automaticamente seu sistema nervoso bloqueia as dores... Isso pode ser fatal para você um dia, as dores voltam em dobro quando isso acontece. - Dizia terminando de passar a pomada e enfim colocando os band-aids nos machucados. - Por que treina tanto para aprender algo assim, Hikaru?
- Por que quero ser um Ninja - Dizia entusiasmado, automaticamente jogando suas mãos para cima. - Como papai e a mamãe.
- O que é um ninja? - Perguntava esperando a resposta do pequeno garoto, que parava para pensar enquanto colocava o dedo na lateral do queixo, realmente parecendo estar pensativo, chegando até mesmo há olhar para cima, uma mania que seu pai tinha quando pensava de mais, o homem riu internamente vendo aquela cena.
- Um ninja, certo? - Perguntou, recebendo um aceno do pai. - Erm... Um ninja... O que é um ninja. - O mesmo realmente parecia estar buscando nas suas memórias e até fora delas a resposta para aquela pergunta, mas parecia não saber exatamente.
- Não sabe, certo? O significado de um ninja depende da pessoa... Quando você descobrir o seu próprio significado, saberá o que significa ser um ninja. - Dizia com um sorriso doce, enquanto se levantava e afagava os cabelos brancos de Hikaru. - Agora vá brincar, sua namoradinha deve de estar te esperando no parquinho! - Dizia rindo da cara vermelha de Hikaru, enquanto o mesmo saia resmungando um "Kaori não é minha namorada", Hikaru caminhou até o parquinho, que não era muito longe de sua casa, era só dobrar a próxima esquina para a esquerda e já chegava lá, sentada em um balanço vermelho estava um garotinha de seis anos, cabelos negros presos em um rabo de cavalo e olhos cor de mel, vestia um vestido azul claro com uma faixa branca na cintura, calçava sandálias azuis, totalmente diferente do visual que Hikaru estava costumado à ver, o mesmo caminhou até ela, vendo que a mesma estava de cabeça baixa e choramingava baixinho, parecia estar sofrendo e Hikaru pareceu estar com medo de se aproximar, ao mesmo tempo que estava com medo de deixá-la sozinha, sem saber o que fazer o mesmo ficou estático no mesmo lugar, até a garota perceber estar sendo observada, a mesma levantou o olhar, algumas lágrimas saiam de seus olhos e ela tratou de limpá-las rapidamente.
- Erm... O... Oi. - Sorria envergonhado, não sabia o que dizer naquela situação.
- Hikaru! - Dizia derramando mais lágrimas, enquanto se atirava do balanço e abraçava o garoto, que estava totalmente estático, a mesma continuou abraçada à ele, molhando seu ombro com as lágrimas que saiam de seus olhos, ele lentamente colocava seus braços envoltos das costas da garota, enquanto envolvia-a num confortante abraço amigável, as crianças que brincavam na caixa de areia encaravam aquela cena por alguns segundos, enquanto cochichavam entre si. A cena durou alguns minutos, até a garota se acalmar mais um pouco e se afastar de Hikaru, que encarava-a nos olhos cor de mel, tentando entender o motivo daquele sofrimento. - Obrigada Hikaru, me sinto bem melhor agora. - Dizia limpando as lágrimas com o peito de sua mão direita.
- O que aconteceu?
- Meu pai... Ele, foi assassinado em missão! - Hikaru arregalava os olhos, o senhor Kasumi era um ótimo ninja, seu próprio pai vivia dizendo que era até mais forte que ele, não conseguia acreditar naquilo e tentava segurar as lágrimas, lembrando-se de todos os momentos de brincadeira que passou com aquele homem, as vezes até mesmo era repreendido por passar muito tempo com a sua filha. Kaori olhava para ele, emitindo um sorriso fraco, ao ver que não era a única que estava sofrendo com aquela perda. - Ele morreu protegendo Konoha, como um verdadeiro ninja - Dizia agora abrindo um sorriso verdadeiro, saber que seu pai foi um herói para Konoha, era a única coisa que lhe fazia acreditar que a morte dele não fora em vão.
- Senhor Kasumi sempre amou Konoha, assim como amou você... Até porque, um verdadeiro ninja protege quem ama. - As palavras saíram sem ele se dar de conta, mas ao perceber o que havia dito, começava a entender um pouco do que seu pai havia dito, logo ouviu-se um grito, era a mãe de Kaori, a partir de agora senhorita Terumi.
- É a minha mãe... Irei me mudar para o País da Cachoeira, ela disse que quer passar um tempo fora de tudo isso, mas voltarei para Konoha quando puder. - Dizia voltando ao seu semblante triste. - Hikaru, me prometa uma coisa? - Perguntava retirando seu colar, que na verdade era apenas uma corrente com uma pedra preta, Kaori havia encontrado aquela pedra preta por Konoha e sempre tratou-a com muito carinho, a garota pegou a mão de Hikaru e colocou o colar na mesma, enquanto este apenas acompanhava tudo calado. - Quando eu voltar para Konoha, quero vê-lo como um ninja honesto, me prometa que nunca desistirá de seus sonhos e que sempre protegerá Konoha, como meu pai protegeu. - Hikaru não sabia bem o que fazer, mas ao olhar nos olhos da garota, sabia que ela precisava de uma resposta.
- Eu... Eu prometo Kaori-Chan.
- Obrigada. - Dizia com um sorriso, em seguida dava um selinho rápido no garoto e corria até sua mãe, Hikaru olhava para o colar em sua mão e sorria, olhando para Kaori de longe que andava ao lado de sua mãe, enquanto estava decidido que daria de tudo para proteger Konoha, igualmente como o senhor Kasumi.

Capítulo III - A carta!

Citação :
Hikaru caminhava pela vila, já aos seus seis anos, agora já mais maduro, pelo menos para ele. O mesmo usava uma camisa preta, com calça azul escura e sandálias azuis, sua mãe havia pedido para que o mesmo passasse na loja de peixes e depois comprasse algumas verduras em outra loja, pois esta iria fazer um belo banquete para os convidados de hoje, assim que chegou na loja de peixes, não demorou para fazer seu pedido.
- Ei... Tio, me vê quatro peixes médios. - O homem logo foi até seu frigorifico, onde verificou os peixes médios disponíveis, pegou quatro da espécie Bacre e colocou-os no balcão, Hikaru pagava-o com os Ryous que sua mãe lhe dera e seguida com a sacola até a próxima loja, que não era muito longe dali. Assim que comprou as verduras, seguiu para sua casa, estava um pouco adiantado, mas isso era até que bom, pois teria tempo de treinar, colocou os peixes na geladeira e as verduras em cima da mesa, já que não sabia onde colocá-las, sua mãe parecia bastante apressada em fazer a comida, Hikaru se sentava na cadeira, observando sua mãe cortar algumas das verduras que acabará de trazer. - Quem virá comer com a gente mãe?
