Aimi

Fui saindo do lugar até voltar para os telhados da vila. Pronto agora estou na pior, tenho que enganar o Kage e ainda encontrar alguém para incriminar, tarefa fácil não é? Bom vamos lá, podia usar o policial para não ter que eliminar dois, mas o problema que ele não deu as duas missões para mim, deu a do policial para Akroma... Ligar as duas seria bastante arriscado, risco que não devo tomar com tantos olhos pela vila.

Akroma

Vamos recapitular, tenho que matar o policial antes dele chegar a delegacia, espero ter tempo ainda. Saltei pelos telhados até ficar em um que dava vista para os portões de Konoha, lá fiquei plantando guarda até ver o policial e os dois Gennins. Depois de algum tempo de espera, finalmente! Avistava eles passando os portões, seria complicado matar ele dentro da vila, mas era o jeito. Para a minha sorte eles se separavam pouco depois de passarem o portão, parece que estão facilitando a minha vida, hora de agir. Fui saltando pelos telhados seguindo o policial, quando fiquei um pouco adiantada eu saltei em uma esquina e dobrei para a rua que ele estava, vindo na minha direção por sinal. Parei na frente dele, como interrompesse sua passagem e ele acabou por parar também, parecia um pouco confuso, mas falou - Precisa de algo senhorita? - Eu o respondi sem demoras - Sim, me siga por favor é de extrema importância - Corri para não dar tempo dele rejeitar o meu pedido ou fazer perguntas, obrigando ele a agir um pouco por impulso ou instinto, como vocês preferirem chamar.

O policial caia no meu truque, não sei se por estar cansado da missão que fez ou pela minha aparência... Bom, também podia ser por outro motivo qualquer. Segui com ele para a área de treino, até pensei em ir com ele diretamente para uma floresta isolada, mas ele iria desconfiar, então segui para uma área de treino de equipe ao qual eu sabia que estava inativa, com alguma sorte ninguém iria nos ver por ali. Ao chegar nela parei e ele parou em seguida me perguntando - O que houve? Não me explicou ainda - Virei e olhei para ele em seus olhos, enquanto falava - Não sei o que fez para merecer isso, entretanto tenho que cumprir minhas ordens. Porem não tenho coragem de lhe atacar sem aviso, então se prepare... - Aquilo era um fato, ele era do Clã Uchiha, local aonde fui acolhida e clã que eu pertencia, tinha que ter o minimo de respeito pelo menos e consideração.

O policial era pego de surpresa, mas se recompunha rapidamente, assumindo postura de defesa e falando - Não sei o porque quer fazer isso, mas sinto lhe dizer que será derrotada aqui e a interrogarei até descobrir quem enviou atrás de mim! - Seu sharingan logo se mostrava para mim, com um olhar que devo admitir que era ameaçador, ainda mais vindo de um policial shinobi, estes recebiam um bom treinamento para estarem preparados para diversas adversidades.

Agora era um caminho sem volta, entrei em postura de combate também. Quero terminar logo com isso, o tempo não esta ao meu favor! Quando fui me mover senti algo de errado, o meu pé parecia estar grudado ao chão, olhei para o chão para ver se estava presa em algo, mas não havia nada de errado, mas é claro! Genjutsu, o que mais poderia esperar de um usuário desse clã? - Kai! - Um Fuuin meu se rompia, quando retomava a realidade já via uma lamina próxima a mim, era uma Katana ao qual nem imagino de onde ele tirou, aproveitou meu deslise para tentar me estocar em meu peito, até ariscaria dizer que estava visando próximo ao meu coração. Infelizmente para ele o meu reflexo chegou a um nível quase que instantâneo, dificilmente algo me surpreendia o suficiente para eu não ter uma tentativa de reação. Usei o meu quadril e pernas para fazer o o meu corpo girar, fazendo o mesmo passar quase raspando por minha roupa e por fim passando por mim. Os olhos dele pareciam tentar acompanhar os meus movimentos, mas creio que o corpo dele não era tão rápido para responder a tempo.

Depois do policial passar direto, eu preparei para a minha parte do serviço, avancei antes dele conseguir se virar, atacando como se minha mão fosse uma lança, visando suas costas, como se eu fosse a perfurar, mas para ser exata eu tinha mirado em sua coluna. Em um curto intervalo de tempo atravessei a distancia de mim até ele, perfurando sua carne e pegando a sua coluna com a mão nua, aquilo era o fim dele sem duvida, segurei ela e o chutei com o meu pé direito para jogar o seu corpo para frente e romper a coluna. Seu corpo voa para frente e eu ficava com uma parte de sua coluna na minha mão. Admito que não me orgulhava do que fiz, mas.. - Espere?! - Girei o meu corpo, enquanto aquele que eu pensava ser ele se desfazia em água. Já vinha ele atrás de mim com sua Katana para me acertar pelas costas, tinha que admitir ele tinha bons truques na manga, talvez se tivesse treinado o tanto quanto eu, ele seria um grande desafio. Com o braço esquerdo fiz um movimento lateral, espalmando o braço armado dele, desviando ele de mim e com o direito dei um soco devastador em sua barriga, este era o que eu costumava usar para destruir grandes áreas, o efeito disso resultava no abalo de todo o sistema dele, deu para escutar alguns estralos de ossos se partindo por grande parte do seu corpo. Mais parecia o efeito de uma pedra na água, uma onda se espalhava tendo a pedra como centro, abalando toda sua superfície.

