Um salto simples foi o suficiente para sair da ave e chegar ao chão, Aimi já ordenou para seus alunos que voltassem a Konoha, pois aparentemente estava sentindo o que eu havia sentido a muito tempo atrás. Aquela seria uma missão mais confortante se alguns Jounnins fossem os escolhidos para realiza-la, mas como shinobi eu deveria seguir as ordens da vila. Enquanto ela dava instruções sobre os próximos passos eu decidi me disfarçar, pois entre todos eu sou o que mais aparenta com um shinobi, principalmente pela cor dos meus olhos.

Tirei minha bandana do local onde geralmente o distintivo de um policial ou detetive se encontra, coloquei o meu símbolo como shinobi dentro da minha mochila e peguei um óculos escuro para que ninguém reconheça meus olhos naquela vila e já fossem levantadas as suspeitas de ser um shinobi, por ultimo meus equipamentos que estavam visíveis foram escondidos para dentro do sobretudo e alguns colocados dentro da mochila.

Por final Aimi decidiu enviar os Gennins do mesmo clã de volta para vila e agora uma divisão estava formada, Daisuke e Akame formariam um sub grupo e o outro seria composto por Aimi e eu. Meu comunicador estava escondido por meus cabelos rubros e não precisaria me preocupar com ele por enquanto, poderia ser facilmente reconhecido como um fone daqueles aparelhos de musica.

-Sabe... – Antes de adentrarmos na vila decidi revelar parte da minha preocupação. – Não me entenda mal de tê-los julgado antes, eu só não quero que ocorra novamente... - Ela poderia não entender o que eu havia dito, mas eu estava com medo de uma nova tragédia ocorrer e por isso briguei pedindo para me deixarem para trás caso fosse preciso. Suspirei para sair do meu cotidiano e formar uma nova personalidade. – Caso perguntem, meu nome será Komuro.

Quando entramos na vila percebi que alguns moradores pareciam assustados com algo ainda desconhecido, eu não sabia ao certo o que esperar daquela missão, mas deveria estar pronto para qualquer tipo de ocorrência. Estava na hora de agir.

Alguns podiam não entender o porque chamei o Yukito comigo, não se tratava de achar ele mais forte que algum dos outros, mas o fato dele querer cometer um suicídio ficando para trás me preocupava, caso acontece-se tal situação minhas invocações distrairiam os oponentes e eu sairia com Yukito por bem ou por mal. O fato dos dois jovens terem sido mandados em bora era para não afetarem minha concentração, minha preocupação com a vida deles iria me atrapalhar em combate, ainda mais se o inimigo percebesse isso.

Depois de andar um pouco, Yukito se desculpava, eu até fazia ideia do que era, mas revelar isso a ele iria fazer ele saber que eu estava no enterro ou pelo menos desconfiar, então falei - Não sei o que lhe ocorreu, mas somos shinobis, estamos sujeitos a morrer em qualquer missão. Apesar do meu corpo não mostrar marcas de treino pesado, não se iluda, você não é o único ninja medico. Treinei e treino ainda pesado, para ser uma predadora e não uma presa, não precisa se preocupar comigo - Sorri tentando o confortar. Depois de andarmos um pouco, ele revelava o seu nome a partir dali, eu fazia o mesmo - Me chame de Asuke - Após entrarmos no vilarejo era visível o olhar de medo, dos moradores, revelando que algo estava errado por ali.

Os moradores pareciam estáticos, alguns até se esconderam quando chegamos à vila, será que somos assustadores ou simplesmente feios? Nenhum, realmente havia algo errado na vila, até porque eu achava Aimi uma bela garota e não me considerava feio. Enquanto caminhávamos para dentro da vila, notei que alguns dos moradores estavam comentando algo que havia ocorrido, mas infelizmente não consegui escutar nada. Aos poucos foram mudando de expressão como se tivéssemos mostrado que não estávamos ali para comprar briga ou algo do tipo, mas apenas de passagem.

-Estranho... – Olhei para os lados e voltei a olhar para frente – Deve ter ocorrido algo para demonstrarem esse medo. – Suspirei demonstrando desânimo – Complicado. Eu não sou muito bom com esse tipo de situação...

Escutei alguns passos lentos e arrastados, como se alguém muito cansado ou velho estivesse se aproximando e decidi agir normalmente para não chamar sua atenção, mas já era tarde.