- Uns amigos antigos, você vai ficar feliz em conhecê-los, eles tem dois filhos gêmeos! - Dizia ainda com um sorriso, enquanto preparava a comida. - Aliás, chegou uma carta para você, acho que é da Kaori. Está na mesinha da sala. - Hikaru como se fosse automático saltava da cadeira, seguindo rapidamente até a sala e se jogando no sofá, havia várias cartas ali, porém apenas uma lhe interessava, esta era da Kaori, o cartão era rosa e o cheiro dela ainda estava no cartão, obviamente a garota fazia aquilo para provocar, pois Hikaru não era muito chegado em rosa, o mesmo abriu o envelope e retirou o conteúdo, começando a ler a carta.
Spoiler:
-Hum... MÃE. - Gritava seguindo até a cozinha, após ouvir um "o quê?" de sua mãe. - Como faço pra mandar uma carta?
- Uma carta? - Perguntava parando de cortar uma cebola, a mesma tinha algumas lágrimas escorrendo pelo rosto. - Bem, você escreve uma e leva até o correiro aéreo... Eles tem pássaros treinados para levar e trazer qualquer tipo de carta, você apenas precisa dar a localização da pessoa.
- Como vou saber isso? Eu só sei que ela está em no país da cachoeira. - A mulher soltava a faca e ia até o garoto, pegando a carta e olhando-a atentamente.
- Aqui! O número da casa e a rua. - Dizia mostrando para o filho, que sorria feliz, ia até a sala novamente e mexia em algumas gavetas da escrivaninha, pegando uma folha e uma caneta, escriva algumas coisas no papel e pegava um envelope branco que havia também na gaveta da escrivaninha em que estava, colocou a carta dobrada dentro do envelope e seguiu até sua mãe, que pré-sentia a volta de seu filho e parava de cortar. - Que foi agora?
- Essa carta é extremamente importante, pode selar ela pra mim? - Perguntava com um sorriso grande no rosto, a mulher levava-o até a sala e remexia na gaveta da escrivaninha.
- Filho... Kaori nem aprendeu há controlar o Chakra, não posso selar uma carta se a pessoa não vai conseguir abrir e por isso... Usamos adesivos. - Dizia mostrando um adesivo de um cachorro dormindo enquanto sorria, o garoto fazia uma cara feia, mas mesmo assim colocava o adesivo para "selar" o envelope, o mesmo dava um beijo na bochecha da sua mãe e saia correndo de casa, o correio aéreo não era muito longe dali, por isso chegaria em pouco tempo. Deixou a carta aos cuidados do carteiro, fazendo perguntas se realmente a carta chegaria ao seu destino, até porque nunca havia usado aquilo, parecia bastante preocupado da carta não chegar, mas o "carteiro" havia dito em lindas palavras que tentariam usar seu melhor pássaro para aquilo, mesmo desconfiando que fosse uma mentira para que o mesmo fosse embora, Hikaru decidiu acreditar e foi para casa, havia se passado trinta minutos dês de que havia saído, possivelmente sua mãe já havia terminado a comida, chegou em casa entrando pela porta bastante calmo, ouviu rizadas vindo da cozinha e se dirigiu até lá, seu pai estava sentado na cadeira da ponta, enquanto ao seu lado esquerdo estava uma mulher bastante bonita de cabelos loiros e olhos da mesma cor, usava uma camisa preta com colete ninja por cima e calça preta, tinha uma bandana com um símbolo de uma folha, Hikaru reconhecia aquele símbolo dos livros que havia lido, ela era de vila da Grama, ao seu lado estava um homem de cabelos pretos e olhos castanhos, usava uma camisa branca, também com colete ninja, porém este estava aberto, usava uma calça preta e tinha a mesma bandana que a mulher, porém em vez de estar na testa, este estava no seu ombro direito, sua mãe estava do lado direito de seu pai e ainda havia quatro cadeiras sobrando.
- Já chegaste querido? Como foi lá no correio? - Perguntou sua mãe, encarando-o e fazendo com que os três restantes também lhe olhassem.
- Muito bem, mas acho que aquele senhor não gostou muito de eu fazer perguntas. - Dizia sorrindo, mas depois se virava para os convidados. - Olá, é um prazer conhecê-los, sou Hikaru. - Dizia fazendo uma reverência, os dois convidados se olhavam com um sorriso.
- Que menino educado vocês tem. - Dizia sorrindo. - Sou Keiji e esta é minha esposa Keiko. Não sei se você se importa, mas meus dois filhos estão no seu quarto.
- Não se preocupem com isso, não tenho muita coisa que divirtam as outras pessoas, vou ver se eles não precisam de nada, com licença. - Dizia fazendo outra reverência e saindo, ao passar pela porta respirava fundo e retirava um pouco do suor da testa, subindo as escadas e indo até seu quarto, abria a porta vendo algo que lhe fazia arquear a sobrancelha, eles realmente eram gêmeos, porém um era do Palavra removida pelo Staff masculino e o outro era do Palavra removida pelo Staff feminino, o garoto de cabelos negros e olhos azuis estava no chão, olhando para a coleção de Kunais e Shurikens de Hikaru, parecendo estar bem entretido vendo-as bem polidas e brilhantes, enquanto a garota estava deitada na cama, lendo um livro do garoto, que falava sobre o Chakra, assim que a porta se abria, ambos desviavam os olhos para Hikaru, a garota se sentava na cama, enquanto o garoto de cabelos negros caminhava até Hikaru esticando a mão.
- Prazer, sou Mamoru, como se chama?
- Hikaru. - Dizia apertando a mão do garoto.
- Não acredito que seus pais deixam você ter sua própria coleção de Kunais e Shurikens, meus pais dizem que sou muito novo. - Dizia voltando até a coleção, Hikaru fechava a porta observando-os. - Eles também ficam perguntando "O que é um Ninja?", como se eu fosse saber...
- Você só não sabe porque é um burro. - Respondia a garota, bastante rígida fechando o livro e colocando-o ao lado, seguia até Hikaru e estendia a mão. - Prazer em conhecê-lo Hikaru, sou Hana.
- Prazer. - Dizia apertando sua mão, os três conversavam bastante entre si, com Hana importunando o saco de seu irmão sempre que ele falava algo idiota, o que acontecia frequentemente, Hikaru quase não tinha ação quando via a cena dela dando um cascudo em seu irmão. Assim que foram chamados para o jantar, todos continuaram a conversa, com as crianças conversando entre si e os adultos entre eles.

Capítulo IV - A entrada na academia.

Citação :
Hikaru estava com bastante vontade de entrar na academia, esta vontade só aumentou ao receber a primeira carta de Kaori, ele tinha apenas seis anos, enquanto ela iria entrar com oito, ele não sabia bem o porque, mas talvez porque era mais sensato deixar as coisas acalmarem para depois pensar em entrar na academia, o garoto agora caminhava até seu pai, já fazia três dias dês do jantar que tiveram com a família da vila da Grama, uma interessante família, com dois filhos que brigam a maior parte do tempo, mas que mesmo assim demonstram amor e carinho um pelo outro, seu pai estava na sala de treinamento, tentando melhorar seu físico, assim que viu seu filho adentrar pela porta, parou e encarou-o.
