Aproximando-se dos problemas, Katayo fazia algumas acrobacias e fazendo uso da sua enorme velocidade passou fileiras de inimigos para tentar chegar onde as pessoas estavam a proteger o portão.

Existiam já alguns corpos no chão, tanto daquele estranhos monstros, como de pobres shinobis que perderam a vida a lutar. Aquela imagem não era a mais feliz e o rapaz sentia-se um pouco enojado, triste e enfraquecido, mas não poderia deixar que isso o abala-se.Tomou o resto do caminho até que conseguiu encontrar um Jounnin a tentar liderar as coisas.

- O que se passa aqui? - Foi uma pergunta estúpida na medida em que aquela tal de Susuki, que por alguma razão tinha o altifalante de Aimi, comentara ser uma invasão e confirmara as piores das provisões, mas aquela seria uma boa maneira de começar uma conversa para descobrir o que poderia fazer.

- Ouvimos dizer que é Fiora. Quebraram a barreira de Konoha, todas as vertentes estão a ser atacadas.

- Menos pelo lado do monumento Hokage... - O Jounnin olhou-o como se não percebesse. As notícias pelo comunicador passaram mais rápido que ali. - Como estão a tentar manter as defesas aqui?

- Alguns dos nossos ninjas estão ai a combater essas aberrações enquanto tentamos formar uma planificação. O portão tem de voltar a ser uma das defesas básicas da vila. Mesmo sem a barreira em volta, com o portão fechado já seria o suficiente para nos deixar concentrados em ataques noutras zonas.

- Os combates avançaram muito? - O homem com pouco mais de 30 anos suspirou.

- Alguns bairros, mas ainda não o centro, felizmente. Aquele Onoki ainda não deu ordem nenhuma do seu prédio.

>>Ele não está a fazer nada... cobarde!<< - Pensou, quando tentava raciocinar algo útil para fazer. Ao olhar em frente, onde algumas barreiras de Doton tentavam ser intercaladas para defesa, dava para reparar que eram depois penetradas pelos jutsus do inimigo e em pouco tempo, os shinobis voltavam a perder terreno. - Temos de experimentar um Fuuin, eu sou Fuuin-Nin. - O Jounnin ficou a olhar para ele, esperando saber o resto. - Tente juntar o máximos de Fuuin-nins que estejam nesta área e talvez consiga com alguma ajuda elevar uma barreira que servirá de portão.

- Um portão Fuuin? Parece uma excelente ideia. Vou já! - E desapareceu para o interior da vila.

Os combates estavam quase a quatro metros da entrada, mas muitos dos ataques aconteciam já no interior, cada vez mais para dentro. Existia lixo, paredes partidas e fumo por todo o lado. Katayo também teria de combater alguns monstros até que o Jounnin voltasse com o resto do seu plano.

Uma pequena lesma chegava ao grande portão de Konoha e após um tempo de busca finalmente encontrava a pessoa que procurava. Ela aproximou-se do shinobi e a poucos metros começou a interagir.

-Olá! Sou Katsuyu, estou aqui á favor de Hakufu-sama! - Parou por um tempo e continuou logo em seguida - Serei o elo de ligação entre os shinobis e Hakufu poderá curá-los a longa distancia com meu auxilio! Por favor cuide de mim. - Esperou para ver a reação do shinobi que ali lutava.

Tinha passado algum tempo até que o Jounnin regressou para perto de Katayo, mas desta vez acompanhado com dois shinobis.

- Foi tudo o que encontrei. - Comentou ele, apresentando os dois. Um era um pouco mais novo que o Aburame e as sardas da cara cobriam-lhe quase todo o rosto tímido. O outro era loiro e bastante mais velho, talvez de 30 a 35 anos, um Fuuin-nin mais experiente. Mas experiência não indicava liderança. O plano era de Katayo.

- Mantenham as criaturas longe da entrada enquanto preparamos isto. - Falou, com a voz mais alta por cima de todo o caos.

- Farei os possíveis. - E desapareceu na maré de combatentes que avançaram naquela razia. Katayo não poupou mais tempo e explicou aquilo que planeava fazer. Ainda bem que um deles trouxera um daqueles enormes pergaminhos para fazer selos.

Colocaram-se os três a fazer desenhos e mais desenhos, misturados com escritura kanji e junção de chakra aqui e ali. Ainda seria moroso conseguir completar tudo aquilo, mas se desse certo, valeria a pena.

