Uma grande casa localizada dentro do complexo do clã Hyuuga. Possuí 5 quartos e todos possuem banheiro próprio, um dos quartos é grande e amplo com visão para a frente da casa e este pertence aos pais de Yukito; os outros 4 quartos possuem o mesmo tamanho e são localizados no segundo andar da casa.
Uma sala de estar que é pouco usada de tamanho médio; uma cozinha grande com sala de jantar dentro dela; no subsolo uma grande biblioteca que poucos sabem sobre sua existência. Atrás da casa um grande dojo que é utilizado para treino. Possuí um banheiro no primeiro andar.

Um homem despreocupado, simpático e brincalhão. Possuí cabelos vermelhos e Yukito herdou os seus dele que é seu Pai. Sempre que possível submete Saya a longos treinos para que possa superar a habilidade de Yukito que possuí talento para ser shinobi. Além de dominar toda e qualquer técnica do clã Hyuuga possui um estilo de combate baseado na utilização de espadas o que o torna um adversário muito poderoso.

Yukito herdou as habilidades da Mãe, ela possui grande flexibilidade e agilidade o que lhe proporciona golpes precisos e rápidos. Não conhece todos os jutsus do clã Hyuuga, mas possuí diversos jutsus próprios que nem mesmo seu parceiro e marido Hayato sabe. Caridosa e muito preocupada com todos ao seu redor, talvez seja ela que influênciou a personalidade do Yukito.

Diferente de Yukito, Saya herdou as habilidades de Hayato assim como parte de sua personalidade. Ela acaba discutindo ou brigando sempre que pode com o Yukito, mas isso porque sente um pouco de inveja pela posição de seu irmão, mas ainda sim gosta dele. Saya é habilidosa e muito atenciosa aos seus amigos, sabe um poouco menos sobre os jutsus do clã Hyuuga, mas ainda sim possui grande habilidade.

Já havíamos deixado o dojo e partido em direção a um banheiro que se localizava no primeiro andar da casa. Estava contente por ganhar um aluno tão habilidoso quanto Kurata, mas precisa saber mais sobre suas habilidades e seu modo de pensar, não gostaria de ter surpresas durante alguma missão. Após a higienização das mãos, todos foram a cozinha onde minha Mãe já havia disposto na mesa a refeição para seis pessoas. Sentei-me na ponta da lateral direita e como sempre meu Pai estava em uma das pontas e minha Mãe na outra os permitindo ter visão total da mesa, Saya sentou logo a minha frente e com Kurata ainda sobraria uma cadeira vazia.

-Desculpem não informar sobre meu aluno, mas foi uma surpresa para mim também... - Falei para todos enquanto me servia com um pouco de arroz - Seu nome é Kurata e foi ou ainda é um dos alunos da Hakufu, a minha Sensei de Medicina que está impossibilitada de exercer sua função como kunoichi... - Olhei para Kurata e aproveitei para apresentar minha família apontando para eles enquanto falava - Este é meu Pai que se chama Hayato, esta é minha Mãe chamada Maya e está é minha irmã Saya!

-Prazer em conhecer Kurata! Você tem alguma namorada? Porque o Yukito não tem! - Meu Pai começou a gargalhar com sarcasmo e eu simplesmente o ignorei, já sabia que haveria algum tipo de brincadeira vindo dele.

-É um prazer conhecer o primeiro aluno do meu filho, se precisar de algo eu farei o possível para ajudar! - Como sempre minha Mãe finalizou sorrindo e falando gentilmente.

-O... Oi... - Saya estava ruborizada e eu não sabia o motivo, talvez ainda estivesse com vergonha do havia ocorrido.

-Sabe estou curioso até agora... - Interrompi o fluxo da conversa, afinal deveria sanar minha dúvida - Você parece ser uma boa pessoa, mas por algum motivo deve ter sofrido algum trauma, se não quiser falar sobre ele tudo bem, mas... - Olhei para o Gennin - Como meu jutsu de raiton não fez efeito em você?

