Gennin - Konoha
O meu nome é Katsuo
Mensagens : 2507 Data de inscrição : 20/12/2009
| Assunto: Nara Katsuo Qua Jun 29, 2011 1:45 pm | |
| A lua brilhava incessantemente no céu negro, de branca cor, cheia, no alto das estrelas era tão única como sempre. Numa casa de madeira, entre as falhas entravam leves tons luares assim como uma suave brisa quente de verão, três pessoas sós estavam no quarto, um homem e duas mulheres, uma bastante mais velha que a outra, mas, mesmo assim, duas mulheres. A mais nova, de vermelha face, gritava, de dor pressuposta, mas estava feliz. Gritava. Berrava. As forças faltavam-lhe. Gritava. Recuperava o fôlego. Berrava. Nascera, entre o sangue, plasma, dor e alívio Nara Katsuo, numa cabana distante de tudo e do nada, onde um riacho sussurrava o acontecimento. Era frágil, muito branco, e com os olhos negros, não emitira nenhum som ainda, sua avó, parteira da ocasião, batera-lhe, ainda nada, repetiria várias vezes o processo, mas nada. Verificaram porém que se mantinha estável a respiração assim como o batimento cardíaco, por motivo esse. O pai, conforme mandava a tradição, enterrou a placenta e o cordão umbilical no jardim, para que a vida da criança fosse fértil, e, a água do seu primeiro banho foi atirada do alto para o riacho, para que fosse um jovem corajoso. «Não chorou, não chorou… Não sei se é bom sinal… Todo o bebé chora quando nasce. Tu berraste que nunca mais te calavas, mas o teu filho… Nada…» Disse a avô preocupada, mas seu neto estava, tranquilo, terno, encostado ao peito de sua mãe com um leve sorriso na cara. Não havia, naquele momento, coisa mais bela. Os anos foram passados, e aquele silêncio natural de Katsuo era nítido agora, ainda que fosse saudável e curioso, pouco falava, passava horas fora de casa com uma mudez única e, por algum motivo, satisfatória. Entrou na academia e pouco mudou, não fez amigo algum que se conheça, mantivera-se sempre preguiçoso e calada, as pessoas não falavam para ele e ele não falava para as pessoas numa estranha simbiose. Cresceu e formou-se, recebeu a sua bandana com alegria e satisfação, mas sempre voltava a casa, que ele próprio ajudou a construir, com o seu pai e a sua mãe. E ali ficava, a ouvir o som dos pássaros, do vento entre as árvores, da Lua e do Sol. Como era suficiente essa vida…
- Spoiler:
Em obras
|
|