-Visitantes? – Uma Senhora que aparentava ter seus 60 e poucos anos foi a primeira a falar conosco.

-Hmmm... – Olhei para Aimi e terminei – Sim! –Olhei para a Senhora e sorri - Há algum lugar para ficarmos?

-Existe uma pousada a poucos metros nesta direção... – Ela apontou para o lado Oeste da Vila e voltou a olhar para nós. – Faz muito tempo que não vejo visitantes pela Vila, me digam... O que os trazem aqui?

-Turismo. – Eu não fazia ideia do que dizer, mas por algum motivo àquela palavra saiu de minha boca sem que eu pensasse – Estamos viajando há algum tempo e queremos um local para ficar por algum tempo.

-Entendo! Aproveitem a estadia!

-Obrigado. – Ela logo se afastou e assim olhei para Aimi – O que acha de nos hospedarmos e depois procurar por mais alguma coisa?

Apos um pequeno dialogo com um senhora, o hyuuga sugeriu pararmos um pouco. Por mais que eu estivesse com pressa de procurar o jounnin, tinha que admitir que um pouco de descanso após essa viagem, iria me ajudar bastante, tanto mentalmente como fisicamente, então o respondi - Certamente. Vamos preciso de algum descanso para trabalhar com a mente limpa - Andamos para a direção que a senhora apontou, até que avistamos uma casa grande e velha, parecia ser a tal pousada que nos falaram. Entrei na mesma com o meu parceiro e logo fomos recebidos por um velho com feição amarga como um limão verde, este nos falava de forma rude - Forasteiros! Se estão procurando quartos, não esperem que vou fazer um preço baixo para vocês, esse aqui é o melhor local do vilarejo! E eu não abaixo o preço. - Aquilo mostrava o quanto ele era ruim de negocio. Ao falar que aquilo era o melhor lugar, imaginei que os outros deviam ser estabulo ou até no pior das hipóteses iriamos dormir com porcos.

Bom, sem muitas opções eu respondi para o velho - Tudo bem, arrume um quarto com duas camas, ficaremos no máximo três dias acredito eu - Sorri para ele, que nem por isso mudou de humor. Ele então nos acompanhou até um quarto, até que estava limpo dentro dele e era um pouco espaçoso, tinha as duas camas que pedi e duas janelas de madeira que estavam fechadas, além disso avia um banheiro e um armário de madeira. Ele nos deu duas chaves e saiu do quarto. Depois de um tempo que ele saiu eu sentei em uma das camas e falei - Nossa, que velho ranzinza, bom pelo menos podemos descansar um pouco aqui e trocar algumas ideias.

Aimi já havia resolvido tudo em relação à pousada e devo admitir, se o que o velho disse for verdade, por ali deveriam existir locais no qual você dorme ao lado de Palavra removida pelo Staff. Entretanto mesmo com aquela situação, o quarto que nos foi direcionado além de limpo e arrumado era espaçoso. Ela sentou-se em uma das camas e eu fui em direção à janela enquanto escutava o que ela me dizia, dei uma pequena gargalhada e afirmei com a cabeça.

-Sim, tem razão. Vamos descansar e trocar algumas ideias... – Abri a cortina com uma das mãos apenas para poder ver com clareza a rua e mesmo sem nossa presença, pude notar que qualquer coisa que ocorresse era motivo para medo. – Não sei se percebeu e muito menos se há alguma relação com nossa missão, mas as pessoas desta vila estão com medo de algo e não é uma coisa simples...

Já estava cansado da viagem e decidi ficar mais confortável. Retirei meu sobretudo e meu disfarce, os guardei como sempre fazia, eu não sabia ao certo o porquê, mas sou muito organizado. Sentei-me na outra cama e retirei minhas botas, já estava realizando o movimento de retirar a camisa, mas foi então que percebi que não estava só no quarto, ruborizei e fiquei com a camisa

-Bom... – Olhei para Aimi – Vou revelar o que sei sobre a possível organização que esta envolvida com isso! – Procurei por minha mochila pelo pergaminho que eu havia feito sobre a ultima missão que fiz com Katayo e outros Chunnins, incluindo o de Kiri – Este pergaminho contém o relatório da missão em que descobri sobre a Fiora. Eu não poderia ter nada sobre essa missão, mas achei que algum dia esta informação seria útil... – Fiquei sério e o entreguei para a Kunoichi – Como pode ver está organização é na verdade uma vila aqui no País da Terra! E esse é o principal motivo pelo qual estou com receio deste local... – Voltei a caminhar em direção a janela para olhar novamente para a rua, desta vez não abri a cortina, apenas observei pelas brechas. – Reparou que esta vila não tem nome? Me pergunto o que os outros devem estar fazendo a essa hora.