-Clã Herikeki...

Acabei por deixar transmitir minha dúvida com aquele clã, mas preferi não complicar mais a situação com perguntas. O almoço foi tranquilo, as conversas a parte continuarão e até mesmo Saya começou a se soltar mais. Após o almoço ainda passamos algum tempo conversando e trocando informações sobre nossas habilidades e obviamente não contei nada sobre Hachibi, afinal não sabia como ele reagiria.

-Bom... - Sorri olhando para o Gennin - Pode fazer o que bem entender hoje, tenho alguns assuntos pendentes a resolver e com a atual situação de nossa vila acredito que não haverão missões até ser feita uma decisão... - Já estamos no quintal da minha casa - Tenho que me tornar mais poderoso e não posso simplesmente cruzar os braços e aguardar... Se precisar de algo, pode me procurar a qualquer momento, mesmo que seja só para ter com quem conversar!

Sorri e continuei ali sentado em um dos bancos do jardim, o assunto que deveria tratar era a aprendizagem de um jutsu de rank elevado e não poderia levar Kurata comigo, afinal coisas ruins podem ocorrer quando manipulo meu chakra.

"Será aqui?" - Pensava o rapaz, após muito matutar e rondar por alguns minutos aquela rua. Depois do chumbo de todos no Exame Jounnin devido ao estado de saúde do Hokage, o funeral que se tornou numa ressurreição e algum tempo de treinos de um novo estilo com Santaku, Katayo estava finalmente pronto para ter aquela conversa. - "Eu vi como ele usava aquele chakra. Tenho de saber se terei hipóteses de o fazer também."

Uns meses atrás teria pensado que o melhor seria deixar Nanabi descansada sobre as suas grades, mas depois dos últimos acontecimentos, nascia no Aburame a vontade de aprender a controlar poder além dos limites humanos. Quem sabia se não necessitaria dele numa crise qualquer? E Hyuuga Yukito era a pessoa certa.

Bateu na grande porta de madeira e esperou, não querendo invadir propriedade aleia. Estava no bairro Hyuuga e não queria qualquer confusão.

"Espero que ele esteja disposto a ajudar-me..."

O tempo até que estava ameno, mas nada o fazia esquecer que aquela estranha situação de Fiora ainda pairava no ar. Até Konoha estava numa crise política devido a isso. Só esperava poder aprender a proteger a sua vila natal de uma forma mais eficiente da próxima vez que alguém atacasse.

Kurata já havia saído de minha casa e até esperei que ele dobrasse a esquina para começar a arrumar minhas coisas, não sabia quanto tempo ficaria fora, mas não queria passar mais de uma semana. Aquele incidente com o Hokage fez com que eu temesse o pior e havia uma escolha a ser feita, passar a temer e continuar fraco ou me tornar forte e impedir que qualquer outra coisa ruim aconteça, já havia decidido e por isso iria para as montanhas para treinar o jutsu que o velho Kashi passou não só a mim como aos outros integrantes naquela missão.

Com minha mochila nas costas, sai de meu quarto e avisei aos meus Pais sobre meu plano, como sempre Saya estava escondida apenas me observando e talvez me seguisse para as montanhas, mas não poderia impedi-la, afinal eu fazia o mesmo com o Papai. Passei pela porta da minha casa e quando fui ao grande portão de madeira para o abrir, escutei três batidas levez que até me assustaram, afinal uma situação como aquelas era raro acontecer e não sabia o porque, mas tinha uma sensação que seria uma visita que mudaria meus planos. Ao abrir a porta acabei o reconhecendo, tratava-se de Katayo, um amigo do Tatsuo que participou do ultimo Exame Jounnin e assim como eu havia chumbado.

-Katayo-kun... - Transmiti minha surpresa, mas não poderia deixar a situação daquele jeito - O que deseja?