- Pai... - Dizia caminhando até ele, que se levantava do chão, pois estava fazendo abdominais. - Quero conversar com o senhor, de homem pra homem. - O Jounnin ria, mas ao encarar o olhar sério de Hikaru, idêntico ao de sua mãe quando estava brava, engolia em seco.
- Ok... Okay, sobre o que quer falar? Garotas, os livros de pornografia que eu tenho em baixo das almofadas do sofá... Sua primeira ereção? - O garoto corava totalmente, as palavras pornografia e ereção ele não ouvia todo dia, na verdade, pouco sabia sobre o significado de ambas.
- Que... Claro, que não... O que é ereção? - Perguntou agora curioso com a palavra e depois iria olhar em baixo das almofadas do sofá para ver se encontrava aquele tal livro pornográfico.
- Deixamos este papo pra quando você for mais grandinho... Agora qual era o assunto?
- Tudo bem... Eu quero entrar na academia.
- Mas filho, não é muito cedo? - Perguntava, arqueando a sobrancelha, de forma a tentar entendê-lo.
- Não... Eu li em um livro, que na página 14 ele diz que há muitos ninjas que entraram na academia com seis anos... Alguns até mesmo se tornaram Gennins com seis anos, outros chegaram há se tornar Chunnins com sete ou oito, um ano depois de se graduar... Sei que eles são considerado gênios, mas quanto mais cedo eu entrar, mais rápido irei aprender e você não está todo dia aqui para me treinar, até hoje eu só aprendi há controlar um pouco meu chakra, há arremessar Kunais e Shurikens, e um pouco de Taijutsu básico.
- Está certo, mas eu prometi para mim mesmo, que quando você entrasse na academia, eu iria começar a pegar pesado em seu treinamento... Tem certeza que quer entrar?
- Sim... Absoluta.
- Muito bem, irei ensiná-lo tudo que acharei necessário e assim que iniciar as aulas novamente, eu lhe coloco, okay? - Hikaru assentia, saindo do cômodo de treino bastante feliz, enquanto o homem voltava para suas abdominais. Hikaru teve que esperar 2 meses, pois recém haviam se formado a nova geração de Gennins, agora ele estava lá, parado na frente de um dos prédios mais importantes de Konoha, a academia Ninja, havia decidido que iria ficar na academia até seus doze anos, idade máxima para se tornar Gennin, não porque ele achava que não teria chances de se graduar antes, mas sim porque teria mais tempo para se preparar pro que lhe esperava como Gennin e ao mesmo tempo, aprenderia mais com seu pai e até mesmo com sua mãe, pois ela havia lhe dito algo sobre o treinamento que ele receberia sobre os elementos.


Última edição por Hikaru em Qua Abr 24, 2013 2:36 pm, editado 1 vez(es)
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[História] Hikaru. Vide
MensagemAssunto: Re: [História] Hikaru. [História] Hikaru. EmptySeg Abr 29, 2013 12:28 pm

Capítulo V - A dureza em três caudas (Parte 1).
Citação :
Hikaru estava a acordar para mais um dia de academia, não faltava pouco menos de três meses para se graduar, portanto tudo estava mais complicado, o professor pegava pesado nas matérias, forçando os garotos até mesmo há descobrir seus elementos, para que futuramente pudessem usá-los, mal sabiam eles que Hikaru já até mesmo havia passado daquela fase, mas fingia ser um fracote, para que não revelasse nada sobre seu Clã, que era bastante habilidoso e veloz. Sua manhã correu rápida, o professor por fim pareceu dar uma relaxada no conteúdo, portanto Hikaru pôde descansar um pouco, não era do tipo que conversava com seus colegas, por isso não tinha sequer nenhum amigo na academia, diferente de alguns, que andavam em grupo e sempre se divertiam, para ele não era algo realmente necessário, se eles não queriam ser seus amigos, não era obrigado há ser amigo deles, assim que tudo terminou, o garoto seguiu calmamente para casa, andava bastante pensativo, para ele passar na academia seria fácil, mas não poderia subestimar o Sistema de Konoha, não podia acreditar que a graduação seria fácil, talvez tivesse alguma dificuldade, mas não iria desistir, pois havia feito uma promessa e não se perdoaria se acabasse rodando na academia.
- "E pensar que hoje não teria nada de mais na academia, seria legal ter faltado hoje, a manhã no Monte Hokage é bem melhor do que na Academia" - Pensava consigo, já que não tinha muito o que fazer, passou pelo Ichiraku Ramen, mas logo deu meia volta, pois não estava com vontade de ir para casa naquela hora, entrou no estabelecimento rapidamente, se sentando no balcão, enquanto já retirava os Ryous que necessitaria para pagar o Ramen, andava sempre com dinheiro, não sabia quando encontraria algo que lhe interessasse.
- Pois não garoto, do que gostaria de comer? - Perguntou o velho Ichiraku, enquanto sua filha atendia outro cliente, uma linda garota e que chamava a atenção de Hikaru, se o garoto não fosse muito tímido e até mesmo novo de mais, pensaria em conversar com ela, o velho Ichiraku tossia baixo, retirando a atenção de Hikaru de sua filha. - Se não vai comer na...
- Um Mizu Ramen, por favor. - Dizia um pouco envergonhado, colocando o dinheiro no balcão, o Ichiraku deu uma última olhada em Hikaru, caminhando em seguida na direção da panela, para preparar o Ramen do garoto, Hikaru olhava em volta, observava que havia mais dois clientes, estes eram um casal que estava conversando com a filha do dono, foi só após alguns segundos depois que Hikaru descobriu que eles não eram clientes comuns, mas sim amigos da garota, os três conversavam com grandes sorrisos estampados no rosto, parecendo que a conversa era bastante divertida, mas os sorrisos logo sumiram, pareciam entrar em um assunto delicado ou sério de mais, e como Hikaru estava curioso, acabou por tentar de todas as formas ouvir a conversa, utilizando a maior audição centralizada nos três, começando a então ouvir a conversa, começando a ouvir a voz do único homem daquele trio.
- ... Então, disseram que ele vai ficar melhor, mesmo que tenha quebrado três costelas e o braço direito, foi uma luta muito acirrada, é um milagre ele estar vivo, mesmo depois de ter lutado contra aquele 'demônio'. - Hikaru não entendia, de quem eles estavam falando, mas a palavra demônio, aumentou ainda mais sua curiosidade e isso fazia com que ele quisesse ouvir mais.
- A médica que ajudou ele era muito boa e além do mais, soube que é uma Kunoichi incrível e parece ser muito poderosa. Se me lembro bem, seu nome era Hakufu, ou algo assim! - Dizia a garota sentada no banco, se esfregando no garoto ao seu lado, que apenas sorria com o gesto. - Enfim, aquele monstro realmente era assustador, Gynkei disse que ele era muito poderoso e que se não tivesse sobre o efeito da anestesia, teria conseguido destruir Konoha. - Agora sim, isso havia chamado a atenção de Hikaru de tal forma, que ele chegava até mesmo há tentar descobrir de onde vinha este demônio, para a sua sorte, a filha do dono, parecia também estar curiosa sobre isso.