Depois de um tempo lá o hyuuga ficou um pouco mais a vontade, me apresentou um pergaminho falou algo sobre Fiora, não fazia exatamente do que me tratava. Ao pegar o pergaminho e olhar o tamanho dele, me bateu um desespero rsrs, falei para ele rindo - Será que não pode resumir rsrs. - Deitei na cama em seguida, não para dormir ainda, apenas para escutar a resposta dele, caso ele não fosse resumir eu iria ler. Deitada lá fiquei pensando um pouco e falei - Não sei se acredita em sentido feminino, para falar a verdade eu nem acredito... Mas algo me diz que nossa estadia por aqui não será fácil. Acho que por algum motivo você sente algo parecido, ou talvez seja porque já sabe alguma coisa sobre aquele grupo que atacou o velório, como não presenciei o evento não sei de todos detalhes do ocorrido, mas algo me intrigou... Fiquei sabendo que enquanto todos chunnins agiram, o Hokage nem se quer fez alguma ação e acabou abatido no final... Como pode ter uma reação tão lenta comparada a todos chunnins por ali? Algo nessa historia não me cheira bem, queria ter visto o ocorrido para tirar mais conclusões, o que você acha sobre isso? - Perguntei e dei algum tempo para ele falar... Depois do tempo dado, algo de estranho aconteceu, uma explosão pequena de fumaça ocorreu no pergaminho da missão, saindo um outro pergaminho de dentro. A principio eu me afastei dele no momento do estouro, mas em seguida me aproximei ao ver que o que saiu foi um papel - O que será isso?! - Aproximei e apanhei o papel e o li para o hyuuga escutar também e com o comunicador aberto, para os outros do time escutarem - "A missão de vocês foi cancelada, o jounnin retornou com vida a vila, porem chegou aqui quase morto, no momento esta hospitalizado. Vocês deverão permanecer nesse vilarejo, pois ele descobriu um ninja que esta no bingo book, este parece ter alguma ligação com a Fiora, precisamos que consigam o máximo de informação dele e tragam ele para Konoha, encontraram ele com facilidade na vila, o nome que ele possui é Kamitorito, ele causa bastante terror no vilarejo, com a sua tirania. Porem cuidado ele pode possuir alguns capangas, entretanto o perigo maior é ele mesmo, ele que deixou o Jounnin no estado que se encontra, segundo a ele, este usa Suiton, Raiton e Katon, possui habilidades médicas e de um assassino, demonstrou ter conhecimento também de Genjutsu e Taijusu, tornando assim um inimigo bastante completo. Aparentemente não possui pontos fracos, apenas pontos fortes, por isso tomem cuidado, porque além do seu poderio ele tem uma grande resistência física e chakra, mostrando também boa estrategia. Caso não seja possível capturar ele, vocês devem o eliminar e trazer o cadáver dele para Konoha." - Um pouco de silencio depois de ler aquilo, e então falei no fone novamente - Mudança de planos rapazes, descubram onde ele vive e então nos unimos novamente.

Enquanto conversávamos, Aimi pediu um resumo sobre a missão pela qual que passei, poderia ser complicado, mas acredito que era muita informação inútil para aquele momento.

-Basicamente um grupo de Konoha e um Shinobi de Kiri foram enviados na mesma missão para proteger um senhor conhecido como Kashi e nesta missão seria firmado um acordo de paz entre as duas vilas... – Olhei para ela com uma expressão séria – Mas Kashi nos informou o verdadeiro motivo da missão, aparentemente uma organização com poder inimaginável surgiu no País da Terra e se estabeleceu em uma aldeia com o nome Fiora! – Ela havia deitado enquanto eu explicava o que havia ocorrido naquela situação. Voltei a me sentar na cama e olhar para a garota, que falava algo como intuição feminina e o qual seria minha opinião sobre tudo aquilo – Eu não sei ao certo as capacidades do nosso inimigo, mas sei que eles possuem poder o suficiente para controlar um dos Anciões perfeitamente. Sei disso porque tive de lutar contra ele sozinho e quase morri naquela situação... – Abaixei a cabeça querendo esconder o que sentia, afinal não gostava de lembrar-me de momentos como aquele – A única coisa que sei é que essa organização possui um poder muito grande...