Esperei uma resposta do Chunnin e como sempre sorria de modo a tentar criar uma nova amizade, afinal sempre que possível tentava criar amigos.

-Bom dia... - Respondi logo após a cortesia de Katayo e escutei o que tinha a dizer, devo afirmar que fiquei ainda mais surpreso. Afinal eu não possuía uma grande relação com ele e já estava surpreso por isso, mas ele me revelou ser um jinchuriki com problemas. Sorri. - Entendo... Bom, não é muito fácil dominar esse poder... - Não queria transmitir nada negativo, na verdade o oposto - Eu só consegui porque o Hachibi é um monstro legal, meio rabugento e grosso em seu modo de agir, mas esta apostando em meu poder...

Percebi que poderia acabar confuso com tudo aquilo e parei por um instante, notei que havia uma pessoa a nos vigiar e não poderia deixar que escutasse mais sobre aquela conversa, já sabia quem era, suspirei.

-PARA DE ME VIGIAR, VOCÊ NÃO TEM NADA PARA FAZER? - Olhei para frente após gritar e lembrei que Katayo estava na minha frente e poderia entender que aquilo foi com ele. - Me desculpe Katayo, mas minha irmã... - Lancei uma kunai contra a parede que acabou rasgando um disfarce simples de academia - É muito curiosa!


-Oniichan... - A garota saiu ruborizada do seu esconderijo falho e adentrou na casa.

-Bom... - Voltei a olhar para o Chunnin e sorri - Eu vou lhe ensinar, mas precisamos de um local sereno e sem muita movimentação... - Comecei a pensar, mas não vinha nenhum em minha mente. - Conhece algum?

Yukito apresentava a premissa de que era possível sim, mas com ele isso acontecia porque o seu demónio emprestava de livre vontade o seu poder. Katayo não sabia se isso seria possível ou se Nanabi estaria ao menos interessado em cooperar depois de Tatsuo o ter encerrado nele. Mas o Hyuuga dava algumas esperanças e isso era bom.

Depois o Aburame percebeu alguém por perto e logo após isso o outro rapaz também, começando a gritar para o ar, mas Katayo percebeu de imediato que não era para ele. Depois lançou uma kunai e retirou o disfarce da irmã, uma rapariginha pequena e ainda inocente.

- Não tem problemas. Ela dará uma boa kunoichi se continuar assim... - Comentou ele, sorrindo e vendo a jovem a fugir para casa. - Bem, conheço uma clareira nas redondezas de Konoha, costumo lá ir para treinar e é só meu. Calmo e sem movimento. Acha bom? - Propôs, disposto a mostrar-lhe o caminho até lá. Aquele assunto ficaria mais perto da resolução naquele mesmo dia.

Naquele momento sentiu uma mexida no chakra e um aumento considerável do mesmo, seguido do seu desaparecer completo, quase como se o demónio percebesse o que se estaria perto de acontecer.

"Se eu te mantive estável e sem problemas até agora, não será quando te tentar tirar algum chakra que vou ceder." - Mentalizou.

Tudo estava complicado para aquela semana, minha parte do plano seria rastrear a digital e para isso utilizaria o fuuin criado por Katayo em conjunto com meu byakugan, uma combinação perfeita para o caso. Obviamente deveria tomar cuidado para não me encrencar com a ANBU e muito menos levantar suspeitas do estava a fazer. Era arriscado continuar daquele jeito e decidi que já não poderia mais me arriscar pelo resto do dia. Fui para minha casa, onde tomei um belo banho e ao abrir a janela do meu quarto notei algumas poucas sombras a se moverem, mas não demonstrei dar atenção, pois sabia que estavam ali me vigiando. "Não vou me render facilmente, preciso descobrir o máximo de coisas possível!"