- Esse demônio, ele está preso? - Perguntou um pouco receosa, talvez o pensamento de que um monstro estivesse a solta, não fosse dos mais agradáveis, e nem era! Os dois se entreolharam e logo voltaram o olhar para a garota.
- Gynkei comentou que o demônio está selado no corpo de alguém, mas este não consegue aguentar aquela quantidade enorme de chakra e está morrendo lentamente, não lhe dou quatro dias para que isso aconteça, portanto estão procurando outro, alguém com capacidade para portá-lo, mas não sabem como encontrá-lo. - Esse comentário fora estranho de mais para Hikaru, este queria saber mais, mas logo sua atenção foi desviada por um barulho de tigela sendo colocada na sua frente, era o velho Ichiraku, lhe olhando com um olhar afiado e semi-cerrado, possivelmente pensando que Hikaru estivesse interessado em sua filha.
- Ari... Arigatou. - Pronunciou, antes de começar a comer, tentou ouvir mais da conversa, mas não conseguia enquanto mastigava e estava agora sendo vigiado pelo tio Ichiraku, para que Hikaru sequer tirasse os olhos de seu Ramen e olhasse para sua filha que parecia não perceber, quando terminou o Ramen, notou que o casal já havia saído, como havia pagado antes do Ramen chegar, rapidamente se retirou do restaurante, olhava em volta e notava o casal logo a frente, seguia-os de longe, mas não sabia para onde estes iam, até que os mesmos parassem para olhar flores, pareciam um casal comum, nem aparentavam que sabiam de uma informação quase que "rara", Hikaru passou quase duas horas seguindo-os, desistindo quando notará que os mesmos tão pouco iriam aparecer próximo do monstro, talvez porque já soubessem que Hikaru estava seguindo-os, ele mal sabia suprimir seu chakra mesmo, o garoto agora passeava sem rumo, possivelmente pensativo sobre que demônio era aquele que eles tanto falavam, decidiu que descobriria outra hora, estava atrasado para chegar em casa, seu pai ou sua mãe podiam estar preocupados consigo. Correu para sua casa, assim que adentrou pela porta, encontrou a casa toda escura, não havia ninguém em casa e isso fazia-o se sentir um tanto quanto que mal, pois acreditava que seria recebido com um "Ohayo Hikaru" de seu pai, que estaria sentado no sofá como sempre ficava após uma missão bem-sucedida, assim que falou em missão, lembrou-se de algo, sua mãe e seu pai não estavam em casa, pelo simples fato de estarem em uma missão ultra-secreta dês de cedo, que apenas o Hokage sabia qual era, nem mesmo os conselheiros estavam a par daquela missão, Hikaru seguia até a cozinha, onde via um bilhete de sua mãe, possivelmente ela havia passado em casa para deixar a comida pronta para o garoto, comida esta que estava em cima do fogão, totalmente fria, mas bastava aquecer, isto se o garoto não estivesse sem fome, o garoto leu-a rápido, não havia nada além do que ele esperava, um pouco de paparicação e avisos que ela lhe dava todo santo dia, agora por meio de um simples bilhete, seguiu até o Dojo de Treinamento que havia em sua casa, não era tão grande, porém ainda assim era um ótimo Dojo, treinou um pouco com a Katana de seu pai, que ele normalmente levava em missões, mas que desta vez não fora necessário, o manejar era meio difícil, ele era bom com Ninjutsu e razoavelmente bom com Kenjutsu, sendo até bem melhor do que com Taijutsu ou Genjutsu, não sabia nenhuma técnica interessante, apenas manejava-a no ar, normalmente fazia mil ou dois mil golpes no ar, já estava acostumada com o peso, até porque fazia aquilo quase que uma vez por semana, passou-se meia hora e o garoto recolocou a espada na bainha, deixando-a novamente pendurada na parede, seguiu até o boneco e chutou-lhe a cara, afastando-se em seguida, suspirou, pois percebia seu cansaço, até poderia meditar um pouco, mas estava cansado de mais e seus pensamentos não saiam da conversa que ouvirá no Ichiraku Ramen, perguntas passavam por sua cabeça: "Será que aquela garota me conhece?", "Que demônio é esse que eles tanto falam?", "Como assim alguém para portá-lo?", essas perguntas que não vinham com respostas, apenas deixavam o garoto mais aflito, Hikaru foi até seu quarto, onde deitou na cama e adormeceu. Seu sonho foi repleto de figuras fantasmagóricas, o pensamento de um demônio havia afetado até mesmo seus sonhos, este apenas via uma névoa densa, tentava se locomover, mas sentia que não estava se movendo, pois parecia que o local era idêntico, não importasse para onde caminhava, as vezes aparecia um rosto sorridente, ou um vulto passava pelas suas costas, algo tocava em seu ombro de vez em quando, mas assim que Hikaru se virava para ver o que era, não havia mais nada, o garoto continuou e continuou, até que ouviu uma rizada infantil, virou-se para trás no mesmo momento, a névoa atrapalhava, mas Hikaru jurava ver uma criancinha, longos cabelos azuis, com o olho direito enfaixado, vestindo algo parecido ser um vestido branco e estando descalça, a mesma sorriu estranhamente, não era possível ver seus olhos, pois a névoa de alguma forma impedia, Hikaru tentou dar um passo na sua direção, mas acertou com a face em algo invisível, colocou a mão no nariz e tocou algo que parecia ser um espelho.