Uma explosão de fumo fez com que eu desse um salto mortal para o outro lado da cama e me afastasse de sua origem, que seria o pergaminho. Aparentemente era um recado de Konoha que Aimi leu em voz alta para que eu escutasse e os outros através do comunicador também conseguissem entender a nossa atual posição. A missão havia se tornado mais perigosa que o imaginado, eu até conseguia imaginar seu poder.

-Um médico por si só seria um oponente muito difícil de enfrentar, uma vez que consegue curar os próprios ferimentos e conhece sobre anatomia humana. Agora um médico e ainda assassino é algo realmente temível... – Parei por um tempo para assimilar tudo e lembrei-me das outras características – Ele tem conhecimento em Genjutsu, Taijutsu e ainda controla três elementos que podem fazer combinações entre si não permitindo uma desvantagem. Infelizmente ainda há o fato de possuir grande resistência física e chakra... – Neste ponto eu sorri – Por sorte meus Taijutsus não ferem por fora, por mais que ele treine é impossível fortalecer os órgãos e estes são meus alvos. Ele não parece ser tão onipotente assim...

Por um breve momento senti um chakra aproximando-se do quarto, na verdade já estava na porta. Peguei uma kunai em minha mochila e fiquei em posição de combate olhando para a porta, até mesmo coloquei meus óculos escuros para que não ficasse a cara minha kekkei genkai. Quando a porta se abriu um garoto estava ali com a bandana de Konoha em mãos, mas não poderia simplesmente confiar naquele gesto. Ele informou que havia sido mandado para nos auxiliar na missão e até revelou seu nome.

-Sou Komuro! – Olhei para Aimi de forma a transmitir-lhe o que eu pensava com aquela situação, ela decidiria por si só se permaneceria com seu disfarce ou não, mas eu preferia duvidar – Não se preocupe, estamos apenas conversando sobre nossa atual missão... - Eu não sabia se deveria revelar nosso novo objetivo, mas deveria permanecer atento e duvidar de todos. – Deve estar nos procurando há algum tempo, não? – Perguntei de modo a parecer retórico, mas na verdade gostaria muito de ouvir a resposta.

Daisuke já tomou a frente me chamando para começar a procurar o shinobi, saímos por todo o canto, passando por barracas, cavernas e arbustos e nada de encontrar o shinobi em lugar e depois de procurarmos eu podia pensar. Como será que os outros dois devem estar indo. Meu desânimo devia estar para voltar, mas logo o garoto tentou puxar um assunto.

-Me diga uma coisa Akame. Eu não me lembro bem, então me diga uma coisa, de qual clã tu és?- Olhei para ele e antes que eu respondesse recebemos ótimas noticias e em seguida más noticias um inimigo forte que pela descrição da missão parecia ser invencível.

-Sou do clã Nara, deve conhecer, pois ele até que é famoso em Konoha. No caso temos de descobrir aonde o inimigo vive talvez ele estivesse dentro da vila ou sei lá.

-A e antes que eu me esqueça mesmo eu tendo a preguiça típica do clã Nara não se preocupe, pois os preguiçosos podem surpreender em meio a dificuldade. Mesmo que ele não parecesse ser do tipo que ficaria com medo.

-Voltando à missão estamos perdendo tempo, pois Yukito é do tipo rastreador. Já coloquei a mão sobre o comunicador.

-Aimi! Você tem ai com você um usuário do Byakugan, sugiro que fizéssemos uma ronda pela cidade com o byakugan dele ativado para descobrirmos se a algum shinobi por aqui e então planejamos o ataque surpresa. Fiquei esperando a resposta da garota para talvez ela falar a sua localização e todos procurassem juntos.

As informações eram reais, o garoto acabou provando que realmente era quem dizia ser e já não havia o porquê de haver desconfiança. Ele perguntou sobre o que seria a missão, mas antes que eu pudesse falar algo, uma voz saia do comunicador e era Akame que pedia algum tipo de orientação. Suspirei e retirei meus óculos escuros revelando que participava do clã Hyuuga, já não aguentava mais ter que me disfarçar.

