Uma pequena Aldeia próxima de Konoha habitava um homem especial, ele continha em seu corpo o bijuu da Nibi. O Homem chamado Sakaki, estava vivendo feliz, desistiu de sua vida ninja, mas continuava a treinar para controlar aquele temível monstro dentro do seu corpo.

Esta pode ser uma época de paz, entretanto ainda existem ninjas perversos e alguns destes decidiram atacar a pequena aldeia onde vivia Sakaki e faze-lo liberar o bijuu para espalhar destruição por todo o País do Fogo. Os shinobis só não contavam com a hipótese de serem atacados pelo bijuu depois de estar livre.

Explosões, gritos e rugidos as únicas coisas que podiam ser ouvidas naquela pequena aldeia. Toda a Aldeia estava em perigo, Nibi atacava todos os habitantes com suas chamas azuis e os faziam serem queimados até a morte, logo após os “ressuscitava” para usá-los em combate. Os ninjas de Elite de Konoha estavam na Aldeia lutando contra aquele terrível monstro, era dever de Konoha, afinal aquela era uma Aldeia aliada e não tinha nenhuma força Shinobi, mas nela existiam ervas raras. A batalha estava indo de mal a pior, os Shinobis aos poucos foram caindo e Nibi matava cada vez mais pessoas.

O bijuu destruiu o telhado de uma casa e atacou todos os moradores dela, felizmente um garoto, na verdade um bebê que recebeu as chamas azuis ficou intacto, mesmo em chamas não sentia dor nenhuma e simplesmente dormia tranquilamente.

A luta continuava, aquele temível monstro continuava a destruição e os ninjas de Konoha já não sabiam mais o que fazer. Jutsus de Suiton não funcionavam, apesar de ser feito de Fogo o Nibi não tinha problema algum com aquilo, afinal a alta temperatura fazia os jatos de água evaporarem.

Enquanto a batalha contra Nibi continuava, uma ninja de alto escalão, podendo ser conhecida como um dos Sannin, estava investigando a Aldeia para ver se conseguia achar alguma pessoa viva, um suave choro chamou a atenção da mulher. Ela começou a procurar por todos os lados e finalmente conseguiu ver um pequeno bebe entre poucas chamas azuis, mas para sua surpresa o bebe estava bem. Está era a chance perfeita, já que aquela criança suportava as chamas ela poderia suportar o Nibi sem problema algum. Kaoru convocou o seu batalhão, ela era uma das comandantes daquela operação.

Com todo o plano traçado, Kaoru preparou o local em volta do bebe e preparou um selo para prender aquele bijuu. Seu batalhão começou a chamar a atenção do Nibi e a batalha ia se estendendo até que finalmente conseguiram chegar ao local. Kaoru iniciou o ritual para selamento do Nibi, os shinobis de seu batalhão tinham como dever usar as correntes banhadas de chakra para manter o bijuu em seu local. A ninja finalmente conseguiu terminar o ritual e lançou o selo contra o bijuu, varias escritas se espalharam pelo corpo do bebe e pelo Nibi. Com o uso de seu chakra, Kaoru finalmente conseguiu selar o Nibi na criança, mas teve de usar tudo o que lhe restava e acabou desmaiando.

Algum tempo se passou e o bebe parecia conter o bijuu com facilidade, Kaoru sumiu de Konoha, pois não queria mais ter sua vida presa com a vila. Mas seu nome ficou marcado na história da vila. O bebê cresceu com uma infância difícil, mas Konoha o ajudou com tudo o que podia e ele ficou sem saber o por que era odiado por muitas pessoas, na verdade os únicos sobreviventes daquele incidente é que odiavam o garoto e outras pessoas acabaram os seguindo.

"Olá!! Sou Uzumaki Kanou!!!" Era a única coisa que circulava em minha mente naquele dia, o dia em que entraria na academia ninja e finalmente iniciaria minha vida. Eu tinha apenas um objetivo, ser ninja e descobrir mais sobre o mundo como um explorador, no final das contas sempre fui apaixonado por histórias e seria um imenso prazer descobrir os mistérios ainda não desvendados deste mundo.