- Você ainda não pode chegar à mim - Dito isso o sorriso da garotinha se alargou. - Ao menos consegue ver minha verdadeira forma? - Hikaru não entendia o que a garotinha estava a falar, sua voz parecia infantil, mas ao mesmo tempo repleta de poder, se Hikaru olhasse para cima, notaria que a nevoa tomava a forma de outra coisa, algo mais grandioso e algo ainda mais poderoso, por um momento um olho piscou em meio a névoa, mas sumiu assim como apareceu, da mesma forma que a silhueta na névoa desaparecia, a garota torceu o nariz, parecendo desapontada. - Volte quando puder ver minha verdadeira forma - Dito isso, deu as costas para o garoto e desapareceu na densa névoa, Hikaru dessa vez conseguia andar para frente, como se a barreira nunca tivesse estado ali, o garoto estava pronto para correr atrás da garota, mas um buraco na névoa era formado, enquanto os raios de sol tocavam seu rosto, deixando-o cego por um segundo. Hikaru colocava a mão na frente do rosto, tentando retirar inutilmente aqueles raios de sol de seu rosto, assim que conseguiu se adaptar, notava que não estava mais a sonhar, se levantava da cama, vendo que já estava a amanhecer, o que lhe assustava, pois havia dormido não pouco depois das 16 horas da tarde, não conseguia acreditar que havia dormido 15 horas seguidas, correu até a janela, apenas para confirmar o que já estava confirmado, realmente estava amanhecendo, o garoto saiu de seu quarto indo até o banheiro, onde escovou os dentes e tomou um banho gelado, para retirar aquele sonho de seus pensamentos, havia sido muito esquisito para ele que nunca teve um sonho daqueles, fora até a cozinha, constatando que seus pais ainda não haviam voltado da missão, colocou a comida para aquecer e esperou sentado na cadeira, passou-se algum tempo, com o garoto olhando o vazio, preso em pensamentos, acordando deles apenas quando sentia cheiro de queimado, rapidamente desligou o fogo e serviu-lhe a comida, pegando o arroz por cima, já que havia queimado-lhe em baixo. Assim que terminou de comer, seguiu para a academia, chegaria atrasado com os passos que estava dando, mas não se importava de receber uma bronca de seu professor, até porque já havia recebido várias, chegava a estar tão acostumado, que suas broncas eram sempre seguidas de piadas entre ambas as partes, como iria chegar atrasado mesmo, decidia pegar um caminho mais longo, onde normalmente pegava para pensar em algo legal para fazer mais parte, que levaria uma boa parte do tempo. Passou por um beco, onde ouviu uma rizada que ecoou rapidamente, olhou para o mesmo e só conseguia ver um vulto, seguido de cabelos azuis, Hikaru pensava ser coisa de sua cabeça, mas não poderia deixar aquela "oportunidade" passar, correu pelo beco, dobrando na próxima esquina, mas chegando no final do beco, grunhia de raiva, por não ter chegado há lugar nenhum, mas ao avistar uma porta, sua imaginação fluía, ouvindo outra rizada, agora de dentro daquilo que aparentava ser um prédio até então abandonado, o garoto seguiu até a porta, girou a maçaneta, pensando que estaria trancada, mas ouviu-se um click e um ruído característico de uma porta velha se abrindo, o garoto não enxergava nada naquele breu, portanto apenas entrou ao lutar mil vezes com seu medo, de inicio pensava em deixar a porta aberta, mas alguém poderia decidir entrar no beco e encontrar uma porta aberta não era algo comum, portanto fechava-a, mesmo que todos seu sistema nervoso gritasse para não fazer aquilo, seguia utilizando o tato para se locomover, vez ou outra chutava algo, não querendo nem mesmo descobrir o que que era, de tão apavorado que estava, ouviu uma rizada novamente, esta estava agora bem mais próxima, o garoto enxergava uma iluminação fraca quase no fim e por conseguir tocar em ambas as paredes, percebia que estava em um corredor, seguiu pelo corredor até o final, aparecendo em um cômodo diferente, não havia nenhum móvel, apenas uma porta de ferro com cadeado aberto, o cômodo era iluminado por tochas que estavam suspensas na parede, o garoto parou de frente para a porta, sua respiração estava mais acelerada, mas não se comparava ao seu coração. Assim que tocou na porta e empurrou-la para frente, notava que tratava-se de uma escada, que dava para o porão, desceu relutante, porém a curiosidade era mais forte, sentia algo estranho vindo lá de baixo, uma sensação diferente, não sabia se era obscura, mas aquilo atraia-o junto com sua curiosidade, assim que desceu o último degrau, ouviu uma rizada, novamente ecoando, porém desta vez muito mais próxima, o cômodo era extremamente pequeno e a rizada vinha da parede que tinha maior largura, presa sobre correntes estava uma criança, com seus cinco anos de idade, era uma garotinha como a que Hikaru havia visto em seu sonho, tinha um sorriso e em seu rosto uma cicatriz no olho direito, usava um vestido branco que estava sujo, assim como seu próprio corpo, o fedor que exalava da garotinha chegava as narinas do garoto, que controlava-se para não vomitar de nojo, a mesma mesmo tendo um sorriso, não parecia ter qualquer sinal de estar feliz com a chegada do garoto.
- Finalmente chegaste, não acreditava que este corpo aguentaria por muito tempo, mesmo comigo estando há curá-lo temporariamente. - Hikaru tremia, aquela voz era idêntica há voz que havia ouvido em seu sonho, não conseguia nem falar nada de tão paralisado que estava. - Ei, garoto... Não fique dormindo aí! - Hikaru não sabia o que fazer, soltava a garota? Ou simplesmente dava as costas e fugia dali, a segunda opção parecia bem mas aproveitosa, mas o corpo do garoto não se movia para tal. - Tsc... Não acredito que você realmente foi quem eu tive que escolher! - Dizia para si, agora despertando o garoto, que não sabia o que fazer, o mesmo se aproximou das correntes, tentou soltá-la, estando a todo momento sendo observado pelos olhos semi-vermelhos da garota, o ato fora em vão, as correntes eram resistentes de mais e nem com uma pedra o garoto conseguia retirá-las, ouviu vozes e passos, tentou esconder-se em algum lugar, mas não havia sequer um objeto para servir como camuflagem, grunhiu ficando parado na frente da garota, enquanto dois Chunnins apareciam, surpresos com a aparição do garoto, os dois se entreolharam, mas logo voltaram o olhar para Hikaru.
- Ei! O que estas fazendo aqui? - Perguntou o Chunnin mais baixo, parecendo não gostar que Hikaru estivesse naquele lugar, o garoto mordeu os lábios, não sabendo o que responder naquela situação.
- Finalmente vieram dar comida para esta garotinha? - Perguntou a voz para os Chunnins, a mesma estava a encarar um saco de mantimentos na mão direita do Chunnin que estava calado, o mesmo caminhava, afastando Hikaru de seu caminho, abaixou-se na frente da garotinha, colocando a sacola ao seu lado. Hikaru apenas encarava-o, ao mesmo tempo que era observado pelo outro Chunnin, via-o retirar uma garrafa de água e dar um pouco para a garota, em seguida retirava um potinho de ramen instantâneo, mexia-o e dava na boca da garota, até que a mesma tivesse comido tudo, terminado a refeição o mesmo colocou tudo de volta na sacola e se levantou, seguindo até seu colega, Hikaru não sabia o que fazer, mas uma pergunta ele teve que fazer.
- Por que prendem uma garotinha? - Perguntou, não sabendo realmente o porque se importava.
- Isso não é da sua conta... Você nem devia de estar aqui, como entrou? - Perguntou o mesmo de antes, agora mais irritado. - Colocamos um Genjutsu na porta, qualquer um que a tocasse teria sido pego - Hikaru não sabia o que dizer, não havia realmente percebido nada disso, estava pronto para falar, quando os três tremeram com a rizada da garotinha.
- Aquele Genjutsu de baixo nível? Eu quebrei ele segundos depois de vocês saírem do prédio. - Alegava a garotinha, com um grande sorriso no rosto. - Não teria outro jeito de encontrar 'ele' se não tivesse feito isso, gastou um pouco de energia, mas eu consegui afinal. - Hikaru estava a entender, os Chunnins se entreolharam e logo sorriram um para o outro.