-Venham para a pousada do lado Oeste da cidade... – Eu falava através do comunicador e fazia um sinal com a mão para que o recém-chegado esperasse eu terminar – Estamos no quarto de número 18! – Voltei a olhar para o garoto e desliguei o comunicador, ao menos a partir daquele momento só poderia escutar e não transmitir mensagem – Meu nome real é Yukito e desculpe a desconfiança, mas o adversário que vamos enfrentar é digno de tal ação... – Caminhei para a janela de modo a ver um pouco da rua, já era final de tarde e isso tornaria as coisas um pouco complicadas. – Nossa real missão seria a de resgatar um Jounnin que veio investigar o vazamento da informação sobre as defesas de Konoha devido ao ataque ao Exame Jounnin e ao Cemitério causando o ferimento do Hokage, mas recebemos a noticia que o shinobi chegou a Konoha com vários ferimentos e relatou o poder do nosso adversário o que me preocupou e muito... – Olhei para Aoshi e me sentei em minha cama – Nosso inimigo é um médico e assassino profissional, possui grande resistência física alem de um enorme volume de chakra. Seus elementos são Raiton, Suiton e Katon. Além de possuir habilidades com Taijutsu e Genjutsu, ele não demonstra possuir fraqueza, mas somente pontos fortes o que faz um trabalho em equipe ser essencial! – Respirei um pouco e continuei – Temos mais uma Chunnin e um Gennin conosco, devemos localizar e capturar o inimigo ou ao menos levar o corpo para Konoha...

Restaria-nos esperar a chegada de Daisuke e Akame para formularmos um plano de ação para a realização da missão. Estava cada vez mais complicada nossa situação.

A nova missão parecia ser bem complicada de ser efetuada, pelo menos agora tínhamos um reforço que surgiu "do nada", assim como a nova missão. Não sei os métodos que usaram para isso, mas o fato dele ser um chunnin também me levava a achar que todos os jounnins de Konoha deviam estar em missão, por isso que eramos tantos chunnins em uma única missão.

Segundo Akame, o hyuuga poderia ser usado para achar o nosso alvo, não sabia ao certo se daria certo, pois eu desconheço todas habilidades daquele doujutsu conhecido como byakugan, até então só sabia que era capaz de enxergar longe, mas se conseguiria tal feito e se isso levaria algum tempo ou custo alto de chakra, só o hyuuga poderia me afirmar. - Yukito, você é capaz de localizar o nosso alvo daqui mesmo? - Perguntei enquanto ele tentava ou respondia falei com o novo integrante - Aoshi, me chamo Aimi, preciso saber um pequeno resumo do que você é capaz de fazer, apenas para ter uma ideia de como podemos utilizar suas habilidades. - Aguardava que ele responde-se em vez de mostrar um cartão como fez com o gennin. Depois de um tempo Akame chegava a ao Hotel, nos encontrando.

-Rastrear o inimigo daqui!? – Perguntei de forma retórica e suspirei – Acredito que com tantas habilidades ele deva possuir algum tipo de jutsu ou selo que impeça um byakugan de vê-lo, sem falar que possuo um limite de distância e vou demorar um pouco para rastrear toda a vila... – Me levantei e fiquei no centro do quarto – Mas posso fazer o possível para achar algo!

Pequei um pergaminho em branco e com meu byakugan ativo comecei a traçar um mapa tendo a pousada como ponto de referencia, meu limite seriam 800 metros se eu desejasse ver em 360º, mas para aquele tipo de tarefa era indispensável visualizar cada ponto com mais calma e com isso meu limite chegava a 8km. Parei de me preocupar com as coisas ao meu redor e fiquei concentrado em meu trabalho, poderia não ser o melhor cartógrafo, mas estava fazendo o meu melhor e não havia tempo previsto para acabar.

Pelo o que o Yukito falava parecia ser um pouco absurdo e ao mesmo tempo possível pois ele ia tentar, apenas complementei - Tudo bem, não sei se ele é capaz de evitar isso, afinal não conheço o inimigo e nem conheço o seu byakugan, por isso perguntei a você se era possível o que Akame sugeriu. - Fiquei observando ele rabiscando o pergaminho a procura de nosso inimigo. Fechei as janelas do quarto e tranquei a porta para não recebermos mais visitas surpresas, me preocupava o faço do Gennin não ter chegado ainda ao Hotel, era o único que faltava.