Sangue saia de sua boca no mesmo momento, passando por cima do meu ombro, caindo no chão atrás de mim. Esse era o sem fim, sem duvidas. O seu corpo iria cair por ali, mas soltei o seu braço e o segurei junto ao meu corpo, fazendo que sua cabeça fica-se acima do meu ombro, repousando sobre ele. Então eu falei - Me desculpe! - Continuei segurando ele junto a mim, tentando dar ele algum conforto nos seus últimos momentos. Aos poucos fui o levando ao chão, até eu sentar deixando sua cabeça em meu colo, ele olhava para mim, aparentemente não estava mais sentindo dor, como se fosse um alivio nos momentos finais, parecia ser capaz de falar ainda, mas não soltava nenhuma palavra para mim, talvez fosse melhor assim, meu remorso seria menor. Entretanto depois de alguns minutos ali com ele, ele falou com certa dificuldade - Você parece um anjo - Aquilo foi quase uma facada no meu peito, palavras as vezes doem muito. Algumas lagrimas escorreram dos meus olhos, foi então que me recordei de algo. Quem sabe isso lhe daria uma passagem mais agradável ao outro mundo.

Removi do meu fuuin um instrumento, conhecido como Koto, coloquei ele no chão a minha frente e mantive a cabeça do policial sobre o meu colo e comecei a tocar para ele, até ele partir desse mundo.

Citação :

Akroma

Depois de tocar por algum tempo para o policial, ele finalmente ia para o mundo dos mortos. Parei com o instrumento e guardei em meu fuuin, em seguida limpei minhas lagrimas, levantei-me e olhei para os lados falando - Sei que estão por aqui, acredito que queriam o corpo dele - Eu estava certa, surgia um ANBU para apanhar o corpo. Devido aos meus olhos pude notar que havia uma camada de chakra sobre ele, como se estivesse a usar um henge ou alguma técnica similar, isso me deixou bastante curiosa, mas não era momento disso. O anbu ou falso anbu, pegou o corpo e sumiu floresta a dentro, enquanto eu sai dali... Minha parte estava feita.

Aimi

Nossa, a outra já concluiu e até agora não veio nada na cabeça... Usuária o corpo do policial como suspeito pela invasão no hospital, entretanto me recordei que não tenho informação alguma do hospital, apenas que os dois shinobis fizeram movimentos suspeitos não sei aonde! Tentar achar o suspeito do hospital seria entregar nossa farsa, coisa que não posso fazer. Espere um pouco! Não preciso fazer isso diretamente! Se eu obrigar alguém a tentar invadir o hospital, o foco ficará voltado a ele. Entretanto se pegarem ele poderão ler sua mente e ver que tem algo de errado... A não ser que ele morra na tentativa de invasão de forma que nenhuma leitura seja possível... É isso!

Preciso achar o nosso salvador sem que os capatazes do Kage me veja junto a ele, se não ira suspeitar. Ah, já sei... Preciso ser rápida para não levantar suspeitas, mas antes... Tenho que passar no gabinete para falar das duas missões ou melhor... Durante! Passando pela porta da sala do Kage eu me deparava com o meu pior problema, o enganar.

Desconhecida

Acredito que ele não esta com os olhares voltados a mim, será mais fácil assim e você vai me ajudar! Acariciei o corvo em meu ombro. Andei por dentro de uma casa qualquer que estava abandonada a algum tempo, até chegar em um piso falso, removi o mesmo e o corvo fez o papel dele deixando o solo maleável para passarmos. Após alguns minutos acredito que chegamos em nosso destino, removi com cautela o piso acima de nos dois e sai do chão, em seguida o fechando. Andei pela casa lentamente para não fazer muito barulho, até dar de cara com quem eu procurava, lá estava ele deitado sobre a cama, dormindo para a minha sorte. Tratava de um shinobi muito fiel ao antigo Kage, ele era o suspeito perfeito para isso, alguém mais que a maioria teria grandes motivos de invadir o hospital e procurar pelos culpados. Acho que não preciso dizer que incriminar ele e o matar não era algo agradável para mim, mas para onde quer que ele vá depois de morto, acho que ficará feliz pelo papel que ira desempenhar. Espero que ele me perdoe, porque dificilmente eu vou me perdoar.

