Com tudo já pronto, só lhe restou deslocar-se o pequeno caminho que ia da sua casa no lado este de Konoha, até aos grandes portões. Logo que os dislumbrou ao longe, ficou curioso por olhar para todos os presentes por aquele local e descobrir quem é que afinal o iria acompanhar naquela missão. Já sabia que Tatsuo não serie, então quem? Susuki, Hakufu, Yasushi, Keitarou, Hiroshi?

Afinal quando passava pelo longo corredor de árvores à esquerda e à direita da saída, alguém saiu de uma árvore tão rápido que quase levou o Aburame ao sobressalto. Quem de lá saia era Santaku, com o seu manto carmim vestido sobre as roupas esquisitas e cheias de artimanhas.

- Finalmente chegaste.

- Irá acompanhar-me Santaku-sensei?

- Sim, pedi ao Hokage. Acho que já que terias uma missão a solo, te pudesse acompanhar para que esteja lá e te ajude a melhorar no teu treino. Tens levado as armas todo o dia como eu te disse? - Começavam a andar para a saída.

- Sim, só as desaperto quando me deito, mas coloco-as logo de manhã. - O mestre tinha dito que seria bom ele e a arma serem quase um só. E isso só se iria obter caso Katyo as usasse o maior tempo possível.

- Bom, acho que para dormir não faz mal. Mas se nesta missão tivermos de dormir, não te permito que as tires, pode ser?

- Pode. - Já tinham atravessado os portões e estavam agora a pouco mais de 80 metros da vila.

- Que tipo de missão é esta? Importaste que veja o pergaminho? - Sem lhe responder, entregou-lho e deixou o homem ler. Ele acenou e entregou-o novamente ao Chunnin. Começaram a correr por entre as florestas e a saltar nas árvores pouco depois.

- Muito bem, estamos a chegar.

A vila de Konoha brilhava como sempre ao longe, com os seus longos portões abertos. O dia estava igual ao que partiram, pois como era habitual o país do fogo não tinha grandes variações de temperatura e ambiente.

Deram entrada sem grandes dificuldades na entrada pela guarda que se apresentava de momento, um Chunnin e dois Jounnis e começaram a deslocar-se para as ruas mais movimentadas, mesmo que depois de um tempo, Santaku tivesse pedido o relatório que o Chunnin fizera antes de partir da pensão e também o pergaminho da missão.

- Vai descansar rapaz, tiveste uma missão complicada e cansativa. Eu entrego isto ao Hokage. Volto amanhã a tua casa para ver como estás e para fazer-mos mais um treino. Acho que está na altura de aprenderes algo novo com as tuas lâminas.

- Ok, lá estarei. - E assim o mestre avançou e o Aburame tomou outro caminho, directo para casa. Talvez dormisse mais umas horas, só saberia quando se deitasse novamente na cama.

Depois da cansativa missão no País do Ferro, chegou ao calor do seu país e pode retirar a capa branca. A partir dali não parou mais, pois estava a pouco tempo de voltar a Konoha. As florestas convidavam-no a infiltrar-se nelas e desfrutar mais uma vez o doce aroma primaveril que estava sempre ali presente.

Pouco mais de meia hora depois, os portões da vila estavam já à vista. Katayo nunca teve muita ligação com o sobrenatural, mas quando cruzou os portões, achou algo estranho. Seriam os Kikais a vibrar com algo? Não deveria ser nada demais.

Apresentou-se nas guaritas da entrada para entregarem eles o relatório da missão e conversa para cá, conversa para lá ficou a saber que um novo kage estava agora em poder. Pelos vistos era um irmão desconhecido do Sarutobi, de ser nome Oroki. Pelo menos Konoha estaria estável naquele momento e talvez passasse pelo gabinete no dia seguinte para pedir algo que fazer e conhecer finalmente o novo líder.

>>Konoha vai ultrapassar isto, eu sei. Nós somos fortes. Esses da Fiora não podem fazer nada contra a vontade do fogo e eu serei um dos que vai derrota-los...<< - Encheu-se de esperanças e foi descansar.

O esperado comunicado chegou pouco depois e realmente Katayo pode ver como Aimi tinha razão ao dizer que conseguiria dar um jeito de irem para fora da vila. Um mensageiro foi-lhe entregar em casa dois pergaminhos distintos com missões também distintas e sem um tempo estipulado para serem feitas. O plano poderia resultar pois sem horários, podia aproveitar momentos entre missões ou antes mesmo de as fazer para se reunir com as kunoichis.

>>Pedra da Hortelã, País da Grama...<< - Pensava enquanto lia os pergaminhos, mesmo antes de cruzar os portões. Um deles devia ser realizado naquele mesmo país. - >>Será mais sensato começar por cumprir a de lá, espalhar alguns insectos e esperar que Aimi se lembre da missão que me mandou e do local por onde eu posso ter passado para as realizar.<<

Não houve qualquer problema na passagem lá para fora, mas de um momento para o outro, Katayo sentiu quase como um alivio de espionagem. Mas ainda olhou uma vez para trás, para a sua terra natal.

>>Rezo para que estejas saudável como estás agora, dentro das circunstâncias, quando eu voltar... Mas terei de sair de Konoha para conseguir arranjar algum plano.<<

Correu depois de se afastar 10 metros da vila. Começou a lançar Kikais para ficarem alerta num perímetro grande. Não queria mais ANBUs e até não acreditava que Onoki mandasse um por missão, mas todo o cuidado era pouco.