- Então é assim? Você deve de ser quem estávamos esperando aparecer... - Hikaru estava confuso, pronto para perguntar do que eles estavam falando, quando o Chunnin de porte menor desapareceu de sua vista, não teve nem tempo de procurar, quando sentiu algo acertar-lhe na nuca e caiu inconsciente no chão, tudo sendo acompanhado com um sorriso aberto da garotinha. Um tempo depois, Hikaru acordava já encarando um teto cinzento, estava em uma cama confortável e ao seu lado a garotinha de olhos fechados, também em uma cama, mas ao olhar melhor, notava que era mais uma maca de cirurgia do que uma cama comum, porém ainda assim era confortável, Hikaru sentia movimentações, mas não tinha forças para se movimentar, não sabia o porque e por isso só conseguia olhar para o teto, logo enxergou uma mulher, seus cabelos eram vermelhos e os olhos verdes, a mesma parecia encará-lo.
- Está acordado? Se sim, pisque duas vezes... - Hikaru não sabia o que fazer, mas mesmo assim piscou duas vezes, recebendo um sorriso da mulher. - Você foi escolhido, pelo próprio Sanbi, para ser seu portador, isso é raro de se acontecer garoto... Você não tem habilidade alguma, vejo isto pelo seu corpo, imagino o porque dele ter escolhido-o. - Hikaru não conseguia falar, mesmo diante aquela falação toda. - Deve de estar se perguntando o porque de estar aqui, bem... Iremos selar Sanbi no Kappa em você, acha que consegue domá-la ou até mesmo sobreviver ao seu chakra? É um tiro no escuro... - Hikaru queria chamar pela sua mãe, queria chorar, mas nada era possível, nada além de olhá-la e amaldiçoá-la mentalmente, pelo menos sua mente ele conseguia controlar, diferente do seu corpo, que parecia estar sendo pressionado por toneladas de pedra, mesmo que não sentisse dor, a mesma se afastou de Hikaru e o mesmo só pode ouvi-la pronunciar outra frase. - Vamos começar a transfusão do Sanbi para o garoto, preparem o grupo Fuuin-Nin e o grupo Medic-Nin, não queremos que a garota morra na extração do Bijuu, mas não poderemos fazer nada se isso vier a acontecer. - Hikaru estava calado, esperando que tudo aquilo não passasse de um sonho, que tudo fosse apenas coisa de sua cabeça, mas passou-se alguns minutos e fora comprovado que era tudo real, ouviu o grito da garotinha, em seguida um rugido assustador, ele só conseguia ouvir e não via nada. Depois disso, sentiu a pior dor que poderia sentir no mundo inteiro, finalmente saia voz de sua boca, mesmo que fosse um enorme e quase interminável grito de dor, sentia seu corpo ser preenchido por algo, gritava e gritava, remexia-se e até mesmo chutava o ar de forma a tentar livrar-se daquela dor absurda, mas sabia que ela era interna e por isso não seria nem um pouco fácil, quando finalmente pensou que a dor havia acabado, a mesma voltava em dobro, como se não tivesse experimentado o suficiente, continuou gritando de dor, até começar a ter sua visão enchida por escuridão, lenta e dolorosamente ia perdendo a consciência, enxergava-se no vazio eterno, não via nada além de escuridão e tudo que conseguia pensar era que havia morrido, que todo seu esforço para se tornar um Shinobi havia sido destroçado diante há uma sessão de acontecimentos estranhos, estava tão abalado que não segurava as lágrimas, pensava em Kaori, sua amiga de infância, pensava na promessa que havia feito à ela, o colar dado por ela no dia que a mesma havia partido ainda pousava em seu pescoço e olhar para ele apenas fazia-o pensar que desistir não era seu forte, queria tentar de novo e realmente tentaria. Abria os olhos rapidamente, tudo não passava de coisas da sua cabeça, enquanto fechava a boca para conter seus gritos de dor, fechava os punhos e endurecia todos os músculos de seu corpo, de forma há tentar apenas se concentrar em conter a dor, parecia um idiota fazendo aquilo, mas realmente estava funcionando, os sorrisos de todos se alargavam ao ver aquela cena, a cena de uma simples criança lutando contra uma dor inimaginável, sem estar sedada com nenhum medicamento, diferente da garotinha, que para sobreviver tivera que estar sedada, se não morreria naquela fase. Quando tudo terminou, Hikaru entregou-se ao cansaço, estava suado e uma cicatriz estranha aparecia no lado esquerdo de seu rosto, como se fosse a marca de que havia enfim se tornado um Jinchuriki de um Bijuu, em seu subconsciente o garoto encontrava algo que ele não imaginava encontrar... A Bijuu de três caudas.
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Gennin - Konoha
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[História] Hikaru. Vide
MensagemAssunto: Re: [História] Hikaru. [História] Hikaru. EmptySeg Abr 29, 2013 8:19 pm

Capítulo VI - A dureza em três caudas (Parte 2)
Citação :
Hikaru estava no mesmo nevoeiro de antes, porém este era menos denso, podia-se ver claramente a enorme silhueta daquele monstro, um pouco de água molhava suas sandálias e um enorme portão que dividia-os, possivelmente para a própria proteção do garoto, o grande monstro tinha uma bela carapaça e apenas um olho, que era o olho esquerdo aberto, aparentemente seu olho direito estava inutilizado, tinha três longas caudas e este olhava Hikaru de cima, possivelmente analisando-o.
- Não mudou muito da última vez que vim aqui... - Disse, fazendo com que Hikaru lembrasse de seu sonho.
- Isso quer dizer...
- Utilizei de seu sonho, para poder me comunicar, fora difícil, mas não impossível, tive que utilizar um Genjutsu em baixa escala para tal feito. - Sua voz saía sem sentimento e Hikaru não conseguia avistar sua boca, possivelmente por também estar protegida por uma carapaça. - Agora que estou aqui, porque não libera-me deste selo maldito? - Hikaru olhava para onde o mesmo apontava com sua cauda, um selo bem no centro do portão, Hikaru apenas bufou.
- Obviamente que não farei isso, quem você acha que sou? Acha que pode me controlar, como fez com aquela garotinha?
- Acredita mesmo que controlei-a? Apenas dei algumas opções, ela escolheu a que achou mais certa. - Hikaru fechou o punho, irritado com o que havia ouvido.
- E MORREU POR CONTA DISSO. - Grunhiu em pura raiva, Sanbi não parecia se afetar muito com aquilo. - Que droga poxa, era uma simples garotinha... - Disse, mordendo os lábios, ficando em silêncio em seguida.
- Shinobis são cruéis! - Comentou por fim, quebrando o silêncio que se estabeleceu junto a névoa sem fim.
- Não, o mundo em si é cruel... Ainda não consigo entender como Konoha pode selar um Bijuu dentro de uma criança. - Dizia, por fim encarando o Sanbi. - E agora, tenho você selada em mim, não podia piorar, não é? - Perguntou, mesmo sabendo que Sanbi iria responder. - Por que me escolheu, droga! Por quê? - Resmungava baixinho, queria socar algo, mas não havia nada além de névoa naquele local e tinha medo que o portão de alguma forma reagisse com um soco seu, não sabia ao certo o que era aquele portão.