- Não parem de trasnferir. Assim que tivermos a quantidade suficiente eu aviso. - Os dois Fuuin-nins acenaram enquanto voltavam a fechar os olhos e a concentrar grandes quantidades de chakra no pergaminho, sendo envolvidos por auras azuladas. O Aburame também estava a fazer um esforço, mas estava atento ao ambiente em redor. Tinham colocado alguns ninjas a proteger a criação do selo e uns outros tantos pelo caminho, de maneira a que nenhum monstro conseguisse penetrar muito e parar o seu trabalho.

Mas foi então que percebeu que eles quase não tinham trabalho. Ouviu muitos gritarem vivas e outros apenas a mostrar surpresa, quando afirmava que o Senhor Feudal do País do Fogo trouxera para Konoha um exército. E sim, era verdade, uma fileira de pessoas estranhas caminhava de encontro com as criaturas e destruía algumas frentes, mas tal como os de Konoha, muitos sucumbiam a tentar. Uns pareciam shinobis sem bandana, outros eram arqueiros, com lanças e setas enormes e muitos soldados apenas com lanças.

- Temos de ir para dentro e fechar por dentro! - Gritou Katayo aos dois companheiros, enquanto o trio corria para dentro, segurando o pergaminho e deixa-lo cair no chão já do lado de dentro de onde antes estaria o grande portão. - Preparem para selar!

- Ay! - Gritaram os dois em sintonia, quando o Aburame concentrava a ultima quantidade de chakra. Nessa altura foi a ultima que olhou para fora da vila, antes de fechar o selo e criar um Fuuin-Portão.

Os cabelos dourados e a postura do seu clã. Katayo nunca se esqueceria de como parecia, de perto e de longe. Com ou sem olhos vermelhos, ele continuava a ser Tatsuo, Uchiha Tatsuo e mesmo que parecesse diferente, toda a gente tinha mudado nos últimos meses e seria impossível não perceber que era ele. A bandana estava no braço...

Quase por instinto a mão foi ter ao pergaminho como quem invoca uma kuchiyose e o solo tremeu. Uma barreira transparente foi elevada a muitos metros e fechou novamente a maior brecha de Konoha naquela invasão. Primeiro ainda dava para olhar o exterior, mas depois já não. E a barreira fora criada para impedir que quem não fosse de Konoha entrasse, logo nenhum inimigo poderia passar por ela. De diferente forma os Konoenses poderiam trespassa-la como água.

Conseguiu encontrar um acampamento de reforço ali perto e foi lá que encontrou o que procurava. Um colete Chunnin como o que tinha em casa, mas aquele estava ali para quem necessitava de um por emergência. Retirou a camisa maior e fechou o feixo do colete.

- Criem selos de passagem e coloquem nos corpos das forças feudais. Mas só após perceberem se são amigas ou inimigas. - Foi tudo o que conseguiu dizer aos ajudantes, antes de concentrar chakra nos pés e subir a própria muralha de Konoha, mesmo ao lado do portão. Ainda ouvia a comunicação de Hakufu e Susuki. - "Eles chegaram ao hospital?! Tem ai alguém mais? Você pode necessitar de reforços..." - Estava a pensar ir, mas ao olhar para o horizonte, não sabia ao certo se isso seria acertado.

Naquele momento uma lesma apareceu perto do seu pé e Katayo preparou-se para um ataque, mas isso não aconteceu.

-Olá! Sou Katsuyu, estou aqui a favor de Hakufu-sama! - Parou por um tempo e continuou logo em seguida - Serei o elo de ligação entre os shinobis e Hakufu poderá curá-los a longa distancia com meu auxilio! Por favor cuide de mim.

- Hakufu-sama não se deveria esforçar tanto... - Comentou, suspirando. - Pode subir e ficar comigo então. - Disse e a lesma subiu para o seu ombro.

E ali estava Aburame Katayo, com o cachecol ao vento e um colete pouco usual no seu visual colocado por cima da roupa. Ainda estava a ver se iria saltar para ajudar lá fora, ou voltar para dentro e ver onde poderia ser melhor aproveitado em combate. Mas o que não conseguia admitir para si mesmo era que estava ali realmente para confirmar um certo movimento amarelo.

Pensou avisar Hakufu pelo comunicador sobre Tatsuo, mas não sabia se despertar emoções seria bom para uma invasão em curso. Para ele não foi...