Aquela noite estava a ser a pior de todas, ao ponto de que Katayo não aguentou mais a espera. A sensação estranha e a investigação suspensa no ar deixaram-no a querer cada vez mais ao complexo Hyuuga falar novamente com Yukito e saber finalmente o que se passava com Konoha, se era que o rapaz sabia já com a ajuda com Fuuin que ele criara.

Já era muito tarde, mas a curiosidade batia mais alto. Para seu azar quem o atendeu foi um familiar dele, que se surpreendeu também por ele ter desaparecido do quarto. O Aburame agradeceu e saiu dali rápido.

- >>Será que se passa algo? Porque Yukito não estará em casa a uma hora destas?<< - Pensou em vários sítios, um dos quais o cume da cabeça dos antigos Hokages, onde eles se encontraram um dia, naquele dia que toda o mistério da vila estava a tentar ser desvendado pelos dois. - >>Só conheço mais um lugar depois desse onde o posso procurar.<<

Estava a lixar-se para que a ANBU o continuasse a vigiar, mas não via ninguém e os Kikais não alertavam para perigo nenhum. Se existia melhor momento que tentar voltar a contactar Yukito, Hakufu ou até Aimi era aquele.

Uma péssima noticia, talvez a pior noticia que eu poderia dar para uma família. Ainda teria de conseguir uma desculpa que não envolvesse Aimi, pois ela apenas concluiu seu dever no momento e o verdadeiro culpado ainda estava oculto, então seria inútil comentar sobre o Fuuin e eles poderiam querer procurar sobre ele o que resultaria em uma grande tragédia. Mesmo que Maya e Hayato Hyuuga sejam os shinobis mais poderosos que eu já havia conhecido ou poderia chegar a conhecer.

-Como explicar sem ocultar os fatos e não omitir verdades...

Mal havia notado e já estava frente à casa de Yukito. Entrei quintal adentro e bati na porta levemente por três vezes, após algum tempo sua irmã Saya veio me atender e fui convidada para um chá na sala de estar da casa. Como esperado daquela família Hyuuga, todos são perfeitamente educados e muito alegres, mas por mais que tentassem me fazer rir ou me sentir bem, não havia efeito.

-Você parece abalada... – Maya falou com seu tom gentil de sempre.

-Tenho uma coisa a dizer e peço que não me façam perguntas. Apenas me escutem, pois será muito difícil para mim... – Suspirei enquanto todos fizeram uma expressão séria – Um grande shinobi é marcado por defender a vila mesmo que custe sua vida e nem sempre é reconhecido por isso. Este mesmo shinobi possuiu grandes amizades e nunca deixava seus amigos em segundo plano, assim como sua própria família que estava acima de tudo... – Uma lágrima começou a escorrer em meu rosto, todos já pareciam saber o que vinha a seguir. – Yukito foi um grande shinobi!

Emoções foi o que não faltou naquele momento. Saya correu para seu próprio quarto e se trancou, Maya se jogou nos braços de Hayato que ficou estático sem reação. Fiquei ali parada por cerca de duas horas e meia, todos já não tinham mais lágrimas para soltar e todos permaneceram em silencio por mais de uma hora, apenas um olhando para o outro.

-Hakufu-san... – Saya se aproximou de mim com uma espada em mãos. – Sei que deve ser dolorido, mas não tenho qualquer habilidade para manipula-la e ninguém aqui terá mais coragem de encará-la, por isso.. – Ela começou a chorar – Honre o espírito de meu irmão com a arma dele, assim ele sempre estará vivo protegendo Konoha com seu poder...

-Tudo bem...

Não conseguia mais demonstrar qualquer emoção, apenas estendi minha mão para segurar a espada e após algum tempo a segurando, deixei todos comentando sobre quando ocorreria o enterro e possivelmente eu não estaria na vila no dia, devido a missões, mas na verdade me referia a investigação sobre sua morte. Sai daquela casa com a espada Ryujin em mãos prometendo descobrir o culpado por tudo aquilo.