- Achei que seria mais fácil controlar você... Mas pelo visto, você só sabe chorar e não escuta os outros. - Hikaru encarou-a, seu olhar de puro ódio não afetava nem um pouco Sanbi. - Seu olhar não me amedronta Gaki, já encarei olhares mais ferozes, olhares que realmente me metiam medo... Seu olhar não se compara ao de minha irmã. - Comentava, lembrando-se do olhar que Kyuubi estava sempre a ter, da forma como tratava os humanos com inferioridade, para ela não passava de comida, mesmo que um dia já tenha confiado em um Humano, coisas do passado, até mesmo ela havia confiado e hoje estava ali, sendo passada de corpo em corpo, como um objeto de batalha.
- Não ligo para o que você já passou ou vai passar... Acharei um modo de tirar você do meu corpo, nem que para isso, eu tenha que sacrificar duas de suas caudas. - Disse se virando, enquanto Sanbi balançava suas caudas calmamente.
- Duvido muito conseguir cortar uma de minhas caudas, mas caso aconteça, devo informá-lo de que elas crescem de volta, seria idiotice a sua tentar fazer algo assim. - Dizia em seu tom neutro novamente, o que apenas causava ainda mais irritação em Hikaru. - Agradeceria se você começasse a partir de já! Se não posso lhe controlar, não há motivos de eu ficar no seu corpo.
- Não se preocupe. - Olhava para cima do ombro, seu olhar repleto de confiança. - Irei definitivamente tirar você de mim, enquanto você desejar isso... Eu irei continuar e não morrerei até lá. - E novamente Hikaru havia feito uma promessa, mesmo que isso não tenha impressionado Sanbi. - Até lá, só espero que continue calado, na sua... Entendeu Gataro? - Hikaru ria, vendo que Sanbi parecia finalmente ter se surpreendido.
- Meu nome é Sanbi, não venha me dar nomes idiotas.
- Idiota? Mais idiota do que Sanbi? Há, não me faça rir... Gataro é um nome que se encaixa e como você não tem um nome de verdade, lhe chamarei assim de agora em diante. - Dizia, sem nem ao menos saber que Sanbi tinha um "nome de verdade", mas que este não era digno o suficiente de saber, pois havia se perdido na história do passado, até mesmo Sanbi se perguntava se era necessário ter um nome verdadeiro, além do seu título de três caudas. Hikaru estava pronto para falar algo, quando sentia seu corpo ser puxado para outro lugar, mas não era realmente seu corpo, mas sim sua mente. Abria os olhos, mas fechava-os rapidamente ao sentir a luz do sol, ouvia vozes um pouco distorcidas, pois ainda não havia recuperado totalmente sua consciência, assim que voltava a abrir os olhos, notava sua mãe e seu pai, ambos com olhares preocupados.
- Hikaru! Que bom que estas bem - Comentava sua mãe, abraçando-o apertado, como se o mesmo quase tivesse morrido.
- Mãe... Pai... Eu... - Ele não sabia como falar, como explicar que era agora portador de um Bijuu, um ser teoricamente maligno, mas o olhar que ambos lhe deram, foi o suficiente para notar que eles já estavam a par da situação. O mesmo abaixou o olhar, mesmo que a marca registrada de ser um jinchuriki aparecesse abertamente, o garoto não sabia bem o que dizer. - Me desculpem... - Fora o mínimo, as únicas palavras que conseguiu expressar, se não fosse tão curioso ao ponto de ir há um local totalmente escuro, mas quem imaginaria que algo como aquilo pudesse acontecer.
- Não se preocupe Hikaru, vai ficar tudo bem... - Dizia seu pai, tremendo bastante, para Hikaru aquilo era o suficiente para perceber que ele estava bastante preocupado, Hikaru não tinha o que falar.
- Gataro não irá me incomodar e as chances dele me possuir são quase nulas. - Dizia calmamente, sendo observado pelos seus dois pais, que se perguntavam quem era Gataro, o garoto fechava os olhos outra vez, estava cansado, por mais que já tivesse dormido bastante. Hikaru acordou mais tarde, agora mais renovado, sentava-se na cama colocando a mão na cabeça, não sabia ao certo o que fazer naquelas horas.
- "Já acordou? Não dormiu nem duas horas! - A voz de Gataro ecoou pela cabeça de Hikaru, que riu baixinho, agora teria alguém para ler seus pensamentos e dar opiniões em sua vida.
- "Está preocupado Gataro? Pensei que não se importasse comigo..." - Fora uma provocação simples, mas com o silêncio de Gataro, o garoto deduziu que havia surtido algum efeito. - "Estou sem sono e meus pais não estão aqui, onde eles foram?"
- "Não sei..." - E realmente não sabia, porém isto não era o caso, o garoto colocou os pés nus no chão gelado, mas isso não lhe causava nenhum efeito, estava acostumado com o frio e por isso não era nenhum incomodo até mesmo andar pelado no inverno, mesmo que ganhasse um resfriado de qualquer forma. Seguiu até a porta, onde assim que abriu, avistou dois ANBUS, ambos parados ao lado da porta, impedindo que qualquer um se aproximasse, assim que notaram o garoto, os dois olharam-no, além do uniforme ANBU padrão, o da direita usava uma máscara de urso e o outro uma máscara de macaco.
- O que quer? - Perguntou um tanto rude, mesmo que sua voz saísse feminina, o garoto tremeu, pois não sabia ao certo o que realmente estava fazendo.
- Cadê meus pais?
- Não sabemos, volte pra dentro! - Ordenou, Hikaru estava pronto para obedecer, mas não iria deixar ser ordenado tão facilmente, ainda queria saber onde estava seus pais.
- Não... Onde estão meus pais. - Sua voz saiu mais séria, os dois ANBUS se olharam, Hikaru podia jurar que eles estavam com sorrisos por baixo da máscara, pois pareciam querer rir daquela situação, afinal o garoto estava querendo se passar por forte.
- Já falamos que não sabemos, vá pra dentro - Dizia empurrando Hikaru, estava pronto para fechar a porta, mas a mesma estava congelada no lugar, os dois olhavam para Hikaru que após o empurrão estava no chão, o local onde estava sua mão se encontrava congelado e fazia uma estrada até a porta, onde congelava-a parcialmente, para que não fosse fechada novamente.
- Eu... Não vou obedecer vocês, idiotas. - Dizia irritado, se levantando do chão, os ANBUS pareciam querer sacar suas espadas e cortar o garoto ao meio bem ali, porém o Hokage havia dito que o garoto não poderia nem ao menos ser tocado, algo que eles já havia feito. - Respondam-me seus bostas... - Estava a perder a paciência, isso não era bom para alguém que tinha dentro de si um Bijuu e se Hikaru notasse, Sanbi estava ansioso, possivelmente querendo controlar nem que fosse por alguns segundos o corpo de Hikaru. Os ANBUS sacaram suas espadas, se Hikaru estava para perder a paciência, estes já haviam perdido à bastante tempo, quando estavam para partir, sentiram uma enorme concentração de Chakra vindo atrás de si, paralisaram quase que instantaneamente, sentindo aquela pressão em seus corpos, enquanto Hikaru parecia surpreso, para ali atrás daqueles dois estava o Hokage Onoki, com sua carranca séria e parecendo desapontado com seus ANBUS.