Era verão e o sol estava bem forte, como se já não fosse comum ter sol pelo País do Fogo, aquele dia estava realmente quente, entretanto eu sentia um clima totalmente agradável, não sabia bem o porquê, mas não sentia frio e nem calor. Já estava em sala de aula com todas as outras crianças, todos com características próprias e alguns já era notável reconhecer o clã ao qual pertenciam, os gêmeos que tinham filhotes cães que também eram gêmeos certamente pertenciam ao clã Inuzuka e no final das contas era algo bem raro ter tantos gêmeos, o garoto do fundo próximo a janela que não parava de comer e além disso tinha desenho em suas bochechas pertencia ao aclamado clã Akimichi, outros eram perceptíveis alguns traços, mas nada totalmente confirmado.

O Sensei entrou na sala e parecia preguiçoso além de demonstrar ser muito inteligente, seu nome só confirmou o que já estava duvidando. Nara Kaito, um shinobi de alto escalão que estava ali apenas para o primeiro dia da Academia, na verdade ele era como um Coordenador da Academia e sempre visitava as turmas iniciantes e isto explica o fato de nenhuma turma começar no mesmo dia que a outra.

-Como já devem saber, a vida de um shinobi não é fácil e muito menos divertida. Somos treinados para sobreviver nos mais variados tipos de situação e antigamente éramos usados apenas como armas... - Bocejou e continuou como se não fosse nada - Mas os tempos mudaram e atualmente com está paz que está reinando temos um papel mais humanizado na sociedade, se é que posso dizer isto...

Ele estava contando sobre como é a vida de um shinobi e aquilo não me empolgava muito, mas sabia que conseguiria contornar a situação e sair da vila quando fosse forte o bastante para cuidar de mim mesmo e explorar locais históricos. Por fim ele pediu que os alunos fossem levantando e apresentando a si mesmos para que ele pudesse iniciar uma aula básica sobre os princípios de um shinobi.

Em minha vez, no momento em que levantei vi uma cena terrível, chamas azuis percorreram a sala queimando tudo e minha visão escureceu totalmente. Quando abri os olhos novamente, senti como se tudo estivesse girando e minha visão estava bem turva, mas conseguia ver apenas uma coisa. Uma luz azul emanando no final de um longo corredor.

Mesmo tonto e me sentindo fraco, levantei-me e me apoiei em uma das paredes do corredor para caminhar até o final dele. No final consegui me sustentar em pé sozinho e quando olhei para a fonte daquele luz acabei me fascinando com o que vi.

Havia um gato com duas caldas em chamas azuis bem na minha frente, a única coisa que o prendia era uma coleira que o permitirá mover-se livremente dentro daquele espaço. Ao notar minha presença ele investiu e me atacou com suas garras, me ferindo no tórax e barriga, acabou me jogando contra uma das paredes e ali ele não me alcançava.

-Vou lhe matar!! Só assim saio desta maldita prisão!!! – Seu tom de voz era grave e hostil, além de ameaçador. – Malditos humanos!!! Sempre nos prendendo para servir de arma!!! Preciso de minha vingança!!!!

Mesmo naquelas condições acabei rindo com tudo aquilo, sabia muito bem quem era e agora tinha certeza sobre as histórias dos antigos jinchurikis. Olhei para o monstro gato e sorri.

-Não quero usar seu poder, que tal fazermos um trato??

-O QUE ACHA QUE SOU??? UM BRINQUEDO??? – Era notável sua ira e seu tom de voz irônico, mas não poderia recuar.

-Eu quero conhecer o mundo e descobrir coisas nunca descobertas. Este é meu jeito ninja!! – Parei de sorrir – Mas preciso de alguém que me proteja, então que tal?? - O monstro parou e sua expressão demonstrava ser perplexo, afinal um ninja que não queria poder era estranho e na verdade este ninja só quer descobrir o mundo. – Quando descobrir os mais valiosos segredos eu prometo lhe libertar do meu corpo e deixar ser livre, para ajudar ainda crio um fuuin para impedir que seja selado. Então o que me diz!!

-É louco em oferecer isto a um bijuu!! Mas... – Ele acabou gargalhando – Sinto que vamos nos dar bem, entretanto não será capaz de lembrar de nada de sua vida enquanto não conseguir utilizar meu poder!! TRATO FEITO!!

Tudo escureceu novamente e quando me dei conta acordei no hospital, só lembrava que meu nome era Kanou e que pertencia ao clã Uzumaki. Uma enfermeira disse que fui o responsável pela destruição da academia, havia chamas azuis por todo meu corpo e estava louco destruindo tudo. Ela ainda falou sobre um ferimento que era impossível de ser curado e que deveria me acostumar com ele. Era muita informação para aquela situação.