Aquele era um trabalho novo para mim, nunca havia usado meu byakugan para rastrear e mapear um local. Talvez quando voltasse para a vila eu poderia tentar pesquisar e aprofundar minhas técnicas com aquele tipo de serviço, mas não era o momento certo para isso. Já haviam passado mais de 40 minutos e ainda não havia terminado o mapa, apenas os lados Oeste e Sul estavam completos e não havia indícios do nosso inimigo, agora terminava de mapear o Norte que seria o lado comercial da vila e como havia suspeitado, não havia nada de suspeito.

-Estranho... – Comecei a visualizar o Leste – Até agora não encontrei nada estranho, talvez ele nem esteja na vila.

-Yukito!!! – Hachibi gritou em minha mente o que me fez ter de atender ao seu chamado, mas ainda sim rastreava e desenhava normalmente.

-Não precisa gritar para me chamar...

-Não me interrompa! – Ele acabou me interrompendo e achei que foi hipocrisia – Não percebeu nada estranho? Por acaso está olhando o mapa que está fazendo? – Parei de desenhar e olhei para o mapa quando levei um susto – Passe para seus amigos isso!

-Droga! – Desta vez todos poderiam ouvir o que eu dizia – Olhem o mapa, como não percebi antes! – Apontei no mapa um local que estava completamente confuso com ruas inexistentes. Se não fosse a arquitetura da vila que era ruim, ali naquele ponto ao Norte seria nosso principal ponto para investigar – Percebem? Este ponto está bagunçado, posso não ser um cartógrafo, mas acho que em uma vila não existe um bairro que seja impossível entrar ou sair... – Deixei que visualizassem o mapa e ainda mantive meu byakugan ativo, agora precisaria usá-lo mais do que nunca. Arrumei-me novamente com minhas roupas e equipamentos com fácil acesso, estava na hora de agir. – Precisamos ver isso de perto!

Fui em direção à porta e esperava que todos estivessem prontos para poder abrir e sair do quarto. Meu plano seria o de ir ao telhado e pedir para que Aimi usasse sua ave para poder ter uma visão superior do local sem que alarmasse algum possível guarda.

Depois de uma longa conversa por ali, o jovem Gennin retornava para konoha, pois as coisas iam ficar bem pesadas por ali. Em nossa reunião improvisada, que foi bastante afobada para cer mais precisa, devido a pressa necessária que tínhamos de acabar com o nosso alvo, que admito que também possuo, afinal ele feriu um membro de meu país e isso deveria ser vingado, entretanto devia ser feito de maneira sabia, caso contrario um de nos ou até todos iriam perder a vida por ali.

Segundo ao grande trabalho de nosso Hyuuga, a localização do alvo era quase certa ou pelo menos no lugar suspeito havia algo de errado. Assim como os outros analisei o mapa e realmente notei que o local era totalmente suspeito, assim como os demais acharam. Após essa conclusão cada um deu sua opinião, admito que uma das opções dadas me deu uma má impressão da shinobi que pertence ao clã Nara, matar civis bombardeando o local sem necessidade era algo totalmente absurdo no meu ponto de vista, na verdade bastante hediondo, pelo fato de nem saber ao menos se o nosso alvo estava ali, transformando em uma chacina quase sem causa alguma.

Dentre as ideias algumas entraram quase em acordo, que seria entrar de forma furtiva, e nisso eu poderia ajudar com certa maestria, falei - Quanto ao bombardeio creio que seja fora de questão, a não ser que queria arriscar nosso acordo diplomático que Konoha tem com os outros países, sem falar que seria um chute no escuro, matando pessoas de forma desnecessária e torcendo para serem culpados, isso é trabalho de bárbaros acéfalos, nos somos shinobis e somos capaz de algo bem mais complexo que isso... Quanto a espiar o local posso chegar próximo de lá e levar todos vocês juntos... Podemos ir dentro da boca de uma das minhas invocações, ela não é visível a olho nú além de não gerar ruídos e subir paredes e tetos sem problema algum. Os olhos do Uchiha ou do Hyuuga poderiam nos mostrar a presença de alguma barreira se houver para que não passamos pela mesma, sendo detectados. Vamos?

Caso eles concordassem nos sairíamos do hotel e iriamos um pouco próximo do local, nos escondendo em algum tipo de beco, ai então eu invocaria o camaleão gigante que engoliria todos nos e ficaria invisível seguindo o caminho que quisessem.