Aquele homem se tratava de um Chunnin, que era muito esforçado para tentar se tornar um discípulo do Kage, muitos sabiam sobre sua vontade, então com um pouco de pesquisa os subalternos do atual Kage conseguiria ligar as coisas e acreditar no ataque dele ao hospital. Por sorte, ele não era do tipo cuidadoso, poderia fazer muito bem a besteira de tentar uma segunda invasão e isso que ele iria fazer! Aproximei até ele e de forma desonrosa, removi duas laminas de minhas mangas e enfiei nele, o meu chakra já começava a agir, ele acordava com a dor mas não conseguia reagir devido a minha influencia, foi quando enfiei mais algumas laminas. A medida que eu enfiava, virava a lamina para quebrar a parte saliente, assim não viriam que tinha varias coias enfiadas nele, por ultimo ele não tinha mais como resistir. Retirei ele da cama e fiz ele vestir outra roupa, a sorte que não havia sangramentos ao usar aquela lamina, dei alguns papeis bombas para ele e manipulei ele para ir em direção ao hospital, enquanto isso fiquei limpando as provas de minha passagem na casa dele e do caminho feito pelo chão, por fim eu me retirava.

Desconhecida

Meu papel estava concluído, mesmo que encontrassem o caminho no chão podiam pensar em um possível local de fuga daquele shinobi. Quanto suas roupas e lençol os eliminei para não verem os furos e graças a minha luva de tecido não deixei as minhas digitais... Era o momento de sair de cena.

Aimi

A ultima encenação seria a minha e a mais perigosa por sinal, teria que enganar o Kage da vila, tarefa bastante difícil ao qual bastava um único sinal meu para ser condenada e eliminada por ali mesmo.

Trespassando a porta do Gabinete, avistei o Kage sentado em seu trono. Fechei a porta e fiz uma reverencia a ele, me aproximando. Aquela voz intimidadora logo surgiu de sua boca - Espero que tenha concluído seus serviços, já recebi noticia que Akroma concluiu a missão que pedi para você a passar. - Escutei atentamente e em seguida respondi com firmeza - Missão concluída senhor, acabei tendo que usar da força para interrogar o Aburame, entretanto concluí que os dois suspeitos estão limpos. Eles estavam juntos na casa de Hakufu, suspeitei da reunião deles, fazendo eles me falarem do que se tratava a mesma... Aburame estava doente recentemente e estava sendo ajudado pelos outros dois shinobis a se recuperar. - Conclui aguardando ele fazer algum comentário ou me dispensar.

Ele parou alguns segundos olhando para mim nos olhos, talvez esperando que eu fraqueja-se, entretanto me mantive firme... Ele então falou - Fiquei sabendo da destruição que você fez lá na casa de Hakufu, deu para ser ouvida nas ruas. Porem... - Ele se levantou e andou em minha direção e falou - Não tenho certeza de quanto verdade existe nisso. - Ele falou em um tom ameaçador, eu tinha que fazer algo para ganhar tempo do chunnin fazer sua parte da encenação, então falei - Se o senhor não possuir confiança em sua serva, eu posso tirar a minha vida para que não se preocupe com suas duvidas quanto a mim, só preciso do seu consentimento - Saquei uma kunai, mas não de maneira brusca, para ele não pensar que eu ia o atacar. Com a Kunai em mãos segurei ela invertida, com a ponta encostada no meu pescoço e fiquei aguardando sua ordem. O Kage olhando para mim se abaixou e com a mão direita tocou o cabo da Kunai a empurrando devagar contra o meu pescoço, não fiz força contraria, a mesma começou a espetar até romper a pele fazendo um pequeno furo, ele sorria e parava falando - Por hora você continua viva, mas...

Aimi

A conversa era interrompida por um anbu que adentrava a sala, o Kage olhava para o mesmo com raiva - Como ousas me interromper?! - O anbu respondia - Desculpe senhor, é importante, encontramos um invasor no hospital - O anbu olhou na minha direção como se espera-se alguma autorização, o Kage mandou ele continuar, ele então explicou - Encontramos um invasor no hospital, os encurralamos, porem ele não se deu por vencido e acabou tendo uma morte desastrosa levando alguns anbus juntos a ele. Uma das saladas do hospital foi completamente destruída com a explosão... Não sobrou nada dele, porem um dos anbus que sobreviveu conseguiu o identificar. Tratava-se de Yamikuza um Chunnin de Konoha, aquele que era o mais próximo do finado Kage.

O Kage coçava o queixo e falava - Quem diria, o traidor ser exatamente o mais próximo dele, ele deve ter matado o Kage e foi limpar alguma pista deixada para trás, mas porque... - Olhou para mim e falou - É pelo visto o seu pescoço esta a salvo. Pode ir embora.

O plano tinha dado certo, era mais do que normal Yamikuza ser o autor da investigação do hospital após a morte do Kage, aquilo salvava a pele do Hyuuga e do Aburame, além da minha parcialmente pois dizer a verdade já me salvaria, retirei-me do lugar, logo os dois saberiam do sucesso da missão ou pelo menos teriam ideia do acontecido, devido a explosão que podia ser notada nas proximidades do hospital e logo seria espalhada pelo povo, obrigando o Kage dar alguma nota de esclarecimento, chegando dessa forma no houvido dos dois sem necessidade do meu contato físico com eles.