- Desapareçam... - Não precisou nem falar duas vezes e ambos os ANBUS desapareceram em uma nuvem de fumaça, deixando Onoki e Hikaru sozinhos na sala, o garoto dava passos para trás ainda sério, enquanto Onoki fechava a porta, ignorando completamente o gelo sólido. - Seu olhar é afiado garoto... Mas só um olhar não é o suficiente. - Hikaru não entendia-o, poucas vezes via o Hokage pessoalmente, a última realmente fora no dia em que este fora escolhido para ser Hokage. - E pensar que uma criança, sobreviveu facilmente há transfusão ao nível máximo do Sanbi...
- "Ele... Ele não parece muito feliz com isso." - Pensava, como se Sanbi fosse lhe alertar de algo e realmente iria.
- "Não deixe se enganar, ele tem várias facetas... Não confio em cara como eles." - Dizia, fazendo Hikaru soltar uma rizadinha abafada, que não passava despercebida por Onoki.
- "Você não confia em ninguém, Gataro." - Concluía por fim, relaxando um pouco os músculos.
- Você é bem rude garoto... Estou a falar com você, porém não da bola.
- Desculpe-me Hokage-Sama, estava conversando com Gataro. - Dizia por fim fazendo uma reverência, por mais que não gostasse, aquele homem era o Hokage e não poderia tratá-lo com falta de respeito, por mais que já tenha feito isso há pouco tempo atrás. - Sobre o que está dentro de mim... O que devo fazer, para que ele seja retirado? - Onoki encarava-o, Hikaru podia jurar que no fundo o homem queria rir, mas se concentrava.
- Impossível... Um jinchuriki após ter o Bijuu selado em seu corpo, cria um elo involuntário... A extração do Bijuu causaria na morte instantânea do Jinchuriki.
- "Que droga é essa de Jinchuriki?" - Pensava, mas em seguida começava a refletir nas palavras do homem. - Tem certeza Hokage-Sama? Gataro e eu não queremos dividir o mesmo corpo.
- Um Bijuu não tem chance de escolha, controle-o e faça-o querer... É o mínimo que você pode fazer, como um Jinchuriki e como um futuro Shinobi de Konoha.
- Hai! - Dizia a contra-gosto, até porque o Hokage não parecia se importar nem um pouco com ele ter dentro de si um demônio poderoso, por mais que fosse apenas o três caudas. O Hokage encarou Hikaru intensamente, antes de abrir a porta, pronto para sair.
- Você já pode ir para casa... Não espero nada de você, além do controle total deste Bijuu. - Hikaru mal conhecia-o, mas o Hokage tratava-o como se Hikaru fosse obrigado há controlar o Bijuu, se não algo incrivelmente ruim iria acontecer, mas o garoto não podia reclamar, novamente uma consequência pela sua curiosidade estava por vir. O Hokage saiu do quarto, deixando Hikaru plantado no meio do pequeno cômodo, preso em pensamentos. Quatro horas se passaram, Hikaru já estava em casa, mas agora sentado em sua cama, de pernas cruzadas, seus pais tentavam de toda forma agir normal, mas mesmo assim para o garoto, ele percebia que eles estavam realmente preocupados com o demônio no corpo de Hikaru, não faltaria muito para o garoto começar a pensar que eles até mesmo duvidavam que o garoto era o filho deles, por mais que fosse idiota pensar daquele jeito, mas tudo era possível, Hikaru meditava, possivelmente tentando de alguma forma achar um modo de todos voltarem a olhá-lo como um "humano", mas era quase impossível com um demônio lhe incomodando o tempo inteiro.
- "Já é tarde de mais gaki... Você já não é mais um garoto, agora você é um demônio também." - Era a frase mais falada do Bijuu de três caudas, Gataro parecia querer implantar na cabeça de Hikaru, a ideia de que ele não mais era um humano. - "Junte-se a mim... Vamos juntos mostrar para eles quem você é de verdade"
- "Calado... Não vou dar mais motivos para eles me olharem com maus olhares..." - Era como ele rebatia aquelas frases, talvez fosse a única coisa que o garoto pudesse falar, já que não iria se entregar facilmente.
- "Você já perdeu sua vida garoto... Está para perder sua família e logo perderá sua vila... Como ainda tenta me negar?"
- "Prometi para uma amiga que protegeria Konoha... Você não irá destruí-la, não importe o que aconteça, eu irei impedir que tome meu corpo e também irei impedir que as pessoas me tratem como um monstro."
- "Você é burro... Acredita mesmo que sem meu poder irá conseguir proteger Konoha?" - Hikaru tentava ignorá-lo de todas as formas. - "Não estou aqui por vontade própria, eu não escolhi ser passado de corpo em corpo... A única coisa que eu escolhi, foi você."
- "Você devia de saber que eu não sou controlado fácil..." - Suspirava, era o mínimo que podia fazer naquela situação, pois já estava se tornando muito mais difícil acreditar na suas próprias palavras.
- "E eu sabia... Um dos motivos, foi para que você me utilizasse de forma certa... Não seja como esses imundos de Konoha, que pensam em apenas usar meu poder para aumentar o poderio militar da vila."
- "Não são todos que são assim... Meda suas palavras, Gataro"
- "Por que ainda insiste em me chamar por este nome fútil? Eu sou um demônio, não é necessário que eu tenha um nome."
- "Eu tento não ver você como um demônio... Isso faz com que eu me sinta mais seguro, de que não tenha um adversário em potencial dentro de mim... E se até mesmo uma cadeira tem um nome, por que você não teria?" - Não era bem a resposta que Sanbi queria, mas parecia que ele sentia algo do garoto, Hikaru aparecia em seguida no mesmo nevoeiro de antes, com a água molhando seus pés, mesmo que fosse só coisa de sua imaginação, o mesmo encarava o Bijuu que parecia pensativo.
- Agora entendo o porque de eu inconscientemente ter escolhido-o... Você de certa forma me lembra uma pessoa, mas isso não vem ao caso... Ganhou um pouco do meu respeito, portanto irei dizer meu verdadeiro nome, mas apenas para que pare de me chamar por aquele nome estúpido. - Hikaru parecia curioso e também ansioso para ouvir, o nome do Deus dos Mares. - Está pronto garoto? Para ouvir o nome verdadeiro de Sanbi no Kappa? Nome este que recebeu do próprio Rikudou Sennin?
- Hai!
- Então lembre-se deste nome garoto e chame-me quando precisar de ajuda... Chamo-me Isobu! - Após isso, Hikaru abria os olhos novamente, em meio ao transe da meditação, acabou por cair no sono e novamente entrou em sua mente, onde poderia conversar com o até então Isobu, era um nome bonito até e para Hikaru bem mais interessante que Gataro. O garoto chegava a imaginar que até mesmo, ter um demônio selado dentro de si, não seria lá de tão mal e que Isobu de alguma forma estava começando a "gostar" dele.
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O meu nome é
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