Hisou Togizoushi

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Gennin - Konoha
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Katsuo


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Hisou Togizoushi  Vide
MensagemAssunto: Hisou Togizoushi Hisou Togizoushi  EmptyDom Jun 26, 2011 4:22 pm

Hisou Togizoushi
Uma história Contada


O Sol já brilhava alto, e os seus raios entravam por entre os espaços da parede, ouviam-se berros, de dor, talvez, ou, então, de felicidade e liberdade. Uma pequena criatura, ensanguentada de roxa nascida, e, como sua mãe, gritava com força.
Nara Katsuo havia acordado para o mundo, como um símbolo do amor e esperança de seus pais. Ainda chorava, as lágrimas escorriam uma face suave e ainda frágil quando foi limpo e o separaram, para sempre, de sua mãe.
O garoto cresceu, era alegre e sociável, passava horas a ver o sol, a ouvir música que, a sua avó tocava só para ele, como com um encanto mágico e único, sentia-se especial por ouvir, sozinho, a sua avô, como se nada mais houvesse. Gostava também dos rios, lagos, das nascentes, das lagoas, da chuva, que às vezes caí e ele se molhava nela, da lama que se criava perto da sua casa e, ele rapaz, ia e sujava-se, mesmo sabendo que se seguia um raspanete, no fundo ele não se importava, sabia quão pouco os seus familiares se importavam se estava sujo ou limpo, querendo antes saber se estava bem. Sentia-se bem a tocar no vento, que não tocava, e no calor do fogo, que não provocava. Não havia uma actividade que o jovem gosta-se em particular, gozava fazer quase tudo, e, como tinha tempo, fazia-o e saboreava-o. Contudo a noite, como a qualquer criança, assustava-o, algo que lhe trouxe problemas durante alguns anos.
Quando tinha quatro anos foi para a academia, ainda sem realmente saber se queria, ou não, ser shinobi, mas, como seus pais e avôs o eram, embora não tivesse possibilidade de decidir o que quer que fosse, não se importou. Esteve quatro anos na academia, não porque soube-se pouca coisa, ou tivesse alguma dificuldade, mas sim porque ainda mantinha comportamentos próprios de uma criança e não de um shinobi digno, por esse motivo só com oito anos é que se tornou gennin, embora os seu sensei não o desejassem, devido às suas atitudes, que achavam eles serem ainda infantis, mas porque o Nara quase que podia dar as aulas sozinho, e era inútil mantê-lo na academia, ia acabar por crescer com as missões.
Enquanto gennin demorou cerca de um ano até ser colocado numa esquipa especifica, até lá ia fazendo missões com quem precisasse de apoio, conheceu muita gente, e aprendera, todos os dias coisas novas. Embora não fosse qualquer tipo de prodígio esforçava-se por melhorar, por se superar e conseguir novos progressos de si. Com nove anos, foi, por fim, integrado numa esquipa definitiva. Era composta por duas raparigas e pelo seu sensei, por isso foi uma adaptação difícil. O sensei era velho, mais velho que o seu avô, tinha uma barba grisalha, entrelaçada, mas era quase careca, os olhos, quando os mostrava, eram negros, o rosto mostrava sinais de violência, mas, o que mais marcou o jovem foi a sua calma, o seu sossego e raciocínio claro. E as raparigas… além de as serem, também eram mais velhas que ele, uma era loira a outra era morena, as duas de peles muitos suaves, e jovens, com olhos profundos, como só as meninas mulheres conseguem ter, como o Nara se encatava com elas, com o deslumbre da pura beleza. Contudo era bom ter uma equipa sua e não ter que andar de um lado para o outro, com calma foi tornando os companheiros em camaradas e, depois, em amigos.
Durante dois anos a equipa andou sempre junta, o velho sensei, embora velho, tinha muito conhecimento e foi fundamental na formação do Katsuo, ficou mais maduro, mais calmo e responsável. As duas companheiras podiam agora contar com ele para protecção, porque o Nara aproveitou os ensinamentos e tornou-se num óptimo rapaz, já não era a criança que porque gostava de poças de lama saltava sobre elas, que rebolava como os animais que encontrasse e fazia deles os seus melhores amigos, que por uma noite não chegava a casa limpo e asseado. Agora, tinha criado prioridades, a sua era tornar-se cada vez mais forte, mantendo-se sempre leal a si mesmo, ainda que por muitas ocasiões tivesse que resistir a várias tentações, mas conseguia manter sempre a sua infância guardada em si por cada chocolate ou qualquer doce que constantemente mantinha consigo.
Com onze anos o jovem participa no Chuunin Shiken e destaca-se sobre todos os outros participantes, por esse motivo passa sem dificuldade. As suas amigas acompanharam-no até à segunda, mas foram eliminadas no torneio. O seu tutor foi para o hospital de urgência no dia da terceira fase, o Katsu, mesmo sabendo das condições do seu professor participa no torneio, a mandato do mesmo, no final, depois de derrotar os seus adversários volta para o hospital, informa o sensei que ganhou, ele esboça, então, o seu último sorriso.
Aquele momento havia de o marcar para o resto da vida, a morte do líder da sua equipa nunca mais lhe saiu da memória, não como uma cena triste, mas sim alegre, ele tinha conseguido que o seu sensei morresse feliz, com a sua vitória no exame, e, por esse motivo, honrou sempre o compromisso de melhorar. Que se pode desejar mais na vida que morrer feliz?
Assim sendo decide que quer servir a vila de forma específica e fala com o Hokage para que este lhe ensine, ou arranje alguém que o faça, desejava ajudar os outros, permitir um prolongamento da vida, ou uma morte digna. Por interesse próprio investiga sobre medicina e tratamentos shinobi, autodidacta aprende praticamente tudo que havia para aprender nessa área e pede, então, transferência por uns meses para o hospital, embora soubesse a teórica precisava de treinar a prática. Numa questão dois anos tinha formação de fuuin-nin e medic-nin.
Assumiu a liderança da equipa de medicina, durante o resto do tempo que esteve no país da folha manteve esse cargo. Já estava longe a criança que brincava pelas ruas e ria-se. Devido a toda a sua formação perdeu parte da sua sensibilidade, ou se a tinha não a demonstrava, e parecia um perfeito shinobi. Na realidade a pequeno menino ainda lá estava, lembrava-se dele sempre que via uma poça de lama, ou olhava para o céu estrelado, mas, pelas circunstâncias tinha que se por de parte, não podia por em risco a sua equipa e os seus formandos, o melhor era, então, não mostrar sentimentos.
Devido a uma ideia inovadora conseguiu formar grandes espiões, ensinou, além da forma como obter informação, a maneira de como a manter. Treino-os a sofrer interrogatórios e simples técnicas médicas que, mediante a situação, podiam salvar vidas.
Aos dezassete foi promovido a jounin, como recompensa o seu avô forneceu-lhe uma invocação que lhe ia dar vários poderes, nesse mesmo ano perdeu a sua família, um ataque de uma vila vizinha destruíra a sua casa e matara todos que lá habitavam, embora não tivesse causado raiva ou rancor, esse dia abalou-o, e fez voltar-se mais e mais no trabalho como forma de se esquecer.
Ao regressar numa missão foi traído pela sua equipa, atacaram-no e levaram-no para longo do seu lar. Num gruta velha, onde os gritos de dor eram tão comuns como o pingar das gotas de água, que o sangue a escorrer pelas paredes eram tão vulgares como as rochas que a formaram. Foi interrogado vezes e vezes sem conta, não obtiveram nenhuma informação, por vários momentos pensou em desistir, tentara suicidar-se pelo menos três vezes, o desespero de não saber se alguma vez a tortura ira acabar, se em alguma circunstância ira regressar a casa, ao menos, com o suicido decidia alguma coisa, decidia a sua morte, e naquele não havia muito mais que desejar… Um dia, devido a todos os maltratos e carências básicas o corpo sucumbiu de vez, acordou no hospital por ele tão conhecido. Num processo humanamente natural alguma coisa se dá dentro dele. A raiva que acumulou, devido à morte dos seus familiares e à tortura, esse mesmo acto tinham comprometido a estabilidade emocional dele. Por isso não era possível manter-se.
Assim os seus estados de consciência e inconsciência modificaram-se drasticamente e um novo foi criado. A sua mente estava agora dividia em três, a primeira, a consciente, não passava de uma criança, como aquela que foi quando tinha quatro anos, embora tivesse dezassete e consciência do que sabia e das suas capacidades não conseguia ver ninguém como mais novo, quem quer que caísse no seu campo de visão era, obrigatoriamente, mais velho do que ele, quer tivesse a gatinhar, ainda, ou já de longas barbas. Neste estado a própria noção da realidade se altera fazendo que o céu seja diferente todos os dias, e que a terra, possa ou não sê-la.
O estado inconsciente o Nara mantém guardado o jovem adulto que comandava medic-nin, neste estado lembra-se de tudo e vê a realidade tal qual ela é. Embora o estado em que o Katsu se encontra mais frequentemente seja o já mencionado, o inconsciente “controla” várias das suas acções, de forma que muitas vezes ele fá-las sem realmente ter noção que as fez ou as deve fazer. Normalmente o inconsciente toma total controlo sobre as acções quando a própria criança nota que é preciso ou se encontra em situação de risco.
O último estado é o supra-inconsciente que se concentrou todo no olho direito, que só se desperta a quando de emoções muito fortes ou quando capta alguma coisa relevante com esse mesmo olho, é totalmente alucinada, as cores percepcionadas alteram-se totalmente, ficando muito mais carregadas e no tom de preto, cinzento e vermelho. Este supra-inconsciente concentra toda a raiva, ânsia por vingança e tristezas sentidas, quando ele fica assim não têm medo de nada, a própria morte pode ser um desejo dele.


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